Empreendedorismo e intraempreendedorismo são conceitos que se confundem e, muitas vezes, são até utilizados como sinônimos. Os dois termos, porém, guardam uma diferença que, embora sutil, muda todo o sentido de uma atividade ou competência.
Neste artigo, vamos falar sobre esta dúvida comum e explicar as particularidades de cada termo.
Intra: é este prefixo que faz toda a diferença quando falamos em empreendedorismo e intraempreendedorismo e também quando nos referimos a profissionais com um ou outro perfil.
O intraempreendedor trabalha para uma empresa, mas tem aquilo que o mercado costuma chamar de senso de dono. Ele pode ser estagiário, analista, gerente, diretor ou até presidente – o que importa aqui não é o nível hierárquico, mas a forma como esse colaborador analisa as questões inerentes à sua área e busca oportunidades que trazem ganhos financeiros para a corporação.
Motivação, proatividade, organização e uma visão estratégica do mercado em que atuam fazem parte do perfil desses profissionais, e nisso eles se parecem muito com os empreendedores.
Profissionais intraempreendedores são altamente valorizados e demandados pelas empresas exatamente por terem potencial para enxergar oportunidades e buscar soluções. Em geral, eles têm algumas características bem definidas.
São elas:
Para conhecer mais a fundo como esse colaborador atua dentro das corporações e qual a sua relação com a inovação, leia o artigo O que é um intraempreendedor e como atrai-lo para sua empresa.
Quando o intraempreendedor perde o prefixo “intra”, significa que estamos falando de um profissional que não está dentro da estrutura de uma empresa, ou seja, não é um funcionário. Trata-se de alguém com a mesma postura proativa, motivada e responsável para analisar cenários e buscar oportunidades, mas que faz isso em voo solo, possivelmente para criar ou inovar em seu próprio negócio.
O empreendedor tem basicamente as mesmas características do intraempreendedor, com uma diferença importante: o grau de tolerância a riscos. Isso porque enquanto o intraempreendedor está em um ambiente de certa forma protegido para propor ideias e desenvolver inovações – afinal, ele tem o apoio da estrutura corporativa e a segurança do salário no final do mês – o empreendedor normalmente arrisca seus próprios recursos para tirar ideias do papel e transformá-las em negócios, produtos ou serviços.
Ou seja, além de reunir as características do intraempreendedor, o empreendedor precisa de doses extras de coragem para arriscar. Além disso, também é importante que ele tenha uma noção geral dos processos de uma empresa, desde a parte burocrática até finanças e tecnologia. O intraempreendedor, por outro lado, pode se concentrar na ideia e deixar os outros assuntos para as áreas responsáveis por eles dentro da corporação.
O objetivo do intraempreendedorismo é incentivar que os colaboradores de uma empresa analisem o mercado em busca de novas oportunidades de serviços, produtos ou negócios. Para gerar resultados, isso precisa ser feito de forma estruturada, com objetivos bem definidos e tempo dedicado especificamente para este fim. Não se trata de esperar que uma ideia genial surja durante um bate-papo nos corredores, mas de criar processos que fomentem essa mentalidade.
Não por acaso, é uma estratégia cada vez mais utilizada por organizações que desejam acelerar a inovação corporativa. Veja a seguir alguns dos benefícios que o intraempreendedorismo pode trazer.
Empresas tradicionais, com processos muitas vezes engessados, costumam ser mais lentas para criar produtos e serviços. É por isso que muitas buscam profissionais que possam aportar um pouco da agilidade que as startups e as empresas pequenas têm.
Intraempreendedorismo está diretamente relacionado à inovação nas empresas porque, a partir do momento que profissionais criativos e proativos têm liberdade para buscar oportunidades de mercado e apresentar ideias fora da caixa, eles ajudam a empresa a inovar internamente.
Outro benefício claro é o de atrair e reter profissionais intraempreendedores, que podem desenvolver suas ideias internamente – e não em suas próprias empresas ou, o que é pior, na concorrência.
Leia também: 5 mitos e verdades sobre intraempreendedorismo
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