Intermediação reduz estresse entre investidor anjo e startups
Redação Play • nov. 13, 2021

Muitas vezes a cobrança exagerada por resultados ou palpites nem sempre condizentes com a realidade do negócio levam investidores em startups a adotar formas de abordagem totalmente contrárias a um tipo de parceiro que o mercado convencionou chamar de anjo. Por outro lado, por mais angelical que seja o investidor, paciência tem limite e a falta de respostas claras por parte dos executivos que estão à frente do empreendimento no qual se apostou pode acabar levando a atritos sérios. 


Diante da clara necessidade de equilíbrio nessa relação, começa a ganhar força no mercado a figura do intermediador de investimento anjo. Um ente independente que consegue entender as necessidades dos dois lados e conduzir o processo, da análise do investimento à realização, reduzindo significativamente a incidência de atritos e buscando tirar o máximo da relação entre ambos.


E o que é um investidor anjo? São pessoas com capital que têm interesse em aplicar recursos nas etapas iniciais de desenvolvimento das startups como forma de diversificação do seu portfólio. Geralmente eles têm predileção pela aposta em um novo conceito ou na ideia inovadora de um time interessado em desenvolver um MVP (Produto Mínimo Viável – traduzido do inglês).


Este tipo de investimento pode ser feito de duas formas diferentes:


Investidor anjo individual


Modalidade na qual o investidor faz um aporte direto em uma nova empresa, sem a participação de outros investidores. Para isso, ele assina um contrato de empréstimo conversível – chamado de mútuo conversível – que permite trocar um capital emprestado por uma eventual participação dentro do negócio investido.


Ponto de atenção: Nesta modelagem, o risco financeiro do investimento fica todo com o único investidor anjo, o que pode acarretar, entre outros problemas, na falta de complementação de know-how.


Investimento anjo em grupo


Formato que reúne, em geral, de 10 a 20 investidores para realizar o investimento através da formalização de um empréstimo conversível (mesmo modelo do individual). Normalmente dois ou três investidores são destacados para fazer o acompanhamento do negócio, mas todos têm acesso aos empreendedores da investida.


Ponto de atenção: o grupo pode não estar 100% alinhado durante toda a jornada do investimento, o que pode acarretar em estresse tanto entre os investidores anjos como perante os empreendedores, prejudicando o negócio como um todo.


Nos dois casos, a falta de experiência tanto de um lado (anjos) como do outro (empreendedores da startup) pode se transformar em problema. Por isso a figura do intermediador de investimento – geralmente assumida por consultorias especializadas ou investidores seriais, criando uma espécie de blindagem que beneficia todos os envolvidos – tem ganhado cada vez mais força.


Os representantes deste novo elo entre as partes implementam logo no início um modelo de gestão mais robusto nas investidas, organizando um conselho consultivo que se reúne mensalmente para discutir projetos e resultados. As conclusões destas reuniões são compartilhadas com os demais investidores, que podem acessar um documento detalhado sobre o negócio e dar sugestões que são inicialmente debatidas no grupo e, depois, levadas aos empreendedores. Tudo sempre coordenado pelo intermediador – para saber mais sobre essa figura, conheça o modelo de intermediação da Play.


A importância do investidor anjo


Fica claro no processo que a correta gestão de stakeholders é fundamental para o sucesso da relação, visando um desenvolvimento mais rápido e bem-sucedido do negócio.


Além do capital para acelerar o processo de crescimento, um quadro de investidores anjos qualificados pode ajudar estrategicamente o negócio.


Muitas vezes, a experiência tem mostrado que negócios com grande potencial até conseguem atrair o capital humano e financeiro necessário para alavancar seu crescimento, mas a falta de equilíbrio para administrar as tensões acaba impedindo que as coisas aconteçam de forma satisfatória para os envolvidos.



Ao contar com consultorias especializadas, de preferência que tenham conhecimento e atuação junto a startups, o gerenciamento das expectativas, frustrações e ansiedades ganha um filtro de qualidade que proporciona aos anjos continuarem sendo vistos como sinônimos de bondade. Enquanto isso, os empreendedores conseguem focar no negócio em si, buscando o tão esperado crescimento que vai beneficiar a ambos os lados.


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