10 ferramentas de inovação para empresas e como aplicá-las
Redação Play • abr. 26, 2022

Qualquer companhia entende cedo que inovação depende de prioridade. Saber o quê, quando e como fazer é um divisor de águas. Isso porque apostas feitas sem embasamento consomem muito dinheiro e não trazem resultados satisfatórios.


Mas como encontrar o caminho certo? Conhecer as metodologias e ferramentas de inovação é um ótimo primeiro passo.


Com elas em mãos, um leque de possibilidades é aberto para guiar gestores e colaboradores que visam solucionar problemas e tirar ideias do papel, sejam elas grandes ou pequenas.


As ferramentas de trabalho para inovação, quando dominadas, levam empresas a desenvolver soluções que mudam cenários.


O caminho não é fácil,claro. No relatório de benchmark da PwC, a multinacional de consultoria e auditoria nos aponta que 54% dos executivos entrevistados, em 1.200 organizações, têm dificuldade em alinhar a estratégia de inovação com a de negócios.


Neste artigo, você vai encontrar algumas metodologias utilizadas para começar a tirar suas ideias do papel. Abaixo, destacamos 10 ferramentas de inovação que vão contribuir para suas estratégias na empresa:


  1. design thinking;
  2. intraempreendedorismo;
  3. benchmarking;
  4. design estratégico;
  5. brainstorm;
  6. grupo focal;
  7. teste de conceito;
  8. análise swot;
  9. prototipagem acelerada;
  10. mapa de empatia.


Boa leitura.


1. Design Thinking


O design de negócios é um processo que organiza o pensamento para a criação de novos produtos ou serviços. Além disso, também tem a capacidade de gerar valor ao comunicar uma ideia, mostrando caminhos e possibilidades que possam vir a ser aproveitadas.


O Design Thinking, por sua vez, é uma abordagem colaborativa que parte de um problema a ser resolvido e designa passos a serem seguidos para se chegar à solução. Ou seja, se colocando no lugar do usuário, é possível testar novas ideias, identificar barreiras e criar caminhos para o melhor resultado.


Essa ferramenta de inovação conta com diferentes atividades a serem desenvolvidas, que vão se desenrolando, permitindo que a inovação aconteça de modo contínuo. De forma simples, podemos resumir as etapas em:


  • imersão: compreensão do mercado, atenção às novidades, estudo de possibilidades e oportunidades;
  • análise: aprofundamento nos concorrentes, checagem de viabilidade, identificação de dores e possíveis soluções;
  • ideação: progressão das soluções identificadas, definição de tetos, exploração de brechas de mercado;
  • prototipagem: desenvolvimento da solução vista, aprovação de orçamento e preparativos para sua inserção no mercado;
  • execução: lançamento do produto/serviço, acompanhamento do plano financeiro;
  • mensuração: estudo dos KPIs e métricas de desempenho.


Ao seguir esse processo, o resultado será uma visão completa sobre a solução. Todas as etapas desempenham um papel fundamental para que as respostas essenciais sejam encontradas, e o modelo possa ser colocado em prática. Mas não para por aí.


Os insights e aprendizados gerados certamente servirão para uma futura necessidade, mas também podem ter utilidade para outros problemas que não foram abordados neste momento.


No entanto, se o problema que deu início ao processo não é solucionado ao final do processo de Design Thinking, as etapas são reiniciadas e o refinamento da ideia formará novas soluções. 



2. Intraempreendedorismo


O intraempreendedorismo também é uma excelente ferramenta de inovação para grandes empresas. Mais do que uma metodologia, é o ato de investir em pessoas como agentes da mudança. Os colaboradores passam a ser a ferramenta para inovar.


Estimulando uma cultura de inovação dentro da empresa, aproveita-se o máximo das mentes mais ágeis. Quem se encontra dentro da corporação e conhece os objetivos dela, bem como todos os processos operacionais e de desenvolvimento, tem alto potencial de gerar valor.


Nesse modelo, todos são empreendedores. No entanto, para que essas ideias comecem a sair do papel e floresçam

é necessário estímulo. Seja com um plano de carreira crescente, bonificações ou até stock options da empresa, incentivá-los é essencial.


Alguns exemplos de intraempreendedorismo pelo mundo mostram como gigantes se beneficiam da atuação dos colaboradores em prol da inovação. O Playstation, da Sony, e o Gmail, do Google, são alguns destes que mostram como funcionários ajudaram grandes empresas a se reinventarem.


3. Benchmarking

mulher fazendo benchmarking de concorrentes

O benchmarking envolve o aprimoramento contínuo com base na observação de outras empresas. Ao analisar e comparar outros players, é possível encontrar novas oportunidades e validar hipóteses.


Essa comparação pode se dar em diferentes aspectos. Seja no preço ou materiais utilizados em um produto, satisfação dos clientes com um serviço ou até mesmo nos processos conduzidos, essa análise abre possibilidades interessantes para a companhia.


