A busca por inovação pode ser um quebra-cabeça para empresas de grande porte. Afinal, mais do que ter ideias inovadoras, trata-se de um processo que requer constância, metodologia e recursos - tanto humanos quanto financeiros.
Uma pesquisa realizada pela
Agência IBGE Notícias aponta que a taxa de inovação em empresas de grande porte com mais de 500 funcionários foi de 76,7% em 2021. Para 2023, 58,4% das empresas brasileiras de grande porte pretendem aumentar os investimentos em P&D. Isso significa que a inovação de produtos,
serviços e mesmo modelos de negócios é cada vez mais o alvo dessas companhias.
Mas como organizações com processos estabelecidos e, muitas vezes, engessados, podem implementar a inovação? Quais são os principais desafios e como superá-los? Acompanhe a leitura e descubra.
As startups ensinam algumas lições para as grandes empresas, especialmente no que se refere à agilidade e à tolerância ao risco. Mais do que lançar novos produtos e serviços, elas podem ser bons exemplos de como estruturar a operação interna e o relacionamento com consumidores.
Ao estudar as estratégias das empresas mais inovadoras de todo o mundo, grandes corporações podem obter insights valiosos sobre como incorporar a mentalidade e as práticas inovadoras em sua própria cultura.
No entanto, é importante observar que não se trata apenas de ter boas ideias, mas também de executá-las de maneira eficaz. Evitar cair na armadilha do "innovation theater" é crucial. Isso significa que ser uma empresa inovadora é ir além do discurso de inovação, implementando processos tangíveis e investindo recursos. Uma ação concreta e focada é fundamental para transformar a inovação em um diferencial competitivo real.
Inovar dentro de companhias de grande porte pode ser uma tarefa desafiadora, e entender esses obstáculos é o primeiro passo. Dentre as razões que podem dificultar o processo de inovação, é possível destacar as sete principais.
A estrutura interna das grandes instituições é frequentemente complexa, com diversos níveis hierárquicos e departamentos. Essa complexidade pode criar barreiras para a rápida implementação de ideias de empresas inovadoras, uma vez que as decisões precisam passar por várias instâncias de aprovação.
Empresas consolidadas geralmente desenvolvem uma cultura organizacional sólida ao longo dos anos. Essa cultura pode ser resistente a mudanças significativas e a riscos, dificultando a aceitação de novas abordagens e ideias disruptivas.
Quanto maior a companhia, mais ela tem a perder em termos de recursos, reputação e estabilidade. Isso, claro, inibe a disposição de experimentar novas estratégias.
O sucesso no passado pode resultar em uma inércia que mantém a empresa presa a estratégias antigas. A mentalidade de "se funcionou antes, continuará funcionando" pode impedir a exploração de iniciativas de inovação.
Grandes empresas costumam ter processos burocráticos extensos e lentos. Embora eles sejam necessários para manter o funcionamento da operação, muitas vezes acabam dificultando a adoção de novas metodologias e a implementação de ideias inovadoras.
A necessidade de padronização e coordenação muitas vezes faz com que a flexibilidade diminui na mesma medida em que a empresa cresce.
Diferentes departamentos podem competir por recursos, o que torna mais difícil a alocação de investimentos em projetos que fujam da operação já estabelecida e ofereçam algum tipo de risco.
Os exemplos de corporate venturing a seguir ilustram como empresas de grande porte podem inovar através do investimento em novos empreendimentos.
A
Volvo
é conhecida pelo pioneirismo em tecnologias automotivas avançadas, segurança, sustentabilidade e mobilidade inteligente. À frente de diversas iniciativas que abraçam as mudanças na indústria automobilística, a empresa criou a
Smoovit,
startup que utiliza dados de fornecedores e algoritmos próprios para otimizar o tráfego de entregas de mercadorias.
A empresa também criou, em parceria com a
Starbucks, uma rede de carregamento de veículos elétricos espalhada por 60 pontos entre Denver e Seattle, nos EUA. A ideia central do projeto é mostrar que carregar a bateria de um modelo elétrico da marca é tão simples quanto tomar um café. As duas iniciativas de inovação foram implementadas em 2022.
A aproximação com startups é uma das estratégias adotadas por grandes companhias que desejam inovar em seus mercados e construir novos produtos ou serviços. Seja através da construção do zero, da compra ou da parceria - o que chamamos de
make, buy ou ally -, o modelo tem ajudado grandes companhias a implementar a inovação de forma eficaz. Alguns exemplos se destacam.
Implementar o corporate venture building é uma tarefa complexa e com diversas etapas. Por isso, quando o assunto é criar uma startup, as corporate venture builders são parceiras essenciais.
Uma
corporate venture builder, como a Play Studio, atua como um catalisador de inovação, permitindo que as empresas explorem oportunidades fora de sua área de especialização. O processo segue os seguintes passos:
Essa abordagem utiliza os recursos, estrutura e expertise das grandes empresas que inovam ao mesmo tempo em que aportam a agilidade das startups. Nessa equação que une o melhor dos dois mundos, o resultado é um processo muito mais fluido, eficiente e objetivo.
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