O que é uma healthtech e como a inovação está mudando a saúde no Brasil
João Pedo Teles • ago. 11, 2022

Depois do boom das fintechs, chegou a hora de as healthtechs ganharem espaço no Brasil e levarem inovação ao segmento da saúde. O estado de emergência provocado pela pandemia de COVID-19 acelerou o processo de transformação digital no setor, que agora coloca as startups de healthcare em evidência.


Segundo dados do
Mapeamento HealthTech 2022, realizado pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) junto à Deloitte, o número de healthtechs no Brasil quase duplicou entre 2019 e 2021. Mais de 45% das startups de saúde foram fundadas neste período, somando mais de R$30 milhões em aportes.


Enquanto esse mercado se aquece em território brasileiro, destacam-se healthtechs como Alice (gestora de saúde), Doctoralia e Dr. Consulta (consultas médicas), que entregam soluções direto ao paciente. Mas o segmento não se limita a isso. A Vizio Med, por exemplo,
utiliza inteligência artificial para aumentar a eficiência de diagnósticos de câncer.


Dos remédios entregues na porta de casa às teleconsultas, a área da saúde está inovando e as healthtechs estão prontas para assumir a frente dos desafios e necessidades da inovação no setor.


Ao longo deste artigo, você vai conferir uma breve explicação sobre o que são healthtechs, como elas estão mudando o cenário da saúde no Brasil e no mundo e como o Venture Building pode ajudar a potencializar esses novos negócios.


Acompanhe a leitura.


O que é uma healthtech?


O nome healthtech varia das palavras saúde (health) e tecnologia (tech). Essas startups são empresas focadas em soluções tecnológicas para o segmento da saúde, que visam facilitar a vida do paciente com soluções inovadoras, trazendo novas tecnologias para o setor médico.


Assim como acontece com as fintechs, que se apresentam através de bancos digitais ou soluções nichadas, as healthtechs também podem operar em diferentes áreas de atuação.


O
Distrito Healthtech Report, realizado junto à KPMG, mostra nove categorias diferentes, que vão desde telemedicina, diagnóstico e tratamento até Wearables & IOT – tecnologia para monitoramento de pacientes.


Categorias de healthtechs por área de atuação:


  • Acesso à informação;
  • Gestão e PEP;
  • Marketplace;
  • Medical Devices;
  • Telemedicina;
  • Wearables & IOT;
  • Relacionamento com pacientes;
  • Inteligência artificial & Big Data;
  • Farmacêutica e Diagnóstico.


Há também startups que atuam em um modelo mais próximo às principais áreas que conhecemos das instituições de saúde, como a Alice.


Intitulada como uma “gestora de saúde”, é uma empresa que oferece planos semelhantes aos tradicionais, com atendimento em clínicas e hospitais, mas oferecendo todo o auxílio da tecnologia na manutenção da qualidade de vida do paciente, mesmo quando ele não está doente.


Em 2021, a startup paulista
recebeu um aporte de U$127 milhões em uma rodada de investimento liderada pelo Softbank.


O boom das healthtechs e a inovação no segmento de saúde


Assim como em qualquer outro segmento, a saúde encara a necessidade de inovar. É preciso reduzir custos médicos e entregar uma melhor experiência para o paciente, usar dados para aumentar a eficiência de tratamentos, além de diversos outros desafios que pairam sobre as empresas do setor há anos.


Tudo isso pode ser resolvido – ou otimizado – através da tecnologia. É aí que entram  as healthtechs.


Nos Estados Unidos,
a Amazon adquiriu a startup Pill Pack por US$ 753 milhões de olho no futuro do consumo de medicamentos.


Baseada em um serviço personalizado de entrega de remédios a domicílio, a Pill Pack elimina a necessidade de separar os remédios, ter diversas caixas em casa e até mesmo ir à farmácia.


