Quem atua em inovação dentro de grandes corporações conhece bem o desafio de transformar boas ideias em novos produtos ou serviços e levá-los ao mercado no timing certo. A tarefa pode ser ainda mais árdua quando a oportunidade identificada está fora do core business da empresa. Os entraves são vários e incluem desde pouca flexibilidade de processos até aversão a riscos e escassez de pessoas disponíveis (e preparadas) para tocar projetos desse tipo.
Para resolver esse impasse, cada vez mais corporações vêm fechando parcerias com Corporate Venture Builders, espécie de construtoras de startups para grandes corporações.
Além de significar a diferença entre agarrar a oportunidade de conquistar um novo mercado ou simplesmente deixar uma grande ideia se perder pelo caminho, a parceria entre grandes empresas e CVBs entrega outros benefícios importantes, como ganho de agilidade e, em muitos casos, até redução de custos. Confira a seguir uma lista das 5 maiores vantagens dessa parceria para o desenvolvimento de startups.
No livro “Beyond the core: expand your market without abandoning your roots” (Além do core: expanda seu mercado sem abandonar suas raízes, em tradução livre), o consultor Chirs Zook estabelece o caminho para o crescimento sustentável de grandes corporações: encontrar uma fórmula replicável que utilize os pontos fortes e os diferenciais de seu core e aplicá-los em mercados adjacentes.
Na teoria pode até parecer fácil, mas a prática mostra que muitas empresas não sabem (ou não conseguem) tirar essa fórmula do papel. Embora todas tenham o desejo comum de crescer, o estágio da cultura de inovação em que se encontram, o mercado no qual estão inseridas e mesmo a maturidade de seus times podem se transformar em verdadeiros empecilhos.
É que grandes corporações são tradicionalmente focadas em seu mercado de atuação e costumam apresentar pouca experiência em outros setores – além de pouca flexibilidade para explorar oportunidades que fogem do seu core business.
As Corporate Venture Builders entram na equação para preencher essa lacuna. Elas têm expertise em diferentes mercados e são especializadas em criar startups para segmentos variados. Por isso, podem ajudar uma grande organização a explorar um mercado (até desconhecido) já contando com a experiência consolidada do parceiro. Veja neste outro artigo algumas ideias inovadoras desenvolvidas por Corporate Venture Builders.
Essa expertise das Corporate Venture Builders em construir startups em variados segmentos do mercado resulta ainda em outra vantagem competitiva: a condução do processo de forma organizada, escalável e com muito mais agilidade.
É diferente, por exemplo, de uma grande empresa que percebe uma oportunidade no mercado e precisa descobrir como transformar essa chance em um produto ou uma nova empresa. As CBVs têm processos e metodologia para investigar possibilidades e viabilidade, realizar testes, fazer ajustes e lançar startups com os melhores resultados no menor prazo possível. É esse o seu core business.
Quando uma corporação decide transformar a ideia de um novo produto ou serviço em startup, ela precisa contratar ou deslocar pessoas para conduzir o projeto. Além disso, precisa se certificar de que essas pessoas tenham as competências necessárias para criar uma empresa do zero.
As CVBs, por outro lado, têm em suas estruturas equipes prontas com profissionais especialistas em cada fase da criação, prototipação e lançamento de startups, que estão acostumados a pivotar negócios com agilidade, lidar com riscos e encarar frustrações com mais resiliência.
Ou seja, ao contratar uma CVB, a empresa não precisa procurar pessoas do mercado ou deslocar e treinar seus profissionais mais intraempreendedores para o projeto, evitando que eles percam o foco do business atual e fiquem ainda mais sobrecarregados com suas funções diárias.
A criação de um negócio sempre representa um alto risco. Ao decidir desenvolver uma ideia internamente, uma organização precisa direcionar recursos humanos e econômicos para a iniciativa. Além disso, sem qualquer garantia de sucesso, ela sabe que, se algo der errado, além de perder o investimento pode ter de administrar impactos negativos em sua reputação.
Ocorre que, embora grandes corporações tenham muita capacidade de investimento, elas costumam ter pouca abertura a riscos. E eis aqui mais um benefício que uma Corporate Venture Builder oferece: assumir as incertezas do novo negócio sem envolver a marca da empresa mãe. Apenas quando – e se – a startup se mostrar viável e razoavelmente segura é que a corporação irá decidir entre incorporá-la à sua operação ou deixá-la seguir de forma independente. Entre um momento e outro, se qualquer coisa falhar, sua marca não será prejudicada porque ainda não estará relacionada ao projeto.
Considerando as quatro vantagens detalhadas acima, não é difícil entender por que o quinto benefício da nossa lista é justamente o custo-benefício. Ao criar uma startup em parceria com uma CVB, a corporação pode:
Por isso, dependendo do estágio de inovação em que a empresa se encontre, desenvolver uma startup em parceria com uma CVB pode ser inclusive mais barato (e rápido, naturalmente) do que investir em inovação interna.
Quando colocam na ponta do lápis fatores como tempo de desenvolvimento de uma nova empresa, recursos investidos e, principalmente, os resultados obtidos, muitas corporações chegam à conclusão de que, para trazer mais segurança e celeridade ao processo de crescimento, o melhor caminho é contar com o suporte de parceiros que têm a inovação como core business: as Corporate Venture Builders.
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