Inovação corporativa. Quantas vezes você ouviu falar ou leu sobre isso na última semana? Ainda que não tenha a resposta exata, é bem provável que esse tema tenha surgido com frequência.

 E não por acaso: longe de se tornar apenas mais um jargão do mundo dos negócios, a inovação corporativa comprovou definitivamente a sua importância nos últimos meses, quando mais do que nunca a sobrevivência das empresas viu-se atrelada à sua capacidade de pensar fora da caixa e rapidamente colocar novas ideias em execução.

O que é inovação corporativa

Inovação corporativa é um conceito mais amplo do que o nome sugere. É verdade que tudo começa pela óbvia inovação em ambiente corporativo, ou seja, dentro das empresas.

Na prática, no entanto, inovação corporativa é uma estratégia para fomentar ideias disruptivas e transformá-las em novos produtos, serviços ou negócios que ajudem a empresa a se manter relevante em seu mercado.

Esse processo pode ser desenvolvido internamente ou por meio de parcerias externas, através da inovação aberta.

É importante esclarecer, porém, que apenas um concurso de boas ideias (sem intenção clara de levá-las adiante) e outros esforços superficiais desse tipo não podem ser considerados inovação corporativa. Um dos pilares da inovação corporativa é, sim, a de incentivar o pensamento inovador dentro da empresa – e neste outro artigo explicamos como estimular a geração de ideias inovadoras –, mas seu objetivo final deve ser a implementação de novos produtos, serviços ou negócios que surgem a partir desse processo.

Por que a inovação corporativa é necessária

Você já deve ter se deparado com pesquisas que mostram que mais da metade das empresas que faziam parte da Fortune 500 em 2000 já faliram, foram adquiridas ou simplesmente desapareceram.

Estudos relatados pela Harvard Business Review também apontam que 75% das empresas da S&P 500 devem ser substituídas até 2027. E o que tudo isso tem a ver com inovação corporativa? Tudo.

Afinal, é exatamente a capacidade de inovar como corporação que pode garantir a continuidade de um negócio nesta era em que tudo muda o tempo todo.

Prova disso, por exemplo, é uma pesquisa da Deloitte que indica que dois terços das empresas inovam para crescer ou se diferenciar de seus concorrentes e metade delas inova para satisfazer as necessidades dos clientes.

Então, se os concorrentes estão inovando para sobreviver e se as necessidades dos clientes mudam o tempo todo, fica claro que quem parar de inovar tem poucas chances de continuar no jogo.

Portanto, inovação corporativa é uma premissa indispensável para qualquer empresa que queira avançar ou permanecer no topo de seu mercado.

Como implementar a inovação corporativa

Para implementar a inovação corporativa toda empresa precisa seguir alguns passos essenciais. Confira os principais a seguir.

1. Estabelecer uma estratégia de inovação

Antes de entrar propriamente na execução, sua empresa precisa definir uma estratégia para a inovação corporativa conectada à de negócios.

Neste momento, é interessante avaliar, por exemplo, sua maturidade de inovação para saber quanto ela ainda tem de caminhar para criar de fato uma cultura de inovação.

2. Apurar quais são os objetivos da inovação

Para guiar essa estratégia, é importante entender o que a empresa pretende fazer com a inovação corporativa.

Ela quer atuar em outros mercados? Oferecer experiências melhores aos consumidores? Responder a alguma demanda mais específica? Criar produtos ou serviços disruptivos?

As respostas, mais uma vez, devem estar alinhadas ao plano estratégico da empresa.

3. Criar uma governança da agenda de inovação

Para que a estratégia de inovação possa fluir, é importante definir quem são as pessoas envolvidas, seus papéis e suas responsabilidades em cada projeto.

É preciso também estabelecer rituais de acompanhamento da agenda de inovação, que incluem não apenas deadlines de cada fase, mas pequenas comemorações e reconhecimentos, por exemplo, quando alguns marcos são alcançados ou alguma etapa é finalizada.

4. Determinar métricas para acompanhar o sucesso da inovação

Além de ter objetivos claros, é necessário ter métricas que indiquem se as iniciativas de inovação estão (ou não) alcançando o sucesso esperado.

Algumas dessas métricas podem ser a receita gerada pelo novo produto ou serviço, a quantidade de projetos iniciados ou ideias apresentadas em determinado prazo, ou ainda o tempo que o projeto leva para ser implementado ou trazer algum retorno.

5. Investir em treinamento e capacitação

Nenhuma empresa torna-se inovadora de uma hora para outra apenas por tomar essa decisão. Por trás de uma estratégia de inovação corporativa precisa haver muito investimento em treinamento e capacitação de pessoas.

Leia também: “Como construir uma equipe inovadora”.

Quanto mais imatura sua empresa for no quesito inovação, maior será o investimento necessário para fazer as pessoas começarem a pensar fora da caixa e se sentirem seguras para apresentar ideias e dar sugestões. 

6. Escolher o melhor formato para a execução dos projetos de inovação

Em geral, ao partir para a execução, as empresas devem decidir se farão tudo internamente, na chamada inovação fechada, ou se buscarão talentos, ideias e parcerias fora das suas paredes, utilizando-se da inovação aberta.

A principal diferença entre as duas é que primeira conta apenas com recursos próprios para inovar, entregando a missão a um time de inovação ou, mais tradicionalmente, à equipe de P&D, enquanto na inovação aberta a empresa usa colaboração e co-criação externa para potencializar suas chances de desenvolver inovação.

A desvantagem da inovação fechada é que, para funcionar bem, ela requer equipes grandes e altamente capacitadas, o que, convenhamos, exige investimentos de longo prazo.

Por outro lado, a inovação aberta pode contar com o crescente número de profissionais qualificados – sejam eles pessoas físicas ou fornecedores parceiros – que estão disponíveis (e prontos!) no mercado para parcerias.

Leia mais sobre open innovation no nosso artigo “Como a inovação aberta pode beneficiar as empresas?”.

7. Fazer testes e desburocratizar processos

Muitas ideias inovadoras se perdem dentro de empresas entre processos burocráticos e pouco flexíveis. Para fazer a inovação fluir, é preciso tirar ideias do papel, fazer testes e mais testes.

E, para isso, desburocratizar processos e tornar a estrutura corporativa mais flexível é fundamental.

8. Estimular um ambiente de confiança

As pessoas só se arriscam a sugerir ideias disruptivas quando se sentem respaldadas e incentivadas pela empresa. Dificilmente alguém pensará fora da caixa se esse pensamento for um risco para o seu emprego, certo?

Portanto, para implementar a inovação corporativa é preciso criar um ambiente de confiança, em que todos se sintam seguros para dar ideias e, se for o caso, falhar em suas ideias. Tolerância ao erro também é requisito básico para desenvolver uma cultura de inovação.

9. Considerar a contratação de uma consultoria de inovação

Dependendo do nível de maturidade de inovação da sua empresa e do quanto seus objetivos de inovação sejam ambiciosos, é possível que ela tenha de considerar a ajuda de uma consultoria especializada que possa ajudar a superar os principais entraves e colocar a estratégia de inovação corporativa no caminho certo.

Nessa circunstância, uma consultoria de inovação pode ser a melhor aliada para sua empresa. Isso porque a principal função desse tipo de parceiro é entender as necessidades de cada organização e criar estratégias capazes de inserir a cultura de inovação em seu dia a dia.

Quer saber mais? Veja nosso post completo sobre quando contratar uma consultoria de inovação.