A importância do estudo de viabilidade financeira para novos negócios
Redação Play • dez. 13, 2022

As corporações globais já entenderam que a criação de novos negócios é uma imensa oportunidade de inovação diante das incertezas nos próximos anos. Não à toa, oito em cada dez CEOs de grandes empresas já a colocam como uma de suas prioridades, de acordo com o relatório New-Business Building 2022, da Mckinsey.


No entanto, apenas pertencer a uma companhia de grande porte não garante o sucesso do empreendimento. O êxito envolve diversos fatores que precisam ser levados em consideração, e um estudo de viabilidade financeira para novos negócios é fundamental para desenhar o "mapa da mina" e alcançá-lo.


O estudo de viabilidade confirma os melhores caminhos para um novo negócio. Dita as rotas que o aproximam de gerar lucros e ajuda a evitar riscos previsíveis através da análise de indicadores.


Tudo isso já se tornou praxe no universo das startups, mas não é tão presente quando falamos de  iniciativas de inovação em grandes empresas. Porém, com a crescente relevância do Corporate Venture Building em todo o mundo, torna-se cada vez mais necessário trazer esse assunto à tona também para gestores de inovação e executivos de corporações.


Se você está em busca de informações e explicações sobre esse tema, seja muito bem-vindo. Ao longo deste artigo apresentamos o que é um estudo de viabilidade financeira para novos negócios, sua importância e como fazê-lo corretamente. Acompanhe a leitura.


O que é um estudo de viabilidade financeira?


É a análise de um conjunto de indicadores, informações e estimativas cujo resultado indica se uma ideia é capaz de se manter de pé financeiramente e quanto tempo é necessário para isso acontecer. Seja um negócio, um produto ou serviço, aponta se o projeto é ou não viável.


Em outras palavras, o estudo de viabilidade financeira responde se o esforço e o investimento necessários para desenvolver determinada ideia são compatíveis  com o retorno financeiro que ela trará.


Também chamado de modelagem financeira, trata-se de uma combinação de análises sobre projeção de receitas, custos e despesas, para encontrar indicadores como a Taxa Interna de Retorno (TIR). Além disso, ainda é preciso estudar o potencial de público-alvo e fazer análises de mercado. Tudo isso resulta em uma análise completa que garante mais segurança à companhia e a investidores que apostam naquela iniciativa visando entender se ela vale a pena ou não.


A diferença entre viabilidade econômica e financeira


O conceito de viabilidade econômico-financeira engloba dois fatores diferentes. Logo, é preciso compreendê-los para aplicar da maneira correta na hora de desenvolver um novo projeto, produto ou negócio. Abaixo, explicamos a diferença entre os dois.


  • A viabilidade econômica se refere à análise macro para definir se a iniciativa é ou não viável. Para isso, indicadores-base são avaliados e a resposta é direta para o status do projeto.

  • Já a viabilidade financeira leva em conta o impacto do empreendimento para a companhia. Tem como base de estudo diversas condições, como o capital necessário aos vários custos projetados para que a operação seja colocada em prática.


Qual é o momento certo para desenvolver uma análise de viabilidade financeira para um novo negócio?


A análise de viabilidade financeira faz parte dos primeiros passos para criar uma startup, e não é diferente para um novo empreendimento corporativo. O ideal é que seja elaborada depois da etapa de exploração e discussão do modelo de negócio e antes da fase de viabilização, em que são realizados testes e criados protótipos e MVPs.


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Como definir a viabilidade de um negócio?


A viabilidade de um negócio é avaliada pela sua eficiência em ser lucrativo - ou seja,  a sua capacidade de gerar mais receita do que despesas e de manter uma Taxa Mínima de Atratividade (TMA) que garanta a sustentação e confiança aos investimentos aportados.


Na maioria dos casos, a viabilidade não vem a curto prazo. Pelo contrário. É preciso resiliência, muitos testes e a confiança, que só é minimamente garantida através de um estudo de viabilidade financeira.


5 indicadores de viabilidade financeira


Para definir se o novo negócio é viável ou não, o estudo analisa alguns indicadores. São eles que vão dizer se vale a pena investir e dar início àquele projeto, quão longe ele pode chegar e qual é o risco envolvido.


