Glossário: entenda os principais termos do Corporate Venture Building
Redação Play • dez. 01, 2021

O ecossistema de inovação e criação de novos negócios tem um vocabulário muito particular, formado por termos que surgem e se transformam em alta velocidade. Intraempreendedorismo, pitch, business design, fase de exploração e outros podem soar como um verdadeiro dialeto para quem não está familiarizado.


Para facilitar a comunicação, criamos um glossário com os principais termos que utilizamos na Play Studio. E, claro, como tudo relacionado ao Corporate Venture Building, ele não está escrito em pedra e precisa ser atualizado frequentemente. Confira!


Aceleradoras


Empresas que apoiam startups com um programa intenso de educação imersiva, com duração de 3 a 6 meses, para acelerar seu desenvolvimento. Elas podem ser generalistas ou ter foco verticais específicas, como tecnologia, meio ambiente, produtos de consumo, energia renovável etc. Em geral, o objetivo final dessa aceleração é refinar a startup para potenciais investidores e aproximá-la de grandes corporações. Veja mais detalhes no nosso artigo sobre qual a diferença entre aceleradora, incubadora e Venture Builder.


Business design


Combinação de métodos de design para resolver questões complexas de business. O princípio do BD é colocar o usuário no centro de todo desenvolvimento e encontrar um ponto de inovação para o que será criado. O método pode ser utilizado para desenvolver negócios, produtos ou serviços que tenham valor para o usuário, sejam inovadores e – o que também é essencial – viáveis financeira e tecnicamente. Aprofunde o assunto em O que é Business Design e para que ele serve.


Corporate Venture Building


Modelo de inovação que desenvolve novos negócios para grandes empresas. É o que a Play Studio faz, colocando a mão na massa para idealizar, construir e entregar startups encomendadas por organizações de grande porte.

Normalmente, essas companhias enxergam oportunidades de inovação (tanto dentro quanto fora de seu core business) mas encontram desafios estruturais que as impedem de tirar essas ideias do papel. É aí que entram em ação builders como a Play, estreitando a relação entre empresas tradicionais e startups.

Para saber mais, confira O que é Corporate Venture Building? 


Corporate Venture Capital


O CVC, também chamado de corporate venturing, é um fundo corporativo destinado a investir em startups inovadoras por meio de joint venture e aquisição de participação acionária. Esse tipo de aporte possibilita o acesso de grandes empresas (donas do fundo corporativo) a tecnologias e modelos de negócios disruptivos com o objetivo de aumentar (ou manter) sua relevância no mercado e, consequentemente, incrementar suas vendas e lucros.

Também é comum que a companhia investidora empreste à empresa investida sua experiência em gestão e marketing, entre outras. Para se aprofundar no tema, leia o artigo O que é e como funciona o Corporate Venture Capital.


Cultura de inovação


Conjunto de práticas e valores internos que promovem a geração de ideias e soluções para alcançar os principais objetivos de uma empresa. A cultura de inovação transforma a maneira como as equipes pensam e agem dentro de uma corporação, valorizando ideias que possam levar a novos produtos ou serviços, reduzir custos e melhorar processos. Leia também 6 passos para criar uma cultura de inovação na sua empresa.


Design thinking


Abordagem colaborativa utilizada para resolver um problema específico com foco nos usuários de um produto ou serviço. Como o nome sugere, o design thinking surgiu na área do design, mas hoje é amplamente adotado pelo mundo corporativo, em diferentes segmentos. Veja mais em Como o design thinking pode impulsionar o intraempreendedorismo?.


Estudo de viabilidade financeira


Também chamado de modelagem financeira, é a análise objetiva que indica se um negócio, produto ou serviço é capaz de se manter de pé financeiramente. Ou seja, ele avalia se o esforço e o investimento necessários para desenvolver determinada ideia são compatíveis com o retorno financeiro que ela trará.


Esse estudo deve fazer parte dos principais passos para criar uma startup ou desenvolver um produto. O ideal é que ele seja elaborado depois das etapas de exploração e discussão do modelo de negócio e antes da fase de viabilização, em que são realizados testes e criados protótipos ou MVPs. Saiba mais em A importância do estudo de viabilidade financeira para a inovação.


Fase de exploração


Etapa de mapeamento de mercado e de público-alvo que precede o desenvolvimento de uma solução. Seu objetivo é entender quem é o potencial consumidor, quais são os concorrentes que já atuam nesse território, como é o mercado, em que momento ele está e quais os seus maiores desafios.


