As corporações globais já entenderam que a criação de novos negócios é uma imensa oportunidade de inovação diante das incertezas nos próximos anos. Não à toa, oito em cada dez CEOs de grandes empresas já a colocam como uma de suas prioridades, de acordo com o relatório New-Business Building 2022, da Mckinsey.
No entanto, apenas pertencer a uma companhia de grande porte não garante o sucesso do empreendimento. O êxito envolve diversos fatores que precisam ser levados em consideração, e um
estudo de viabilidade financeira para novos negócios
é fundamental para desenhar o "mapa da mina" e alcançá-lo.
O estudo de viabilidade
confirma os melhores caminhos para um novo negócio. Dita as rotas que o
aproximam de gerar lucros e ajuda a evitar riscos previsíveis através da análise de indicadores.
Tudo isso já se tornou praxe no universo das startups, mas não é tão presente quando falamos de iniciativas de inovação em grandes empresas. Porém, com a crescente relevância do
Corporate Venture Building em todo o mundo, torna-se cada vez mais necessário trazer esse assunto à tona também para
gestores de inovação e executivos de corporações.
Se você está em busca de informações e explicações sobre esse tema, seja muito bem-vindo. Ao longo deste artigo apresentamos o que é um estudo de viabilidade financeira para novos negócios, sua importância e como fazê-lo corretamente. Acompanhe a leitura.
É a análise de um conjunto de indicadores, informações e estimativas cujo resultado indica se uma ideia é capaz de se manter de pé financeiramente e quanto tempo é necessário para isso acontecer. Seja um negócio, um produto ou serviço, aponta se o projeto é ou não viável.
Em outras palavras, o estudo de viabilidade financeira
responde se o esforço e o investimento necessários para desenvolver determinada ideia são compatíveis com o retorno financeiro que ela trará.
Também chamado de modelagem financeira, trata-se de uma combinação de análises sobre projeção de receitas, custos e despesas, para encontrar indicadores como a Taxa Interna de Retorno (TIR). Além disso, ainda é preciso estudar o potencial de público-alvo e fazer análises de mercado. Tudo isso resulta em uma análise completa que garante mais segurança à companhia e a investidores que apostam naquela iniciativa visando entender se ela vale a pena ou não.
O conceito de viabilidade econômico-financeira engloba dois fatores diferentes. Logo, é preciso compreendê-los para aplicar da maneira correta na hora de desenvolver um novo projeto, produto ou negócio. Abaixo, explicamos a diferença entre os dois.
A análise de viabilidade financeira faz parte dos primeiros passos para criar uma startup, e não é diferente para um novo empreendimento corporativo. O ideal é que seja elaborada depois da etapa de exploração e discussão do modelo de negócio e antes da fase de viabilização, em que são realizados testes e criados protótipos e MVPs.
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A viabilidade de um negócio é avaliada pela sua eficiência em ser lucrativo - ou seja, a sua capacidade de gerar mais receita do que despesas e de manter uma Taxa Mínima de Atratividade (TMA) que garanta a sustentação e confiança aos investimentos aportados.
Na maioria dos casos, a viabilidade não vem a curto prazo. Pelo contrário. É preciso resiliência, muitos testes e a confiança, que só é minimamente garantida através de um estudo de viabilidade financeira.
Para definir se o novo negócio é viável ou não, o estudo analisa alguns indicadores. São eles que vão dizer se vale a pena investir e dar início àquele projeto, quão longe ele pode chegar e qual é o risco envolvido.
Sendo assim,
5 indicadores de viabilidade financeira
são essenciais para qualquer modelo. Confira abaixo:
Indicadores de viabilidade essenciais para novos negócios e projetos de inovação.
Uma vez definido qual será o negócio a ser desenvolvido, o desafio de realizar a análise de viabilidade é colocado à mesa. Entender quais são os recursos necessários para colocar o projeto de pé é tão importante quanto a própria ideia, o que torna essa etapa fundamental para a assertividade da escolha.
O estudo de viabilidade financeira deve ser desenvolvido em quatro etapas principais:
A seguir, detalhamos o passo a passo para te ajudar a entender
como fazer um estudo de viabilidade financeira para um novo negócio.
Na lógica da programação, a primeira etapa seria como pensar no algoritmo. É aqui que devem ser definidos os drivers (ou blocos) e as premissas de simulação.
É preciso, por exemplo, estimar o mercado total da solução e a fatia que o novo negócio pode conquistar ao longo do tempo. Também entram aqui o tíquete médio e todas as simulações de custo e despesas com desenvolvimento, marketing, tecnologia, equipe etc. – ano a ano.
Nesta segunda etapa, a missão é buscar as informações para preencher os blocos determinados na etapa anterior. Geralmente, os dados podem ser estimados por meio de pesquisas, de benchmarks e do próprio conhecimento da empresa, do investidor, da consultoria ou do empreendedor.
É comum ainda que a informação não exista exatamente da forma como a etapa de definição de blocos imaginou. Quando isso acontece, é preciso repensar a forma de fazer a simulação.
Chegamos à modelagem financeira propriamente dita, com suas planilhas e cálculos. Consultorias são especialistas nesse momento, mas as Corporate Venture Builders, como a Play Studio, trazem a expertise no desenvolvimento de negócios para ir além.
Partimos de simuladores com lógicas próprias e fórmulas ajustadas, além da experiência de cofundar dezenas de empreendimentos corporativos, visando assertividade nas análises. Assim, geramos dados e projetamos indicadores que mostram se há, ou não, viabilidade.
Esses simuladores facilitam a visualização de cenários distintos – mais conservadores ou agressivos, por exemplo – e o que esperar de cada um deles em termos de investimento necessário, receita total obtida, etc.
A última etapa é estruturar os resultados em uma história que possa ser contada para o investidor, o cliente ou o empreendedor. Na prática, significa amarrar o modelo de negócio com as premissas financeiras para indicar quais são os resultados das principais análises. Entender, por exemplo, a geração de receita para o investidor, necessidade de investimentos, taxa e tempo de retorno, entre outros.
Afinal, é viável dessa forma? E, se a resposta for negativa, de que outra forma poderia ser? É a inovação saindo do campo abstrato para o concreto.
É importante considerar que quando o estudo de viabilidade financeira é desenvolvido estamos ainda no campo de hipóteses e ideias. Porém, quando o projeto é de fato viabilizado, a análise deve ser constante através de dados reais, que continuarão respondendo se ele é ou não financeiramente viável.
Essa inclusão contínua de informações permite que a modelagem financeira indique se o projeto está evoluindo de acordo como planejado. Só assim será possível confirmar o bom andamento e, quando surgir, descobrir algum sinal vermelho que deva ser observado com mais atenção. Por exemplo, se o investimento previsto para um ano foi utilizado em apenas três meses, temos aí um alerta claro de que algo não vai bem.
Disciplina é a palavra-chave. Para que uma grande ideia seja colocada em prática de forma sustentável e se transforme em um empreendimento lucrativo, é preciso rever os dados de forma frequente.
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