Sendo assim, 5 indicadores de viabilidade financeira são essenciais para qualquer modelo. Confira abaixo:


  1. Capital de Giro Inicial: investimento total necessário para executar a operação ao longo do tempo simulado;

  2. Valor Presente Líquido (VPL): calcula o valor presente de receita futura para prever o lucro sobre o investimento realizado, através da Taxa Mínima de Atratividade, e encontrar indícios sobre lucro ou prejuízo;

  3. Break-even: também chamado de ponto de equilíbrio, calcula o mês em que a operação passa a gerar resultados positivos – receita maior que custos;

  4. Payback: indica o tempo necessário para que o investimento inicial seja recuperado totalmente;

  5. Taxa Interna de Retorno (TIR): apresenta a porcentagem de retorno sobre o investimento através do cálculo de periodicidade do fluxo de caixa.
indicadores de viabilidade financeira

Indicadores de viabilidade essenciais para novos negócios e projetos de inovação.

Como fazer um estudo de viabilidade financeira?


Uma vez definido qual será o negócio a ser desenvolvido, o desafio de realizar a análise de viabilidade é colocado à mesa. Entender quais são os recursos necessários para colocar o projeto de pé é tão importante quanto a própria ideia, o que torna essa etapa fundamental para a assertividade da escolha.


O estudo de viabilidade financeira deve ser desenvolvido em quatro etapas principais:

  1. definir blocos essenciais;
  2. buscar informações;
  3. “planilhar” os dados;
  4. contar a história.


A seguir, detalhamos o passo a passo para te ajudar a entender como fazer um estudo de viabilidade financeira para um novo negócio.


1. Definir blocos essenciais


Na lógica da programação, a primeira etapa seria como pensar no algoritmo. É aqui que devem ser definidos os drivers (ou blocos) e as premissas de simulação.


É preciso, por exemplo, estimar o mercado total da solução e a fatia que o novo negócio pode conquistar ao longo do tempo. Também entram aqui o tíquete médio e todas as simulações de custo e despesas com desenvolvimento, marketing, tecnologia, equipe etc. – ano a ano.


2. Buscar informações


Nesta segunda etapa, a missão é buscar as informações para preencher os blocos determinados na etapa anterior. Geralmente, os dados podem ser estimados por meio de pesquisas, de benchmarks e do próprio conhecimento da empresa, do investidor, da consultoria ou do empreendedor.


É comum ainda que a informação não exista exatamente da forma como a etapa de definição de blocos imaginou. Quando isso acontece, é preciso repensar a forma de fazer a simulação.


3. Planilhar


Chegamos à modelagem financeira propriamente dita, com suas planilhas e cálculos. Consultorias são especialistas nesse momento, mas as Corporate Venture Builders, como a Play Studio, trazem a expertise no desenvolvimento de negócios para ir além.


Partimos de simuladores com lógicas próprias e fórmulas ajustadas, além da experiência de cofundar dezenas de empreendimentos corporativos, visando assertividade nas análises. Assim, geramos dados e projetamos indicadores que mostram se há, ou não, viabilidade.


Esses simuladores facilitam a visualização de cenários distintos – mais conservadores ou agressivos, por exemplo – e o que esperar de cada um deles em termos de investimento necessário, receita total obtida, etc.


4. Contar a história


A última etapa é estruturar os resultados em uma história que possa ser contada para o investidor, o cliente ou o empreendedor. Na prática, significa amarrar o modelo de negócio com as premissas financeiras para indicar quais são os resultados das principais análises. Entender, por exemplo, a geração de receita para o investidor, necessidade de investimentos, taxa e tempo de retorno, entre outros.


Afinal, é viável dessa forma? E, se a resposta for negativa, de que outra forma poderia ser? É a inovação saindo do campo abstrato para o concreto.


A importância do acompanhamento de resultados


É importante considerar que quando o estudo de viabilidade financeira é desenvolvido estamos ainda no campo de hipóteses e ideias. Porém, quando o projeto é de fato viabilizado, a análise deve ser constante através de dados reais, que continuarão respondendo se ele é ou não financeiramente viável.


Essa inclusão contínua de informações permite que a modelagem financeira indique se o projeto está evoluindo de acordo como planejado. Só assim será possível confirmar o bom andamento e, quando surgir, descobrir algum sinal vermelho que deva ser observado com mais atenção. Por exemplo, se o investimento previsto para um ano foi utilizado em apenas três meses, temos aí um alerta claro de que algo não vai bem.


Disciplina é a palavra-chave. Para que uma grande ideia seja colocada em prática de forma sustentável e se transforme em um empreendimento lucrativo, é preciso rever os dados de forma frequente.


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