O M&A (Mergers and Acquisitions, em inglês), atividade que envolve fusões e aquisições de empresas, é uma estratégia que conquista cada vez mais relevância no mercado corporativo. Corporações compram startups para acelerar seu processo de inovação, conquistar novos mercados, abordar novos modelos de negócio, entre diversos outros objetivos.
No entanto, um M&A não é um caminho tão simples. Além de ser um trajeto com altos valores envolvidos, seja em equity ou dinheiro, também causa profundo impacto nos processos internos, colaboradores e vários aspectos envolvendo a governança das empresas.
Como se trata de um procedimento altamente custoso, o retorno precisa ser igualmente alto. Caso contrário, será difícil justificar a aquisição. Logo, mesmo com o crescente volume de negociações envolvendo compras e fusões de companhias, é preciso compreender se este é mesmo o melhor caminho para um negócio naquele momento e também conhecer outras alternativas que podem se mostrar mais rentáveis e assertivas.
Ao longo deste artigo, abordaremos com mais profundidade o que é M&A, as opções a esse modelo e como identificar o melhor caminho. Acompanhe a leitura.
A sigla M&A é baseada no conceito de Mergers and Acquisitions (fusões e aquisições, em português), um processo que une duas ou mais empresas que querem ganhar mercado, aumentar resultados, maximizar lucros e obter vantagens estratégicas.
Essa atividade se relaciona com o momento organizacional e o que a corporação enxerga para seu futuro, podendo ocorrer de duas formas: aquisição – parcial ou completa – e fusão.
A fusão está centrada no ganho da área financeira, reflexo visto na redução de custos, aumento de ativos e valor das ações. No entanto, não se resume a isso. O processo de fusão é um momento crítico pois envolve a sinergia e relação da cultura organizacional das empresas.
Essa questão é fundamental, pois se houver problemas nesse caminho ou um procedimento ficar menos ágil do que era, o que era ganho pode se tornar uma dor de cabeça.
Além disso, a fusão envolve duas ou mais organizações que deixam de existir para dar espaço a uma terceira. Dessa forma, essa nova empresa assume todas as obrigações, ativas ou passivas, das sociedades envolvidas.
A aquisição, por outro lado, compreende a compra de outra organização. Seus elementos são incorporados, mas não se tornam parte da compradora. A empresa adquirida passa a ser uma extensão dela, mas funciona separadamente, não tendo integração de cultura, sócios ou acionistas.
O Facebook é um claro exemplo do modelo de aquisições. Em 2012, adquiriu o Instagram por cerca de US$1 bilhão. Dois anos depois, efetuou a compra do WhatsApp por US$19 bilhões. Já em 2018, tentou fazer a aquisição do Snapchat, mas viu a proposta de US$3 bilhões ser recusada pelos fundadores.
A estratégia de inovação do Meta – holding que controla Facebook, Instagram e WhatsApp – se mostrou feroz em conquistar concorrentes em ascensão. Na mesma linha, as startups compradas também agregaram em funcionalidades, integração e geração de valor aos clientes, se apresentando como uma forma eficaz de aumentar o domínio da corporação mesmo gastando altas cifras.
Uma grande diferença entre os dois conceitos é que a aquisição exige altos investimentos e bastante controle. A empresa que nasce a partir desse procedimento incorpora todos os ativos e passivos de suas formadoras e as absorve para fazer parte integral dessa nova instituição.
No processo de fusão, por sua vez, as corporações envolvidas deixam de existir perante a lei e dão início a uma nova, o que constitui um processo de integração complexo. Quando a compradora adquire pelo menos 50% dos ativos, ela assume o controle da outra organização.
Independente da modalidade escolhida, os aportes são grandes, como você pode ver no gráfico abaixo. Esse é um motivo latente do porquê escolher este modelo nem sempre é a melhor decisão.
Fonte: Institute for Mergers, Acquisitions and Alliances
A lista de benefícios de um M&A é extensa. Seja para cobrir novos mercados, acelerar seu crescimento ou mesmo explorar novas tecnologias, há vantagens claras como:
De fato, os M&A têm alto poder de alcance a novos mercados e geração de valor para as organizações, mas essa opção é altamente custosa e exige atenção cirúrgica. Incorporar todo o quadro de colaboradores, investidores, sócios, além da cultura e processos pode se mostrar uma tarefa e tanto.
As aquisições também exigem investimentos altos, que, se não forem bem aplicados, podem trazer resultados insatisfatórios ou mesmo catastróficos.
Muitas vezes, o M&A é visto como o melhor caminho para conquistar novos mercados e crescer. No entanto, o investimento necessário para uma aquisição faz com que nem sempre ela seja a opção mais viável.
Michael Jensen, premiado pelo Herben Simon Award, aponta que os M&As criam valor pois permitem que empresas tenham acessos a recursos que não teriam sem este procedimento.
No contexto da inovação, as corporações optam por esta estratégia com o intuito de atingir os objetivos ligados à sua busca por mudanças. Situação que faz sentido quando elas têm processos muito rígidos e não conseguem criar um novo negócio sozinhas.
Mas é preciso lembrar que, com a fusão ou aquisição de uma instituição, compra-se também seus custos, despesas e dívidas.
Jay Barney, PhD da Copenhagen Business School e vencedor do Irwin Outstanding Educator Award, contrapõe a ideia de Jensen e explica que os M&As criam valor apenas quando as organizações conseguem duplicar sinergias e o fluxo de caixa.
Esse contraponto faz sentido especialmente quando analisamos a taxa de fracasso do modelo. Dados da Harvard Business Review apontam que apenas 30% das fusões e aquisições alcançam o sucesso.
De outro lado, o Corporate Venture Building surge como alternativa para o desenvolvimento de novos negócios. Através de uma metodologia focada em inovação, baseada em testes e validações, a corporação consegue criar startups corporativas próprias para explorar novas possibilidades.
Corporate Venture Builders, como a Play Studio, atuam lado a lado com grandes companhias para criar, testar, moldar, validar e escalar negócios partindo do zero.
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