Aqui também é importante entender quais são os ativos da empresa e quais das suas competências podem ser utilizadas para apoiar o novo negócio, produto ou serviço. A fase de exploração é dividida basicamente em três etapas – exploração do contexto, análise de potenciais usuários e entendimento de insights. Veja mais detalhes no artigo “A importância da etapa de exploração no processo de inovação”.


Incubadoras


Conceito que surgiu nos anos 1950 e que se refere a organizações que apoiam jovens empreendedores com o objetivo de aumentar as chances de sobrevivência de startups em estágios iniciais. Elas proporcionam um ambiente de colaboração e oportunidades de networking e mentoring, inclusive com potenciais investidores. O processo de incubação de uma startup pode durar de um a cinco anos.


IPO


A sigla para “initial public offering” significa, literalmente, oferta pública inicial. Ou seja, é o momento em que uma empresa começa a oferecer ações ao mercado para se tornar uma companhia de capital aberto, cujos papeis são negociados na Bolsa de Valores.


Inovação aberta


Processo de inovação corporativa que envolve colaboração e co-criação interna e externa. O open innovation, como também é conhecido, ocorre quando empresas buscam parcerias para inovar contratando uma consultoria de inovação, trabalhando em colaboração com uma Corporate Venture Builder, fazendo alianças com outras empresas e universidades ou promovendo concursos de crowdsourcing, por exemplo. Entenda melhor em Como a inovação aberta pode beneficiar as empresas?.


Inovação corporativa


Estratégia para fomentar ideias disruptivas e transformá-las em novos produtos, serviços ou negócios que ajudem a empresa a se manter relevante em seu mercado. Esse processo pode ser desenvolvido internamente ou por meio de parcerias externas, através da inovação aberta. Leia mais sobre o conceito em O que é inovação corporativa e como implementá-la na sua empresa.


Intraempreendedorismo


Ao pé da letra, é a possibilidade de empreender dentro de uma empresa. Trata-se de uma prática cada vez mais utilizada por organizações que desejam estimular a inovação internamente, oferecendo um ambiente em que os profissionais se sentem incentivados a pensar e agir como empreendedores.


Ela permite, por exemplo, que seus colaboradores tenham autonomia e liberdade para dedicar algum tempo de trabalho para observar tendências, apresentar ideias e até desenvolver novos produtos, serviço ou negócios (não necessariamente relacionados à principal atividade da corporação).


O objetivo do intraempreendedorismo é incentivar os times a analisar o mercado em busca de novas oportunidades. Para gerar resultados, no entanto, isso precisa ser feito de forma estruturada, com objetivos bem definidos e tempo dedicado especificamente para este fim. Ficou interessado? Leia mais nos artigos O que é intraempreendedorismo e como incentivá-lo Por que o intraempreendedorismo pode salvar as empresas no pós-pandemia.


Investimento anjo


Aporte feito por uma pessoa física – o investidor anjo – que destina cerca de 5% a 10% do seu patrimônio a startups em etapas iniciais de desenvolvimento e com alto potencial de crescimento e rentabilidade. Além do aporte financeiro, o investidor anjo costuma emprestar seus conhecimentos, experiência e rede de contatos para apoiar o empreendedor no desenvolvimento do negócio. Post completo no link O que é investidor anjo e como encontrar um.


Make, ally e buy


As Corporate Venture Builders atuam basicamente em três linhas: “make” (fazer), “ally” (aliar-se) e “buy” (comprar). A primeira ocorre quando uma corporação mapeia uma oportunidade fora do seu core e passa para a CVB a responsabilidade de criar uma nova empresa do zero. É o caminho mais indicado para companhias querem ser vistas como desenvolvedoras de inovações disruptivas ou quando existe a certeza de que o novo produto/ serviço será bem-sucedido.


O termo “ally” refere-se à opção de formar alianças para desenvolver produtos/ serviços que não façam parte da atividade principal da empresa-mãe. É o mais indicado para casos em que a corporação prefere aguardar a consolidação de um mercado antes de qualquer movimento mais agressivo.


“Buy”, por sua vez, ocorre quando a Corporate Venture Builder entende que aquilo de que a empresa-mãe precisa já existe no mercado e que a aquisição de uma startup pode ser o melhor caminho. Mais detalhes em Como as Corporate Venture Builders atuam.


MVP (produto viável mínimo)


MVP (Minimum Viable Product) ou produto viável mínimo é uma forma de testar, na prática, um produto ou serviço empregando o mínimo possível de recursos, antes de investir mais tempo, dinheiro e recursos humanos na ideia.