Assim como já acontece na compra de outros itens do dia a dia, a expectativa é de uma mudança total na forma como consumimos remédios. Afinal, se os e-commerces já respondem por uma parcela significativa dos hábitos de compra, então
o que separa as pessoas de também adquirir medicamentos online?


A Memed, plataforma gratuita de prescrições digitais, facilita a vida de médicos, farmacêuticos e pacientes por meio da automatização de receitas e uso de inteligência artificial. A solução elimina diversas etapas no processo de dispensação de medicamentos e torna a receita física obsoleta, substituindo-a por um QR code que o paciente apresenta no momento da compra na farmácia.


Além disso, o usuário encontra alertas no caso de interações medicamentosas e tem acesso rápido a bulas e tratamentos registrados na base de dados do site e aplicativo. A startup emitiu mais de
29 milhões de receitas no ano de 2021, ocupando três quartos do market share de prescrições digitais em território brasileiro.


Já o Dr. Consulta, uma das healthtechs brasileiras que iniciou suas atividades no pré-pandemia, nasceu com o propósito de atender as dores do público que não tinha como arcar com os custos de um plano de saúde tradicional.


A empresa já conta com
mais de 3 milhões de pacientes atendidos e receita estimada em R$ 315 milhões no ano de 2021. 


Esses são apenas alguns dos exemplos de healthtechs que participam do
boom desse mercado, que já soma mais de 700 players espalhados pelo Brasil.


Como
8° maior mercado de saúde no mundo, o país encontra nas empresas tech a chance preencher lacunas de necessidade dos brasileiros e alcançar novos patamares de inovação no setor.


Pelo mundo, o segmento que une saúde e tecnologia
já é avaliado em mais de US$7,2 trilhões de dólares.


Como o Venture Building pode ajudar healthtechs a se desenvolverem?


As Venture Builders, como a Play Studio, têm como objetivo auxiliar no desenvolvimento e aceleração de startups, e com as healthtechs não é diferente.


Diante dos desafios de um mercado como o da saúde, aplicar os conceitos de
Venture Building torna-se cada vez mais necessário para um crescimento saudável e estruturado. Mas como?


“A Venture Builder pode auxiliar os clientes desde a definição e validação da proposta de valor até a construção de um modelo de vendas e estruturação dos processos. Mas, principalmente, o know-how de negócio das Venture Builders agrega agilidade, ritmo, direcionamento e networking às healthtechs”, afirma Vinicius Sanches, Venture Builder da Play.

Viveo e Far.me: como estamos modelando novos negócios através do Corporate Venture Building


Um dos maiores conglomerados de saúde no país, a Viveo buscou a ajuda da Play Studio após investir na healthtech Far.me e ampliar sua gama de soluções. Sem contar com um braço de atuação no ramo de farmácias, a corporação viu a oportunidade de inovar e se aproximar do cliente final, fortalecendo sua estratégia D2C.


Assim como a Pill Pack, citada acima, a Far.me tem um modelo de negócio focado em facilitar tratamentos medicamentosos, principalmente junto a pacientes crônicos. O assinante dos serviços Far.me recebe em casa seus medicamentos já sortidos de acordo com a recomendação médica. A solução chamou a atenção da Viveo, que apostou em seu potencial.


A Viveo buscou a
Play Studio para, em conjunto com a Far.me, idealizar os próximos grandes passos do negócio e validar novos caminhos e soluções.


A parceria já dura mais de dois anos e tem gerado ricos aprendizados, passando por: discussões de estratégia; testes de canais de venda; revisões de portfólio de produtos; entre outros temas. O suporte da Viveo e a solução da Far.me, aliados à expertise de negócios e a metodologia de
Corporate Venture Building da Play, tornam essa cocriação possível.


A afinidade de nossos consultores com o ecossistema de startups e inovação facilita a caminhada de nossos clientes na construção de ventures sustentáveis e escaláveis.


Para entender como a
Play Studio pode elevar o nível do seu negócio, entre em contato com um de nossos builders. 

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