Durante a pandemia de COVID-19, por exemplo, muito se falou sobre as empresas que inovaram. Logo, ações realizadas por elas passaram a servir de benchmark – ponto de referência, em português – para que outras pudessem criar novas iniciativas.


É importante destacar que esse método não se limita apenas a analisar concorrentes. Ficar de olho em companhias que compartilhem o mesmo tipo de consumidor, mesmo que não concorram com o seu produto, pode gerar insights valiosos para o processo de inovação.


4. Design estratégico

mulher fazendo design estratégico

A base do design estratégico aponta para o aumento de eficiência, seja de um produto ou serviço, ou mesmo de uma companhia inteira. Logo, quaisquer estratégias de inovação se beneficiam dessa  ferramenta para aumentar suas possibilidades de alcançar o sucesso.


Mas qual a diferença para o Design Thinking, então? Enquanto esse conceito conecta a execução da solução, o Design Estratégico é o que vai coordenar a estratégia, seja com objetivo de melhorias internas ou externas.


Melhorias internas visam ganho de eficiência operacional, gerando valor à companhia de diferentes maneiras. Aumento na margem de lucro de um produto, otimização de processos para melhor aproveitamento do capital intelectual, redução de riscos, entre outros, estão nessa lista.


Já quando contemplam o ambiente externo, são impulsionadas pelo mercado e totalmente ligadas ao consumidor. Miram no alcance de novos segmentos ou até mesmo novos perfis de público-alvo, o que permite que a identidade de marca se fortaleça perante novos e antigos compradores, trazendo vantagem competitiva.


Ambas se relacionam diretamente, e o sucesso de uma depende da outra. Diversos autores expandem a ideia e destacam as etapas que o design estratégico precisa englobar. Mais uma vez, não há uma fórmula mágica, mas sim o que precisa ser esmiuçado.


  • Interpretação: é necessário estar atento ao mundo em volta para perceber pontos fortes e fracos relacionados ao mercado e tendências de consumo, bem como àquilo que acontece dentro da organização.
  • Coordenação: a articulação de conhecimento entre a empresa e sua rede é fundamental. Estas redes, formadas por stakeholders, colaboradores e cidadãos, geram valor junto à corporação.
  • Adaptação: tão importante quanto produzir ou deter conhecimento é conseguir aplicá-lo de diferentes formas.


5. Brainstorm


O brainstorming é um processo para gerar ideias no qual todas são válidas, por mais impossíveis que pareçam. A tradução literal, ‘tempestade de ideias’, representa bem o que esse modelo visa.


Os colaboradores expressam sua percepção sobre determinado assunto sem nenhuma discriminação. Isso permite que um grande número de ideias seja gerado em um curto período de tempo para depois se aprofundar nas mais promissoras.


O brainstorming envolve reunir pessoas de diferentes áreas e com conhecimentos diversos para compartilhar ideias visando encontrar uma solução.


Durante o processo, é preciso deixar de lado os julgamentos para que a criatividade seja privilegiada e pensamentos, que antes seriam vistos como inviáveis, possam gerar insights valiosos para um refinamento dos caminhos.


Abaixo, listamos 4 dicas para a realização de um brainstorming eficiente.


  1. Descreva o problema a ser resolvido ou o objetivo a ser alcançado
  2. Faça com que todos os participantes compartilhem suas ideias
  3. Com as ideias à disposição, combine as possibilidades entre elas
  4. Desenvolva uma conclusão e trace um plano de ação possível para atingir o objetivo.


Companhias como Disney, Nestlé e Pepsi são apenas algumas das grandes marcas que já se mostraram adeptas do brainstorming para gerar inovação e melhorar seus processos.


6. Grupo focal

análise de grupo focal

Já conhecida por sua utilização em temáticas de marketing e negócios, a técnica de grupo focal tem como missão entregar uma pesquisa qualitativa ao realizador.


Essa metodologia é usada para levantar informações referentes ao que as pessoas pensam sobre uma ideia. Isso acontece por meio de um intermediador que as estimula a dizerem o que pensam sobre determinado assunto.


Dentro de um processo de inovação, o grupo focal pode ser usado para coleta de informações internas ou externas. O importante é sempre garantir diversidade entre os entrevistados para que as informações coletadas não sejam enviesadas.


Por se tratar de uma metodologia fluida, que pode ser aplicada para diferentes fins, é preciso definir qual o objetivo da entrevista para, então, traçar as perguntas certas.


Lembramos que esse processo precisa ser registrado. Pode ser anotado, mas aconselhamos que seja gravado e depois transcrito para ser submetido a análise


Destacamos ainda que a entrevista deve ser feita de forma descontraída, em conversa informal, incentivando os participantes a darem sua opinião verdadeira.


7. Teste de conceito


O teste de conceito é um tipo de pesquisa realizada para analisar o potencial de uma ideia antes de colocá-la em prática. Capta a reação de um grupo pequeno de pessoas sobre determinada ação para gerar insights visando melhorias prévias ao lançamento. 


