10 ferramentas de inovação para empresas e como aplicá-las

Redação Play • 26 de abril de 2022

Qualquer companhia entende cedo que inovação depende de prioridade. Saber o quê, quando e como fazer é um divisor de águas. Isso porque apostas feitas sem embasamento consomem muito dinheiro e não trazem resultados satisfatórios.


Mas como encontrar o caminho certo? Conhecer as metodologias e ferramentas de inovação é um ótimo primeiro passo.


Com elas em mãos, um leque de possibilidades é aberto para guiar gestores e colaboradores que visam solucionar problemas e tirar ideias do papel, sejam elas grandes ou pequenas.


As ferramentas de trabalho para inovação, quando dominadas, levam empresas a desenvolver soluções que mudam cenários.


O caminho não é fácil,claro. No relatório de benchmark da PwC, a multinacional de consultoria e auditoria nos aponta que 54% dos executivos entrevistados, em 1.200 organizações, têm dificuldade em alinhar a estratégia de inovação com a de negócios.


Neste artigo, você vai encontrar algumas metodologias utilizadas para começar a tirar suas ideias do papel. Abaixo, destacamos 10 ferramentas de inovação que vão contribuir para suas estratégias na empresa:


  1. design thinking;
  2. intraempreendedorismo;
  3. benchmarking;
  4. design estratégico;
  5. brainstorm;
  6. grupo focal;
  7. teste de conceito;
  8. análise swot;
  9. prototipagem acelerada;
  10. mapa de empatia.


Boa leitura.


1. Design Thinking


O design de negócios é um processo que organiza o pensamento para a criação de novos produtos ou serviços. Além disso, também tem a capacidade de gerar valor ao comunicar uma ideia, mostrando caminhos e possibilidades que possam vir a ser aproveitadas.


O Design Thinking, por sua vez, é uma abordagem colaborativa que parte de um problema a ser resolvido e designa passos a serem seguidos para se chegar à solução. Ou seja, se colocando no lugar do usuário, é possível testar novas ideias, identificar barreiras e criar caminhos para o melhor resultado.


Essa ferramenta de inovação conta com diferentes atividades a serem desenvolvidas, que vão se desenrolando, permitindo que a inovação aconteça de modo contínuo. De forma simples, podemos resumir as etapas em:


  • imersão: compreensão do mercado, atenção às novidades, estudo de possibilidades e oportunidades;
  • análise: aprofundamento nos concorrentes, checagem de viabilidade, identificação de dores e possíveis soluções;
  • ideação: progressão das soluções identificadas, definição de tetos, exploração de brechas de mercado;
  • prototipagem: desenvolvimento da solução vista, aprovação de orçamento e preparativos para sua inserção no mercado;
  • execução: lançamento do produto/serviço, acompanhamento do plano financeiro;
  • mensuração: estudo dos KPIs e métricas de desempenho.


Ao seguir esse processo, o resultado será uma visão completa sobre a solução. Todas as etapas desempenham um papel fundamental para que as respostas essenciais sejam encontradas, e o modelo possa ser colocado em prática. Mas não para por aí.


Os insights e aprendizados gerados certamente servirão para uma futura necessidade, mas também podem ter utilidade para outros problemas que não foram abordados neste momento.


No entanto, se o problema que deu início ao processo não é solucionado ao final do processo de Design Thinking, as etapas são reiniciadas e o refinamento da ideia formará novas soluções. 



2. Intraempreendedorismo


O intraempreendedorismo também é uma excelente ferramenta de inovação para grandes empresas. Mais do que uma metodologia, é o ato de investir em pessoas como agentes da mudança. Os colaboradores passam a ser a ferramenta para inovar.


Estimulando uma cultura de inovação dentro da empresa, aproveita-se o máximo das mentes mais ágeis. Quem se encontra dentro da corporação e conhece os objetivos dela, bem como todos os processos operacionais e de desenvolvimento, tem alto potencial de gerar valor.


Nesse modelo, todos são empreendedores. No entanto, para que essas ideias comecem a sair do papel e floresçam

é necessário estímulo. Seja com um plano de carreira crescente, bonificações ou até stock options da empresa, incentivá-los é essencial.


Alguns exemplos de intraempreendedorismo pelo mundo mostram como gigantes se beneficiam da atuação dos colaboradores em prol da inovação. O Playstation, da Sony, e o Gmail, do Google, são alguns destes que mostram como funcionários ajudaram grandes empresas a se reinventarem.


3. Benchmarking

mulher fazendo benchmarking de concorrentes

O benchmarking envolve o aprimoramento contínuo com base na observação de outras empresas. Ao analisar e comparar outros players, é possível encontrar novas oportunidades e validar hipóteses.


Essa comparação pode se dar em diferentes aspectos. Seja no preço ou materiais utilizados em um produto, satisfação dos clientes com um serviço ou até mesmo nos processos conduzidos, essa análise abre possibilidades interessantes para a companhia.


Durante a pandemia de COVID-19, por exemplo, muito se falou sobre as empresas que inovaram. Logo, ações realizadas por elas passaram a servir de benchmark – ponto de referência, em português – para que outras pudessem criar novas iniciativas.


É importante destacar que esse método não se limita apenas a analisar concorrentes. Ficar de olho em companhias que compartilhem o mesmo tipo de consumidor, mesmo que não concorram com o seu produto, pode gerar insights valiosos para o processo de inovação.


4. Design estratégico

mulher fazendo design estratégico

A base do design estratégico aponta para o aumento de eficiência, seja de um produto ou serviço, ou mesmo de uma companhia inteira. Logo, quaisquer estratégias de inovação se beneficiam dessa  ferramenta para aumentar suas possibilidades de alcançar o sucesso.


Mas qual a diferença para o Design Thinking, então? Enquanto esse conceito conecta a execução da solução, o Design Estratégico é o que vai coordenar a estratégia, seja com objetivo de melhorias internas ou externas.


