Trabalhar e manter a saúde mental nunca foi tão difícil quanto neste último ano e meio. O estudo One Year of Covid-19, realizado pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial, apontou que 53% dos brasileiros entrevistados acreditam que sua saúde mental tenha piorado desde o início da pandemia.
Entre os 30 países pesquisados, o Brasil é o quinto em que as pessoas mais têm sentido as consequências da pandemia em seu bem-estar emocional. Aqui na Play, não foi diferente.
Quando, em março de 2020, começamos o trabalho 100% remoto, a adaptação não foi fácil para ninguém, mas conseguimos seguir porque tínhamos aquele sentimento geral de que era uma situação provisória e que, em alguns meses – dois ou três, no máximo –, teríamos nossa vida normal de volta.
Não foi isso que aconteceu, nem aqui nem na maioria das empresas.
A pandemia se arrastou por muito mais tempo do que imaginávamos e, aos poucos, fomos perdendo aquela sensação de que a vida normal voltaria a qualquer momento.
Em 2021, as empresas em geral perceberam o agravamento de situações de burnout e dificuldade para organizar a rotina e evitar a sobrecarga profissional. Por aqui, sabíamos que estávamos saturados de tantas horas de telas e de tanta pressão.
Começamos então a pesquisar soluções e observamos algumas iniciativas de empresas que passaram a oferecer aconselhamento psicológico, aulas de yoga e meditação ou parcerias com academias para estimular o exercício físico como forma de combater o estresse.
A Verizon Media, por exemplo, iniciou sessões virtuais de perguntas e respostas com o CEO e palestrantes convidados para tratar de questões que afetam a saúde mental. A Dra. Jennifer Lanier Payne, diretora associada de psiquiatria da John Hopkins, liderou uma sessão sobre gerenciamento da saúde mental durante a Covid-19. Entre as iniciativas do Financial Times estão sessões semanais de meditação virtual e guiada.
Para o time da Play, porém, entendemos que a melhor iniciativa seria dar tempo e liberdade para cada pessoa fazer o que faz bem para ela. Tem gente que gosta de pedalar, gente que gosta de ver televisão e gente que está morando na praia e quer surfar.
Então, em março de 2021, quando completamos um ano de trabalho remoto, instituímos o Half Day Off, que inicialmente seria uma campanha para oferecer pausas de quatro horas semanais para os colaboradores. A ideia era que eles as utilizassem como preferissem, com liberdade para tirar todas as horas de uma vez ou fracioná-las durante a semana.
Em maio, fizemos uma pesquisa interna para saber se a campanha estava funcionando. Descobrimos que muita gente decidiu fazer terapia, outras pessoas começaram um hobby, aproveitaram o tempo para fazer supermercado, ler ou simplesmente ficar com a família. Houve também quem praticamente não tirou o tempo off, mas se sentiu mais leve só por saber que tinha essa possibilidade.
No geral, a percepção foi de que o bem-estar do time aumentou, as pessoas voltaram a organizar melhor a rotina e a sentir mais leveza no dia a dia. No fim das contas, cada pausa ajuda o time a oxigenar as ideias e retomar o trabalho com mais atenção, produtividade e criatividade.
Os resultados foram tão positivos que que o programa, que incialmente iria até julho, segue em funcionamento hoje.
Outro ponto que consideramos importante foi perceber que a Play oferece segurança psicológica para as pessoas falarem abertamente sobre o que não vai bem. Quando elas conseguiram falar – mesmo à distância – que se sentiam sobrecarregadas e estavam com problemas, entendemos que tínhamos um ambiente de confiança e que podemos evoluir para cuidar ainda mais do bem-estar do time. Afinal, se as pessoas não estiverem bem, suas entregas (por melhores que sejam) custam muito sofrimento.
E por que estamos contando tudo isso? Porque achamos importante compartilhar o que descobrimos. Podemos cuidar melhor das nossas pessoas através de ações simples como o nosso Half Day Off ou de outros programas que estamos instituindo, como o Mindfulness Design, para trabalhar foco e atenção plena.
Cuidar do bem-estar do time traz resultados individuais quase imediatos e resultados coletivos no longo prazo. No final do dia, todos ganhamos.
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