A disrupção das empresas tech e o boom das startups ao longo das últimas décadas deixaram ainda mais evidente para as grandes corporações a necessidade de inovar. E não se trata apenas de pensar no produto. A discussão sobre a importância da inovação em modelos de negócios ganha cada vez mais espaço.
Mas o que isso significa para o futuro dos negócios? De acordo com a
Forbes, a transformação digital e seu impacto nos modelos de atuação das empresas é uma das
cinco principais tendências para 2023.
Diante de novos concorrentes,
mais ágeis e aderentes às mudanças de comportamento
do consumidor, as grandes corporações precisam se atentar às oportunidades. Os casos envolvendo a falência de empresas como Kodak, Blockbuster e Blackberry valem de exemplo para quem duvida que multinacionais podem correr riscos sérios.
Afinal, como a Blockbuster poderia ter enfrentado a Netflix e a tendência do streaming? E a Kodak: teria alguma solução para sobreviver à era dos smartphones e das câmeras digitais?
Essas perguntas talvez nunca sejam respondidas, mas a inovação em modelos de negócio certamente estaria relacionada às respostas.
Ao longo deste artigo, vamos trazer uma visão sobre a importância de
ir além de produtos e serviços quando o assunto é inovação e o potencial de tratar os modelos de negócio inovadores como alternativa para criar oportunidades e conquistar mercados. Acompanhe a leitura.
Antes de compreender o assunto, é importante destacar a definição do termo modelo de negócios: “é a forma como uma empresa cria, entrega e captura valor”. Ou seja, representa a fórmula que transforma pessoas, produtos e gestão em receita, lucro e retorno para os acionistas.
O conceito de inovação, por sua vez, se refere a criar algo novo, seja através de algo inédito ou da renovação ou recriação de algo já existente.
Quando os dois conceitos são tratados em conjunto, a primeira ideia que vem à mente é um
novo modelo de negócios ou um modelo de negócios inovador. E a concepção é exatamente essa:
inovação em modelos de negócio significa buscar alternativas diferentes para um padrão já existente.
Dessa forma, destaca-se a possibilidade de ousar dentro de seu próprio modelo, e a Apple talvez seja a companhia que melhor representa esse cenário.
A empresa norte-americana, consolidada na fabricação e venda de hardware, concilia novos produtos a softwares e outros serviços, criando um ecossistema que potencializa sua marca e aumenta seus lucros.
Porém, não é preciso ser uma Apple para agir dessa forma.
O primeiro passo é saber onde propor ideias, e o Business Model Canvas (BMC) é um ótimo caminho. A ferramenta que apresenta os blocos fundamentais de um negócio também pode ser utilizada para descobrir aberturas para a inovação.
Dentro do BMC, há fatores essenciais para uma empresa, como sua
proposta de valor, estrutura de custos e fontes de receita. Juntamente com esses blocos, podemos elencar dois em que se torna mais fácil propor a inovação:
segmentos de clientes e canais. Assim, responda a duas perguntas:
Alcançar novos públicos é uma forma de inovar em seu modelo de negócio. A própria Apple, citada acima, fez isso ao lançar a linha de iPhones SE, em 2016, com foco em adquirir clientes que não estavam dispostos a pagar pela linha mais cara.
Já em canais, a inovação pode ser representada pela forma com a qual o produto é vendido ao consumidor. O maior exemplo está nas grandes fabricantes, que têm no varejo seu principal canal de vendas e distribuição, mas que vêm acompanhando de perto a tendência do modelo
Direct-to-Consumer (D2C).
A
Drinksquad, venture criada pela
Play Studio junto à Beam Suntory, representa fielmente a condução da exploração e criação de um canal de vendas para os produtos de uma das maiores fabricantes de destilados do mundo.
O projeto mencionado acima só foi possível graças à metodologia de
Corporate Venture Building (CVB) implementada pela Play. Se você ainda não conhece o conceito, baixe agora nosso whitepaper e leia mais sobre o próximo grande passo da inovação corporativa.
Cada vez mais, as discussões em torno da inovação de produtos é colocada como protagonista do futuro. No entanto, o exemplo da Apple com seus iMacs, iPads, iPhones e, mais recentemente, Airpods é uma exceção poucas vezes vista no mundo dos negócios.
Afinal, poucas empresas podem se gabar de ter tido Steve Jobs como fundador e responsável por criar produtos tão icônicos. Mesmo assim, desde o ano em que Jobs faleceu, 2011, até 2021, o faturamento bruto anual da companhia subiu de US$108 bilhões para US$365 bilhões.
O modelo tradicional de
comercialização de hardware chegou a ser responsável por mais de 92% de toda a receita. Porém, em 2018, um sinal de alerta foi aceso sobre seu principal recurso: o iPhone.
Depois de atingir um recorde com mais de US$166 bilhões em vendas, o carro-chefe da empresa performou abaixo disso nos dois anos seguintes - com quedas de 14%, em 2019, e 17%, em 2020, em comparação com o melhor ano.
Com as pessoas comprando menos iPhones, qual seria o próximo grande passo? O lançamento do streaming Apple TV+, em 2019, e o investimento da marca em diferentes modelos de negócios indicaram alguns movimentos.
Antes pouco relevante, a categoria apresentada como “Services” nos demonstrativos financeiros da Apple são responsáveis por quase um terço (29%) da receita. De 2020 a 2022, a expectativa de crescimento é de 47% e a marca espera um faturamento de mais de US$78 bilhões apenas neste ano.
O montante vem justamente de serviços como os streamings Apple TV+ e Apple Music, além de softwares como o Apple Care, Apple Pay e a venda de aplicativos na Apple Store.
Diferentemente do modelo de fabricação e venda de hardware, a Apple mostra que está atenta também a modelos
As a Service
e
On-Demand. Tudo sempre conectado ao ecossistema de produtos, mas sem deixar de “olhar para fora”. O Apple TV+ e Apple Music, por exemplo, podem ser utilizados em dispositivos que não são da marca.
Ainda em 2022, rumores sobre
um novo serviço “iPhones as a Service” vieram à tona, fomentados pelo posicionamento do CEO, Tim Cook, que afirmou enxergar o futuro da Apple em um modelo de recorrência.
Com toda essa gama de serviços junto aos diferentes modelos de iPhone, iMacs, Macbooks e acessórios como o Apple Watch e o Airpods, a marca criou um modelo de ecossistema que se retroalimenta, fidelizando consumidores e aumentando as receitas da companhia.
Assim como a Apple, grandes empresas já olham para o futuro e as transformações que deverão guiar os próximos passos de negócios em todo o mundo. Em 2022, o evento
Alloy
debateu as principais tendências do Corporate Venture Building para o próximo ano, e você também pode conhecê-las.
A Play Studio esteve no evento e trouxemos diversos insights para um webinar completo sobre o tema.
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