Melhorias internas visam ganho de eficiência operacional, gerando valor à companhia de diferentes maneiras. Aumento na margem de lucro de um produto, otimização de processos para melhor aproveitamento do capital intelectual, redução de riscos, entre outros, estão nessa lista.


Já quando contemplam o ambiente externo, são impulsionadas pelo mercado e totalmente ligadas ao consumidor. Miram no alcance de novos segmentos ou até mesmo novos perfis de público-alvo, o que permite que a identidade de marca se fortaleça perante novos e antigos compradores, trazendo vantagem competitiva.


Ambas se relacionam diretamente, e o sucesso de uma depende da outra. Diversos autores expandem a ideia e destacam as etapas que o design estratégico precisa englobar. Mais uma vez, não há uma fórmula mágica, mas sim o que precisa ser esmiuçado.


  • Interpretação: é necessário estar atento ao mundo em volta para perceber pontos fortes e fracos relacionados ao mercado e tendências de consumo, bem como àquilo que acontece dentro da organização.
  • Coordenação: a articulação de conhecimento entre a empresa e sua rede é fundamental. Estas redes, formadas por stakeholders, colaboradores e cidadãos, geram valor junto à corporação.
  • Adaptação: tão importante quanto produzir ou deter conhecimento é conseguir aplicá-lo de diferentes formas.


5. Brainstorm


O brainstorming é um processo para gerar ideias no qual todas são válidas, por mais impossíveis que pareçam. A tradução literal, ‘tempestade de ideias’, representa bem o que esse modelo visa.


Os colaboradores expressam sua percepção sobre determinado assunto sem nenhuma discriminação. Isso permite que um grande número de ideias seja gerado em um curto período de tempo para depois se aprofundar nas mais promissoras.


O brainstorming envolve reunir pessoas de diferentes áreas e com conhecimentos diversos para compartilhar ideias visando encontrar uma solução.


Durante o processo, é preciso deixar de lado os julgamentos para que a criatividade seja privilegiada e pensamentos, que antes seriam vistos como inviáveis, possam gerar insights valiosos para um refinamento dos caminhos.


Abaixo, listamos 4 dicas para a realização de um brainstorming eficiente.


  1. Descreva o problema a ser resolvido ou o objetivo a ser alcançado
  2. Faça com que todos os participantes compartilhem suas ideias
  3. Com as ideias à disposição, combine as possibilidades entre elas
  4. Desenvolva uma conclusão e trace um plano de ação possível para atingir o objetivo.


Companhias como Disney, Nestlé e Pepsi são apenas algumas das grandes marcas que já se mostraram adeptas do brainstorming para gerar inovação e melhorar seus processos.


6. Grupo focal

análise de grupo focal

Já conhecida por sua utilização em temáticas de marketing e negócios, a técnica de grupo focal tem como missão entregar uma pesquisa qualitativa ao realizador.


Essa metodologia é usada para levantar informações referentes ao que as pessoas pensam sobre uma ideia. Isso acontece por meio de um intermediador que as estimula a dizerem o que pensam sobre determinado assunto.


Dentro de um processo de inovação, o grupo focal pode ser usado para coleta de informações internas ou externas. O importante é sempre garantir diversidade entre os entrevistados para que as informações coletadas não sejam enviesadas.


Por se tratar de uma metodologia fluida, que pode ser aplicada para diferentes fins, é preciso definir qual o objetivo da entrevista para, então, traçar as perguntas certas.


Lembramos que esse processo precisa ser registrado. Pode ser anotado, mas aconselhamos que seja gravado e depois transcrito para ser submetido a análise


Destacamos ainda que a entrevista deve ser feita de forma descontraída, em conversa informal, incentivando os participantes a darem sua opinião verdadeira.


7. Teste de conceito


O teste de conceito é um tipo de pesquisa realizada para analisar o potencial de uma ideia antes de colocá-la em prática. Capta a reação de um grupo pequeno de pessoas sobre determinada ação para gerar insights visando melhorias prévias ao lançamento. 


Esse modelo tem a capacidade de compreender sentimentos e impressões subjetivas. Ao saber o valor intangível que seu produto tem para os consumidores, por exemplo, é possível compreender o impacto afetivo causado e melhorar sua comunicação com o público alvo.


Dentro das etapas do processo de desenvolvimento de novos produtos, o teste de conceito é utilizado justamente para compreender a recepção das pessoas à novidade.

etapas de processo de desenvolvimento de novos produtos

Por se tratar de um método qualitativo, quanto maior for a diversidade dos entrevistados, maior será a riqueza das informações. Se o objetivo é lançar um produto ou serviço que atenda às mulheres, por exemplo, é preciso entrevistar mulheres de diferentes idades, poder aquisitivo, profissão, etc.


Pesquisadores de diferentes áreas vão apontar diferentes caminhos para realizar o teste de conceito. O que trazemos abaixo é uma relação desenhada por Philip Kotler, que sintetiza e passa pelos principais assuntos que envolvem a criação de novos produtos.


  • Comunicabilidade: para medir o quão clara está a mensagem sobre o conceito.


  • Credibilidade: se os consumidores aceitam ou não os benefícios do produto ou serviço.
    + “você acha que esse produto/serviço resolve um problema ou preenche uma lacuna?”


  • Nível de necessidade: quanto maior a necessidade, maior será a atenção do consumidor.
    + “há outros produtos atualmente que satisfazem essa necessidade?


  • Nível de lacuna: quanto menores as alternativas disponíveis que atendam à demanda, maior a chance de sucesso.
    + “há produtos parecidos com esse?” Se sim ou se não: “o preço é razoável em relação ao valor”


  • Valor percebido: serve para testar o preço escolhido pela empresa em relação ao valor enxergado pelo público.
    + “você compraria o produto? Não, provavelmente não, certamente ou com certeza?"