M&A


A sigla M&A, de mergers and acquisitions – ou fusões e aquisições, em português –, indica transações realizadas entre empresas que tenham alguma sinergia. Trata-se de uma operação que visa atingir um objetivo estratégico, como, por exemplo, ampliar a cobertura geográfica.


No caso das fusões, o mais comum é que duas empresas de portes semelhantes unifiquem suas operações. A aquisição, por sua vez, costuma ocorrer quando uma empresa maior adquire uma menor e absorve os seus negócios. Os planos de M&A normalmente são apoiados por dados que detalham realizações, incluindo plano financeiro, modelo de negócios, capacidade de vendas e distribuição etc.


Pitch


As apresentações de curta duração que os empreendedores fazem para potenciais investidores normalmente são chamadas de pitch deck. Um pitch, porém, pode ser elaborado para diversos fins, como apresentações institucionais, propostas de iniciativas de inovação, projetos de melhoria ou redução de custos, entre outros.

O pitch deve responder algumas perguntas específicas sobre um negócio. Por exemplo: Qual é o problema que ele se propõe a resolver? Onde está a inovação? Existem competidores? Qual o seu diferencial? Quem são os potenciais clientes? Qual é o tamanho do mercado e sua estimativa de crescimento? Veja mais em Como transformar o pitch deck em um roteiro de sucesso.


PoC


A PoC (Proof of Concept) ou prova de conceito é uma forma de validar (ou não) uma ideia. Isso implica na definição de algumas hipóteses para as quais são desenhados testes que utilizam os recursos disponíveis de forma eficiente com o objetivo comprová-las (ou não). Ao realizar um PoC você obtém uma evidência de que um negócio, produto ou serviço pode ser bem-sucedido. Veja mais em Provas de Conceito evitam prejuízos e tiram a inovação do papel.


Private Equity


Tipo de investimento dedicado organizações já estabelecidas, com faturamento, clientes e alguma fatia de mercado. Em geral, o Private Equity atua em setores variados (e não apenas àqueles relacionados à inovação), fazendo aportes em diversos negócios ao mesmo tempo.


Proposta de valor


Elemento de marketing que diz aos potenciais clientes por que eles devem fazer negócio com determinada empresa – e não com os concorrentes –, tornando claros os principais benefícios e diferenciais de um produto ou serviço.

O objetivo principal da proposta de valor é transformar um prospect em cliente efetivo. Uma proposta de valor bem estruturada deve esclarecer qual é a “dor” do cliente que o negócio quer resolver e o que faz daquele produto ou serviço a solução perfeita para isso. Quer saber mais? Leia O que é proposta de valor e como encontrá-la.


Seed


Investimento de recursos feito em startups em estágio inicial, que já têm produtos ou serviços lançados no mercado, mas ainda não atingiram seus objetivos. Normalmente são aportes mais volumosos que os do investimento anjo, o que torna o seed um tipo mais ariscado de investimento.

Um passo anterior ao seed é o chamado pré-seed, aporte de menor valor para que a empresa possa realizar a análise de mercado e desenvolver o MVP. Via de regra, ambos são feitos através de Venture Capital.


Validação


A fase de validação é aquela em que o produto ou serviço é apresentado a um pequeno grupo de consumidores para que sejam colhidos feedbacks. A partir dos resultados é possível avaliar se os potenciais clientes têm ou não engajamento com o produto ou serviço e realizar ajustes e correções.


Venture Building


Modelo de negócios que constrói e desenvolve startups através de recursos próprios. Venture Builders (VBs) atuam basicamente como as Corporate Venture Builders, com uma diferença importante: elas constroem startups encomendadas por empreendedores e não por corporações, como fazem as CVBs. Venture Building, portanto, refere-se ao processo de desenvolver uma startup sob encomenda. Quer saber mais detalhes? Este post pode ajudar: Qual a diferença entre aceleradora, incubadora e Venture Builder?.


Venture Capital


Venture Capital é um aporte focado em pequenas e médias empresas que se preparam para escalar o negócio para outro patamar. Em geral, o Venture Capital se dá por meio da compra de participação acionária, geralmente minoritária.


Viabilização


É nesta etapa que a criação de um produto, serviço ou negócio sai do conceitual para o concreto, com a criação do MVP ou de um protótipo mais funcional da solução.


Quando falamos em Corporate Venture Building, a etapa de viabilização é realizada principalmente pela builder. A aderência ao consumidor continua a ser avaliada, mas o foco é medir taxas reais e avaliar a complexidade tecnológica de tirar o negócio do papel. Aqui entram as grandes questões “é possível entregar?” e “o negócio é financeiramente viável?”.

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