Esse modelo tem a capacidade de compreender sentimentos e impressões subjetivas. Ao saber o valor intangível que seu produto tem para os consumidores, por exemplo, é possível compreender o impacto afetivo causado e melhorar sua comunicação com o público alvo.


Dentro das etapas do processo de desenvolvimento de novos produtos, o teste de conceito é utilizado justamente para compreender a recepção das pessoas à novidade.

etapas de processo de desenvolvimento de novos produtos

Por se tratar de um método qualitativo, quanto maior for a diversidade dos entrevistados, maior será a riqueza das informações. Se o objetivo é lançar um produto ou serviço que atenda às mulheres, por exemplo, é preciso entrevistar mulheres de diferentes idades, poder aquisitivo, profissão, etc.


Pesquisadores de diferentes áreas vão apontar diferentes caminhos para realizar o teste de conceito. O que trazemos abaixo é uma relação desenhada por Philip Kotler, que sintetiza e passa pelos principais assuntos que envolvem a criação de novos produtos.


  • Comunicabilidade: para medir o quão clara está a mensagem sobre o conceito.


  • Credibilidade: se os consumidores aceitam ou não os benefícios do produto ou serviço.
    + “você acha que esse produto/serviço resolve um problema ou preenche uma lacuna?”


  • Nível de necessidade: quanto maior a necessidade, maior será a atenção do consumidor.
    + “há outros produtos atualmente que satisfazem essa necessidade?


  • Nível de lacuna: quanto menores as alternativas disponíveis que atendam à demanda, maior a chance de sucesso.
    + “há produtos parecidos com esse?” Se sim ou se não: “o preço é razoável em relação ao valor”


  • Valor percebido: serve para testar o preço escolhido pela empresa em relação ao valor enxergado pelo público.
    + “você compraria o produto? Não, provavelmente não, certamente ou com certeza?"

  • Intenção de compra: “quem usaria esse produto/ serviço, quando e com que frequência?”

  • Usuário-alvo, ocasiões de compra e frequência de compra: como o consumidor enxerga essas três questões. 


8. Análise SWOT


No planejamento estratégico, a análise SWOT é importante ferramenta para identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Essa ferramenta permite identificar problemas e corrigi-los. Ao fazer a análise, deve-se ter em mente que:


  1. ponto forte é o diferencial da empresa que lhe proporciona uma vantagem operacional;
  2. ponto fraco é a situação inadequada da empresa que lhe proporciona uma desvantagem;
  3. oportunidade é um fator externo que pode favorecer sua ação estratégica, desde que conhecida e aproveitada de forma eficiente;
  4. ameaça é uma força externa que cria obstáculos à sua ação estratégica, mas que pode ser evitada se reconhecida a tempo.


9. Prototipagem acelerada


Com a ajuda da tecnologia é possível desenvolver um protótipo de produto em pouco tempo e a baixo custo para testá-lo. Eles são de grande ajuda para ilustrar a discussão prévia do projeto com colaboradores ou clientes.


Muito importante para o desenvolvimento de produtos, para a engenharia e outras aplicações de modelagem, essa tecnologia supre necessidades de diversas áreas e é usada para geração de conceitos, testes ergonômicos, testes funcionais e mais.


10. Mapa de empatia


O mapa de empatia é uma ferramenta para visualizar e articular o que os colaboradores ou consumidores sabem sobre algum player, assunto ou produto. Ele levanta o conhecimento das pessoas para criar uma compreensão compartilhada das necessidades, o que permite a tomada de decisões mais acertadas.


Essa ferramenta dá suporte às equipes inovadoras para desenvolver níveis mais profundos e comuns de entendimento. No mapa, é preciso contemplar as seguintes informações separadas em quatro categorias:


  • pensa: aquilo que o usuário acha, mas não quer externalizar;
  • dizer: aquilo que o indivíduo acredita e está disposto a falar;
  • sentir: sentimentos em relação ao que foi proposto;
  • fazer: atitudes relacionadas ao que foi proposto.


Caso haja dificuldade em separar os itens nos quadrantes, o responsável por conduzir deve decidir sem se preocupar com a precisão.


Venture Building e a união das ferramentas de inovação no desenvolvimento de novos negócios


As ferramentas que você conheceu acima fazem parte da série de metodologias aplicadas durante o processo de criação de novos negócios, o Venture Building.


Diferentemente de uma aceleradora ou incubador, a Play Studio atua como Venture Builder para colocar a mão na massa junto a empresas e startups visando todo o processo de construção  e gestão de negócios inovadores.


Quer saber mais sobre como podemos ajudar a implementar as ferramentas de inovação na sua corporação e tirar as ideias do papel? Fale agora com um de nossos consultores e descubra tudo o que a Play Studio pode proporcionar para o futuro dos negócios na sua companhia.

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