  • Intenção de compra: “quem usaria esse produto/ serviço, quando e com que frequência?”

  • Usuário-alvo, ocasiões de compra e frequência de compra: como o consumidor enxerga essas três questões. 


8. Análise SWOT


No planejamento estratégico, a análise SWOT é importante ferramenta para identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Essa ferramenta permite identificar problemas e corrigi-los. Ao fazer a análise, deve-se ter em mente que:


  1. ponto forte é o diferencial da empresa que lhe proporciona uma vantagem operacional;
  2. ponto fraco é a situação inadequada da empresa que lhe proporciona uma desvantagem;
  3. oportunidade é um fator externo que pode favorecer sua ação estratégica, desde que conhecida e aproveitada de forma eficiente;
  4. ameaça é uma força externa que cria obstáculos à sua ação estratégica, mas que pode ser evitada se reconhecida a tempo.


9. Prototipagem acelerada


Com a ajuda da tecnologia é possível desenvolver um protótipo de produto em pouco tempo e a baixo custo para testá-lo. Eles são de grande ajuda para ilustrar a discussão prévia do projeto com colaboradores ou clientes.


Muito importante para o desenvolvimento de produtos, para a engenharia e outras aplicações de modelagem, essa tecnologia supre necessidades de diversas áreas e é usada para geração de conceitos, testes ergonômicos, testes funcionais e mais.


10. Mapa de empatia


O mapa de empatia é uma ferramenta para visualizar e articular o que os colaboradores ou consumidores sabem sobre algum player, assunto ou produto. Ele levanta o conhecimento das pessoas para criar uma compreensão compartilhada das necessidades, o que permite a tomada de decisões mais acertadas.


Essa ferramenta dá suporte às equipes inovadoras para desenvolver níveis mais profundos e comuns de entendimento. No mapa, é preciso contemplar as seguintes informações separadas em quatro categorias:


  • pensa: aquilo que o usuário acha, mas não quer externalizar;
  • dizer: aquilo que o indivíduo acredita e está disposto a falar;
  • sentir: sentimentos em relação ao que foi proposto;
  • fazer: atitudes relacionadas ao que foi proposto.


Caso haja dificuldade em separar os itens nos quadrantes, o responsável por conduzir deve decidir sem se preocupar com a precisão.


Venture Building e a união das ferramentas de inovação no desenvolvimento de novos negócios


As ferramentas que você conheceu acima fazem parte da série de metodologias aplicadas durante o processo de criação de novos negócios, o Venture Building.


Diferentemente de uma aceleradora ou incubador, a Play Studio atua como Venture Builder para colocar a mão na massa junto a empresas e startups visando todo o processo de construção  e gestão de negócios inovadores.


Quer saber mais sobre como podemos ajudar a implementar as ferramentas de inovação na sua corporação e tirar as ideias do papel? Fale agora com um de nossos consultores e descubra tudo o que a Play Studio pode proporcionar para o futuro dos negócios na sua companhia.

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Imagine uma empresa do setor de tecnologia que está considerando lançar um novo produto baseado em inteligência artificial. Embora a ideia tenha grande potencial de transformar o mercado e gerar novas fontes de receita para o negócio, a diretoria fica receosa em aprová-la, principalmente devido à incerteza sobre sua aderência e seu alto custo inicial. Em um exemplo como esse, compreender o que é um business case pode fazer a diferença para construir um argumento convincente e reduzir as dúvidas. Para que o board de uma organização se sinta seguro em aprovar qualquer projeto inovador, um business case bem estruturado é fundamental , não só para mostrar os benefícios estratégicos e financeiros da proposta, mas também a viabilidade do investimento no contexto atual do mercado. De acordo com a última Pesquisa Global da McKinsey sobre a construção de novos negócios , realizada com mais de mil líderes empresariais de 75 países, empresas que priorizam a criação de novos negócios tendem a crescer mais rapidamente, mesmo em períodos de alta volatilidade econômica. Apesar desse cenário promissor, muitas vezes, a incerteza e o risco associados às iniciativas de inovação podem gerar resistência – e é aí que o business case vira um elemento-chave. O que é business case e como utilizá-lo para convencer stakeholders? Um business case é um documento que apresenta de forma clara e estruturada os fundamentos para a implementação de um novo projeto dentro de uma organização. Sua principal função é demonstrar a viabilidade da proposta, considerando fatores como benefícios, retorno sobre investimento (ROI), riscos e custos envolvidos. 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O primeiro é mais focado, centrando-se na justificativa financeira e estratégica para um projeto específico, geralmente em fase inicial ou de concepção. Já o segundo, é um documento mais abrangente, que detalha a estratégia de um novo negócio ou produto, incluindo o mercado-alvo, a concorrência e os modelos operacionais. O business case e a abordagem correta com o C-suite Apresentar uma iniciativa de inovação a executivos do mais alto escalão de uma empresa não costuma ser uma tarefa fácil. E, sem uma abordagem estratégica, a missão fica ainda mais difícil. Antes de qualquer coisa, é preciso entender que o C-suite (CEOs, CFOs e outros C-levels) de grandes corporações costuma ser mais conservador e focado em resultados financeiros e na mitigação de riscos. Ao lançar uma proposta para sua aprovação, portanto, a equipe responsável precisa demonstrar que a ideia tem alto potencial de gerar resultados tangíveis , sem comprometer recursos ou desviar a atenção das prioridades principais da companhia. Na Play Studio , acreditamos que o sucesso dessa aprovação depende de um processo cuidadoso e extenso de estudo e exploração. Não por acaso, antes de apresentar uma proposta final, investimos tempo significativo na análise de viabilidade das teses de inovação. Esse processo envolve a realização de pesquisas detalhadas, testes de mercado e a definição clara do impacto financeiro potencial. O objetivo é garantir que as ideias não apenas sejam viáveis, mas também tenham um retorno financeiro claro e mensurável, além de estarem alinhadas com a estratégia geral da organização. Esse enfoque de exploração prévia é fundamental para otimizar recursos e tempo durante a implementação do projeto. Afinal, com uma análise aprofundada, é possível evitar falhas de execução e garantir que os recursos sejam alocados de maneira eficaz, com o mínimo de desperdício. Dessa forma, ao apresentar um business case ao C-suite, a proposta já estará embasada por dados e estudos sólidos , demonstrando a viabilidade financeira e estratégica da inovação, o que aumenta significativamente as chances de sucesso na aprovação do projeto. Como montar um business case? A estrutura de um business case deve ser clara e objetiva , apresentando informações-chave que orientem a escolha de continuar ou não com o projeto. Para entender como montar um business case, a seguir exploramos os principais componentes de sua construção. Confira: 1. Resumo executivo Oferece uma visão geral do projeto em poucas linhas, destacando os pontos essenciais que merecem a atenção dos decisores. Seu objetivo é apresentar uma síntese clara e objetiva do que o projeto se propõe a realizar, sem sobrecarregar com detalhes excessivos. Elementos principais: Problema: apresentação do desafio ou da necessidade que o projeto visa resolver. É importante mostrar como esse problema impacta a organização ou o setor, criando uma base sólida para justificar a necessidade de mudança. Solução proposta: explicação da abordagem ou inovação que será implementada para resolver o problema identificado. Deve-se deixar claro como a solução é eficaz e alinhada com os objetivos da empresa. Benefícios esperados: destaque dos resultados que a solução trará, como aumento de eficiência, redução de custos ou melhoria no atendimento ao cliente. Custos: estimativa dos recursos financeiros necessários para a execução do projeto, incluindo custos de implementação e manutenção. Uma visão clara sobre os custos ajuda a avaliar a viabilidade financeira do projeto. Tempo de execução: definição do cronograma geral do projeto, incluindo prazos para cada fase. Isso permite que os stakeholders tenham uma ideia precisa de quando os resultados começarão a ser observados. 2. Definição do problema/estado atual Definir claramente o problema ou oportunidade de mercado é essencial para um business case bem-sucedido. Só que não basta identificar a questão, é necessário mostrar como a ideia de produto ou serviço vai resolvê-la. Para isso, devemos: Identificar e articular o problema: faça uma análise detalhada do contexto atual, utilizando dados qualitativos, métricas internas e pesquisas de mercado. Isso ajuda a compreender as lacunas ou desafios que precisam ser abordados. Traçar os objetivos e resultados esperados: as metas do projeto devem ser claras e mensuráveis, como, por exemplo, “reduzir custos em 15% em seis meses”. Também é importante explicar como a solução proposta ajudará a alcançar os objetivos. Usar dados para embasar: pesquisas de mercado, métricas internas e dados qualitativos, como feedbacks de clientes, ajudam a validar e fortalecer a justificativa para o projeto. Isso torna o business case mais convincente e fundamentado. 3. Análise de soluções e alternativas Ao fazer um business case, é fundamental avaliar diferentes maneiras de resolver o problema identificado. Deve-se levar em consideração: Custos e recursos necessários : qual é o custo envolvido em cada solução? Tempo de execução : quanto tempo levará para gerar resultados? Benefícios esperados : quais ganhos a curto e longo prazo? Riscos e desafios : quais são os riscos associados à implementação ou à inação? A opção de não tomar nenhuma ação também deve ser considerada, com seus prós (economia de recursos a curto prazo) e contras (manutenção dos problemas e perda de competitividade). A solução escolhida deve ser a mais viável, com a melhor relação custo-benefício, maior viabilidade de implementação dentro do prazo e a capacidade de mitigar riscos. Ao demonstrar que a proposta é a mais eficaz e estratégica, o business case fortalece a tomada de decisão. 4. Plano de implementação Nesta etapa, detalhamos um exemplo de business case prático, com os passos necessários para executar o projeto com sucesso. Eles incluem fatores importantes, como: Cronograma : estabeleça um cronograma detalhado com etapas críticas (milestones) e prazos realistas para cada fase do projeto. Recursos necessários : identifique os recursos financeiros, humanos e materiais necessários para a execução bem-sucedida do projeto. Impactos na operação existente : avalie os possíveis impactos no funcionamento atual da empresa e desenvolva estratégias para minimizar interrupções. Designação de responsabilidades : atribua responsabilidades claras para cada membro da equipe e defina líderes para áreas específicas, garantindo boa coordenação. Ferramentas de gerenciamento de projetos : use o Work Breakdown Structure (WBS), por exemplo, para dividir o projeto em tarefas menores, facilitando a gestão e a execução eficiente. 5. Análise financeira É impossível montar um business case sem avaliar a análise financeira e mostrar projeções de ROI e fluxo de caixa. Para realizá-la, deve-se considerar: Custos : detalhar todos os custos envolvidos no projeto, como custos iniciais de implementação, custos operacionais contínuos e custos de manutenção. Benefícios: identificar todas as vantagens esperadas, como aumento de receita, redução de custos ou melhoria na eficiência, de forma clara e quantificável. Projeções de receita: com base nos benefícios identificados, deve-se apresentar projeções de receita a serem geradas pelo projeto, considerando o crescimento esperado ou a melhoria nas operações. Fluxo de caixa: mostrar as entradas e saídas financeiras ao longo do tempo, ajudando a visualizar o impacto financeiro do projeto. Retorno sobre o Investimento (ROI): deve ser calculado para avaliar o retorno que o projeto proporcionará em relação ao custo de implementação. Isso é feito dividindo os benefícios financeiros esperados (como aumento de receita ou redução de custos) pelos custos totais do projeto. Quanto maior o ROI, mais atraente a iniciativa se torna. 6. Viabilidade estratégica Ajuda a garantir que o projeto esteja alinhado com os objetivos de longo prazo da empresa . Também demonstra como a iniciativa contribuirá para o crescimento sustentáve l e sucesso contínuo da organização. E mais: mostra como a ideia de um novo produto ou serviço pode apoiar a empresa a cumprir suas metas e a se posicionar melhor no mercado, garantindo que os benefícios perdurem no futuro. 7. Gestão de riscos É fundamental para minimizar impactos negativos no projeto. Para isso, é necessário fazer: Matriz de risco : classifique os riscos por probabilidade e impacto , ajudando a priorizar aqueles que requerem mais atenção. Identificação e impacto : identifique riscos em áreas como finanças, operações e tecnologia, e analise como eles podem afetar o cronograma, custos e resultados. Estratégias de mitigação : desenvolva ações para reduzir a probabilidade ou impacto dos riscos, como planos de contingência , ações preventivas e monitoramento contínuo . Com a matriz de risco e estratégias adequadas, o projeto pode ser gerido proativamente, minimizando surpresas e garantindo sua execução bem-sucedida. 8. Métricas São essenciais para avaliar o sucesso de qualquer projeto, fornecendo dados objetivos sobre seu desempenho. Elas ajudam a monitorar o progresso em relação aos objetivos estabelecidos e garantir que os resultados sejam alcançados. O sucesso da iniciativa pode ser medido por indicadores chave de desempenho (KPIs) que refletem os objetivos do projeto. Por exemplo, se a meta for aumentar a eficiência operacional, métricas como redução de custos ou tempo de processamento podem ser usadas. Exemplos práticos: ROI (Retorno sobre Investimento): medir o retorno financeiro do projeto em relação ao custo de implementação. Aumento de receita: se o objetivo é expandir o mercado ou aumentar as vendas, a taxa de crescimento da receita é uma métrica importante. Satisfação do cliente: usar pesquisas de satisfação ou Net Promoter Score (NPS) para medir o impacto da iniciativa na experiência do cliente. Eficiência operacional: medir a redução de custos ou melhoria de processos após a implementação de novas soluções. Dicas para um pitch de sucesso Quando falamos em como montar um business case, o pitch deck é uma ferramenta essencial para apresentar uma proposta de forma clara e envolvente, especialmente no contexto de startups. Ele deve ser conciso, direto ao ponto e destacar os aspectos mais relevantes da proposta para atrair o interesse de investidores ou parceiros. Para construir um pitch deck eficaz, o primeiro passo é escolher o tipo de pitch a ser adotado, pois ele define o enfoque e a forma de apresentação do projeto. Existem quatro tipos principais de pitch utilizados no mundo das startups: Pitch conceitual: foca em aspectos qualitativos, abordando processos, ciclos, hierarquias e a estrutura organizacional da proposta. É ideal para explicar a filosofia ou a estratégia por trás da ideia, enfatizando como ela se encaixa no panorama maior da empresa ou do mercado. Pitch data driven: baseado em dados, utiliza números e estatísticas para reforçar a viabilidade da proposta. Traz informações sobre a receita prevista, indicadores de performance, projeções financeiras e análises de mercado, tornando-o ideal para quando a proposta necessita de uma abordagem mais analítica e focada em resultados tangíveis. Pitch declarativo: centrado em afirmações claras e posicionamentos firmes sobre o que está sendo discutido, esse pitch é direto e assertivo. Pode ser ideal para transmitir confiança e deixar claro o que se pretende alcançar com a proposta, destacando os principais objetivos e benefícios de forma objetiva. Pitch exploratório: propõe novas ideias, questiona o status quo e provoca os ouvintes a refletirem e chegarem a uma solução. É ideal para despertar curiosidade e engajamento, incentivando uma abordagem mais colaborativa e aberta à inovação. A escolha do tipo de pitch dependerá do público-alvo e do objetivo da apresentação, seja para atrair investidores, parceiros ou gerar discussão sobre novas ideias. O mais importante é que o pitch seja claro, conciso e assertivo , alinhando a proposta aos interesses e expectativas dos ouvintes. Conte com a Play Studio para viabilizar projetos inovadores Conforme você percebeu ao longo deste conteúdo, criar um business case é um passo essencial para a viabilização de iniciativas de inovação. A Play Studio é especialista em navegar pelos desafios do ambiente corporativo e em viabilizar projetos dentro das organizações. Com ampla experiência em transformar ideias em projetos de inovação que gerem resultados concretos, ajudamos grandes corporações a superar obstáculos internos e a implementar iniciativas de alto impacto. Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar seu negócio a alcançar novos patamares.
18 de dezembro de 2024
A busca por crescimento é uma das decisões mais estratégicas para qualquer organização, mas também um processo complexo e repleto de obstáculos. Não por acaso, mais de 70% das iniciativas de expansão das empresas falham em alcançar o retorno esperado, segundo estudo da McKinsey. Diante disso, surge uma pergunta crucial: sua empresa está preparada para expandir seu portfólio de negócios sem comprometer a essência de seu core business ? Embora a ampliação do portfólio de negócios seja uma das estratégias mais poderosas para impulsionar o crescimento das corporações, todo o processo exige cuidado. Isso porque a busca por novas avenidas de crescimento pode impactar tanto a operação quanto a identidade de uma organização, caso não seja bem executada. Então, qual caminho seguir? A chave para um crescimento sustentável e uma expansão empresarial bem-sucedida está na inovação estratégica . Quando aplicada de maneira planejada e alinhada aos objetivos da corporação, a inovação se torna o principal motor para qualquer plano de expansão empresarial. Seja através do desenvolvimento de novos produtos, da criação de soluções complementares ou da transformação das ofertas existentes, inovar pode abrir portas para novos mercados e consolidar a posição da empresa no seu segmento. A seguir, vamos explorar os principais fatores que precisam ser considerados a partir de uma potencial iniciativa de inovação. Confira! Leia também: 4 tipos de inovação: exemplos diferenças e como implementar O que é uma estratégia de inovação? Alinhamento estratégico com o core business Antes de qualquer movimento, é fundamental compreender claramente o que torna seu core business único e valioso. Esse entendimento vai além do que você oferece ao mercado, abrangendo sua proposta de valor, seu público-alvo e as capacidades essenciais que sustentam o sucesso do negócio. Sem esse conhecimento profundo, qualquer tentativa de expansão empresarial pode resultar em esforços fragmentados e ineficazes, muitas vezes levando a investimentos que não geram o retorno esperado. Ao explorar novas avenidas de crescimento , é fundamental questionar: de que forma essa nova possibilidade se alinha com o que minha empresa já faz bem? A inovação dentro do core business pode ser uma maneira eficaz de evolução, trazendo novas soluções que complementem e ampliem sua proposta de valor original, sem perder o foco no que você já faz de melhor. Identificar sinergias entre novos negócios e a atividade principal da organização evita o erro de diversificar por diversificar, garantindo que a expansão seja tanto estratégica quanto sustentável. Esse alinhamento estratégico fortalece a identidade da empresa, cria novas oportunidades de crescimento e permite que os novos negócios sejam sustentáveis e bem integrados aos pilares fundamentais da corporação. Estudo de viabilidade na expansão do portfólio de negócios Toda expansão envolve risco, especialmente se novas linhas de produto ou serviços forem introduzidas sem a devida análise. Por essa razão, é essencial realizar um estudo de viabilidade aprofundado. É ele quem vai oferecer uma base sólida para entender os aspectos financeiros e estratégicos envolvidos, além de ajudar a mapear e mitigar riscos associados, como a entrada em mercados desconhecidos, mudanças nas preferências dos consumidores ou a necessidade de novos investimentos em tecnologia. Viabilidade financeira e ROI no longo prazo Um dos principais componentes de um estudo de viabilidade é a análise financeira detalhada , que ajuda a calcular projeções financeiras realistas para as novas frentes de negócios. Ao projetar os custos iniciais e os fluxos de receita esperados, a empresa consegue avaliar a viabilidade econômica da expansão do portfólio de negócios e alinhar as expectativas de retorno com o planejamento estratégico. Essa projeção financeira deve considerar não apenas o custo imediato de implementação, mas também os custos recorrentes ao longo do tempo, incluindo manutenção, marketing e operações. Também é fundamental que as empresas não se limitem a calcular apenas o ROI (Retorno sobre o Investimento) imediato. Embora ele seja um indicador importante, a ampliação de portfólio também traz impactos estratégicos de longo prazo que devem ser considerados. Isso pode incluir o fortalecimento da marca, o aumento da base de clientes, a melhoria da competitividade no mercado e a criação de novas fontes de receita. Essas métricas estratégicas, muitas vezes, não são facilmente quantificáveis, mas são igualmente essenciais para garantir que a expansão contribua positivamente para os objetivos gerais da organização. Governança e gestão de riscos na expansão empresarial À medida que as empresas buscam expandir seus portfólios de negócios, a governança e gestão de riscos se tornam elementos essenciais para garantir que o crescimento seja sustentável e bem-sucedido. Uma das primeiras medidas para a boa governança de novos negócios é a adaptação da estrutura de governança para atender às necessidades específicas da expansão. Isso pode envolver, por exemplo, a criação de um comitê dedicado a novos negócios , que será responsável por: tomar decisões estratégicas relacionadas à expansão; garantir que os projetos estejam alinhados com o core business; acompanhar o progresso das iniciativas. Esse comitê deve contar com membros de diferentes áreas da empresa, como finanças, marketing, operações e jurídico, para garantir uma visão holística e integrada. Também é importante estabelecer uma matriz de decisão bem definida , que ajude a priorizar projetos de expansão com base em critérios claros e objetivos. Ela deve incluir aspectos como o retorno esperado, o alinhamento com a estratégia da organização, a viabilidade financeira e o impacto no core business. Além, claro, de definir e fazer o acompanhamento de KPIs (indicadores-chave de performance) para monitorar o sucesso das iniciativas de ampliação e ajustar as estratégias conforme necessário. Por fim, a gestão de riscos é outro aspecto fundamental que deve ser considerado de forma proativa antes da implementação de qualquer novo negócio. Identificar e avaliar riscos potenciais pode prevenir surpresas desagradáveis e minimizar impactos negativos. Isso envolve a análise de cenários de risco , onde a empresa avalia diferentes possíveis cenários e as probabilidades de seu impacto no negócio, seja em termos financeiros, operacionais ou reputacionais. Uma ferramenta essencial para garantir que a organização possa lidar com imprevistos é a criação de um fundo de contingência , que estará disponível para cobrir custos inesperados ou desafios imprevistos que possam surgir durante a implementação do novo negócio. Além disso, realizar simulações de impacto no core business é uma prática importante. Isso porque essas demonstrações ajudam a entender o que aconteceria caso o novo negócio não fosse bem-sucedido ou gerasse prejuízos, permitindo à empresa planejar estratégias de mitigação e de recuperação, minimizando o impacto nas operações principais. Capacidades internas e alocação de recursos Para garantir o sucesso na expansão do portfólio de negócios, é essencial que a empresa avalie suas capacidades internas e faça uma alocação eficiente de recursos. Essa análise permite identificar se a organização possui as competências e os talentos necessários, além de planejar adequadamente os recursos financeiros e tecnológicos para sustentar a nova iniciativa. Antes de investir em novas frentes de negócios, a corporação precisa avaliar se conta com uma equipe qualificada, capaz de lidar com os desafios de ir além das atividades corporativas principais. Isso inclui tanto as habilidades técnicas quanto as de gestão e liderança para garantir a execução bem-sucedida das iniciativas. Se houver lacunas, deve-se considerar a necessidade de treinamentos, contratações ou parcerias externas para fortalecer a equipe. A expansão exige recursos, por isso é essencial definir de onde eles virão. As empresas podem alocar parte de seu orçamento atual, buscar investimentos externos ou até mesmo ajustar sua estratégia de alocação de recursos internos, redirecionando-os de outras áreas. Isso deve ser feito de forma cuidadosa para que a ampliação não comprometa as operações corporativas principais. Além disso, é necessário garantir que os recursos sejam distribuídos de maneira eficiente entre as diferentes frentes do projeto, considerando sua prioridade e impacto estratégico. Por fim, as organizações precisam avaliar também se sua infraestrutura atual é capaz de suportar o crescimento e as novas demandas do negócio. Isso inclui instalações físicas, sistemas de TI e processos operacionais. Além disso, é importante garantir que a tecnologia necessária esteja disponível e seja escalável. Ferramentas de automação, sistemas de gestão e plataformas digitais podem ser fundamentais para otimizar operações e melhorar a experiência do cliente nas novas frentes de negócios. Leia também: O que faz um gestor de inovação? Como destravar o processo de inovação em grandes empresas? Fatores de mercado: análise legal, regulatória e de execução Ao planejar a ampliação do portfólio empresarial , é preciso analisar não apenas as capacidades internas, mas também os fatores de mercado que podem impactar o sucesso da iniciativa. Estamos falando de um exame cuidadoso das questões legais, regulatórias e de execução, além de uma análise aprofundada do mercado e do público para validar as hipóteses e entender as oportunidades reais de crescimento. A análise legal e regulatória garante que a expansão comercial seja viável dentro dos parâmetros legais exigidos, e inclui a verificação de leis locais e internacionais, licenças necessárias, regulamentações de segurança e privacidade, entre outras, que possam impactar a operação no novo mercado ou segmento. Ignorar esses aspectos pode resultar em complicações jurídicas que atrasam ou até mesmo inviabilizam a expansão. Portanto, um estudo detalhado das exigências legais e regulatórias é um passo imprescindível para garantir a conformidade e evitar riscos futuros. Além disso, a organização deve realizar análises de mercado e de público para entender se a hipótese inicial sobre a ampliação do campo de atuação do negócio é válida. Isso significa estudar a demanda por novos produtos ou serviços, identificar tendências de consumo e avaliar o comportamento do público-alvo. Essas análises ajudam a prever a aderência do processo de ampliação às necessidades do mercado, ou seja, se a proposta tem um apelo real para os consumidores. Elas também permitem avaliar o potencial de crescimento, identificando se o mercado tem capacidade para absorver a oferta e se há espaço para a empresa se destacar da concorrência. Uma abordagem eficaz para essas análises envolve o uso de ferramentas e metodologias que ajudem a mapear tendências de mercado e medir as oportunidades reais. A Play Studio, por exemplo, utiliza uma série de ferramentas e metodologias para mapear tendências e medir oportunidades reais, como pesquisas qualitativas e quantitativas, por exemplo. Com essas ferramentas, as empresas podem antecipar tendências e tomar decisões embasadas sobre onde investir os recursos, ajustando a estratégia de expansão conforme os dados obtidos e aumentando, claro, as chances de sucesso. O cuidado necessário na expansão do portfólio de negócios É comum que, ao surgir uma nova ideia, as organizações se empolguem e se sintam motivadas a seguir em frente, sem passar pelo devido processo de validação. Só que essa empolgação pode acabar custando caro. Muitas vezes, o entusiasmo por um projeto novo pode levar a uma visão distorcida dos recursos necessários, dos riscos envolvidos e do impacto real no core business. Para evitar frustrações e surpresas no caminho, é essencial que todo o processo de inovação seja estruturado. Como vimos ao longo deste texto, a expansão do portfólio de negócios envolve uma série de fatores que devem ser analisados de forma cuidadosa e estratégica para evitar que a empresa se envolva em iniciativas que não tragam os resultados esperados. Na Play Studio, ajudamos grandes corporações a explorar novas oportunidades de crescimento com análises estratégicas personalizadas , garantindo que a inovação seja conduzida de forma inteligente e fundamentada. Se você deseja identificar o próximo grande passo para o seu portfólio e expandir de forma estratégica, estamos prontos para ajudar. Vamos juntos planejar a próxima etapa da expansão empresarial e desenvolver um portfólio de negócios que impulsione seu crescimento? Clique aqui e fale conosco !
21 de novembro de 2024
Nem só de boas ideias vive um negócio. Embora a inspiração inicial seja crucial, ela por si só não assegura o sucesso. É fundamental avaliar a viabilidade da proposta . Será que ela realmente atende a uma necessidade do mercado? É financeiramente sustentável? Quais são as atividades-chave para implementá-la? Nesse momento, é preciso deixar a paixão pela ideia de lado e adotar uma abordagem analítica para verificar se há, de fato, uma oportunidade sólida de empreender ali. Ou seja: testar as hipóteses que sustentam o modelo de negócio, antes de investir tempo e recursos significativos. Mas quais pontos validar? A validação de negócios deve ser feita de forma pragmática e consciente, abrangendo alguns aspectos fundamentais, como: 1. Proposta de valor É o principal motivo pelo qual os consumidores escolhem seu produto ou serviço em vez de optar pelos concorrentes. Ela deve ser clara, concisa e, acima de tudo, relevante para o público-alvo. Para validar sua proposta de valor, é importante entender profundamente quais problemas ela resolve ou quais necessidades ela atende de forma eficaz. Durante a validação, é fundamental testar a percepção do público sobre essa proposta por meio de pesquisas, entrevistas ou testes de mercado para garantir que ela realmente ressoe com a demanda do mercado. 2. Público-alvo Um erro comum entre os empreendedores (e intraempreendedores) é tentar atingir um público muito amplo, o que pode diluir os esforços de marketing e impactar negativamente a efetividade das vendas. A validação do público-alvo deve ser focada na identificação do perfil de consumidores que mais se beneficiarão do produto ou serviço em questão. Isso envolve definir claramente quem são eles, onde estão, quais são seus comportamentos, interesses e necessidades. Realizar entrevistas ou pesquisas com um grupo representativo do público-alvo ajuda a confirmar se a proposta de valor é adequada e se os canais de comunicação e marketing estão alinhados com as características desse grupo. 3. Canais de distribuição Ter uma excelente proposta de valor e um público-alvo bem definido não é suficiente se você não souber como chegar até seus clientes de forma eficiente. A validação dos canais de distribuição envolve testar quais são as melhores formas de entregar seu produto ou serviço ao consumidor de maneira prática e escalável – e-commerce, redes sociais, pontos de venda, revendedores e por aí vai. É importante analisar quais canais oferecem o melhor custo-benefício e o maior alcance para o seu público-alvo. A validação deve envolver um entendimento profundo das preferências do cliente em relação à forma de compra, entrega e pós-venda. 4. Modelo de receita Um modelo de receita bem estruturado é indispensável para garantir a sustentabilidade financeira do negócio. A validação do modelo de receita envolve testar diferentes formas de monetização, como vendas diretas, assinaturas, licenciamento, freemium, entre outros. É importante analisar qual dessas opções é a mais adequada ao comportamento e à disposição de pagamento do seu público. Além disso, é necessário garantir que os fluxos de receita sejam suficientes para cobrir os custos operacionais e gerar lucros a longo prazo. O modelo de receita deve ser testado com cenários realistas e ajustado conforme os feedbacks recebidos dos clientes. 5. Estrutura de custos Ter uma estrutura de custos clara é, evidentemente, fundamental para garantir que o modelo de negócio seja financeiramente viável. A validação da estrutura de custos envolve mapear todas as despesas envolvidas na operação, desde custos fixos, como aluguel e salários, até custos variáveis, como matéria-prima ou marketing. É importante verificar se esses custos estão dentro de uma faixa que permita ao negócio operar de forma rentável, sem comprometer a qualidade do produto ou a experiência do cliente. Durante a validação, a análise de custos também ajuda a identificar possíveis ineficiências e áreas onde podem ser feitos ajustes para melhorar a margem de lucro. 6. Atividades essenciais para a implementação do negócio Atividades essenciais são aquelas ações fundamentais que precisam ser realizadas para que o negócio funcione corretamente. Isso pode incluir desenvolvimento de produto, marketing, atendimento ao cliente, logística e outros processos operacionais. A validação dessas atividades envolve entender se você possui os recursos necessários para executá-las de forma eficiente, seja através de mão de obra qualificada, tecnologia ou parceiros estratégicos. Além disso, é importante avaliar se essas atividades podem ser escaladas à medida que o negócio cresce, sem perder qualidade ou aumentar excessivamente os custos. Leia também: O importante papel da validação de produtos na criação de novos negócios O que são avenidas de crescimento e como grandes empresas podem explorá-las? O que é inovação corporativa e como implementá-la Como o Test and Learn contribui na validação de uma ideia de negócio Uma das formas mais eficazes de validar uma ideia de negócio é adotar a metodologia Test and Learn – processo iterativo que envolve a realização de pequenos testes, análise dos resultados e ajustes contínuos, permitindo que os empreendedores aprendam de forma rápida e adaptem suas estratégias com base em dados reais do mercado. Ao adotar essa abordagem, é possível testar hipóteses em tempo real, minimizando o risco de falhas e maximizando as chances de sucesso. Por exemplo: ao testar uma nova proposta de valor, você pode lançar uma campanha-piloto, coletar feedbacks e medir o impacto de diferentes mensagens ou ofertas. O mesmo vale para os canais de distribuição: em vez de investir pesadamente em um único canal, você pode testar múltiplos canais de forma simultânea e analisar quais deles trazem o melhor retorno. Com o Test and Learn , você consegue ajustar rapidamente sua proposta, seus processos e suas estratégias, garantindo que os recursos sejam alocados de forma eficiente e que as decisões sejam baseadas em dados reais. Esse ciclo de testes e aprendizado contínuo acelera o processo de validação e aumenta a flexibilidade do negócio, permitindo que ele se adapte rapidamente às mudanças do mercado. E o MVP? Quando sua ideia já estiver mais amadurecida, vale a pena investir no desenvolvimento de um MVP , ou Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável) . Ou seja: numa versão simplificada do seu produto ou serviço para colher feedbacks reais do mercado, antes de investir em uma versão mais robusta. O conceito de MVP está alinhado à metodologia Lean Startup , de Eric Ries. No seu livro “Startup Enxuta”, Ries defende que as empresas devem lançar versões básicas de seus produtos rapidamente, iterando com base nas respostas dos clientes, em vez de desenvolvê-los totalmente com base em suposições. Essa abordagem é vantajosa especialmente para empresas que buscam escalabilidade e redução de custos. O pitch deck também pode ajudar Durante a fase de validação de negócios, um pitch deck bem estruturado é um recurso valioso. Na prática, trata-se de uma apresentação concisa que resume todos os aspectos essenciais da sua ideia de negócio – desde as propostas de valor até o modelo de receita e a estrutura de custos. Esse material serve para comunicar o potencial da sua proposta a investidores, parceiros e possíveis clientes, por isso deve ser capaz de sintetizar sua visão de forma clara e persuasiva. Não tenha pressa, valide com consciência Embora seja tentador acelerar o lançamento de uma ideia de negócio, é muito mais seguro e eficaz passar por um processo rigoroso de validação para garantir que ele tenha potencial real de sucesso É como diz o ditado popular, “cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Para apoiar você nessa jornada, contar com consultorias de inovação, como a Play Studio , pode ser um grande diferencial. Quer saber como podemos ajudar sua empresa a validar novas ideias e criar modelos de negócios inovadores? 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