Reduzir congestionamentos, emissões de gases com efeito de estufa e exclusão social são alguns dos obstáculos para o desenvolvimento urbano sustentável. Mesmo na Europa, em que as cidades em geral são menores e mais organizadas do que as brasileiras, com um transporte público eficiente, o planejamento da mobilidade é considerado um dos principais desafios da atualidade.
Não é para menos, já que mais de 70 % dos cidadãos da União Europeia vivem em cidades que geram 23% de todas as emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos transportes.
Atentas a essa dor coletiva – e às oportunidades relacionadas a ela – grandes empresas de diversos segmentos vêm entregando seus desafios a Corporate Venture Builders que desenvolvem a ideação e a execução de projetos no campo da mobilidade. Selecionamos dois cases bem interessantes que ilustram esse movimento. Vamos a eles.
Um exemplo é o da EnBW, terceira maior empresa de energia da Alemanha, que tem cerca de 6 milhões de clientes e trabalhou em parceria com a builder Bridgemaker para explorar o mercado de mobilidade –até então um campo totalmente desconhecido para ela.
Para a Corporate Venture Builder ela entregou a empreitada de buscar novas soluções para a mobilidade, alinhadas à sua estratégia de inovação corporativa e – uma condição importante – que continuassem sendo relevantes no futuro, quando a condução autônoma for predominante nas grandes cidades.
Leia também: O que é Corporate Venture Building
Partindo da ideia de que as frotas sejam o modelo de propriedade de automóveis mais provável em relação às megatendências de economia compartilhada e condução autônoma, a Bridgemaker desenvolveu o Ben, uma plataforma all-in-one para gerenciar a manutenção de pequenas e médias frotas.
Entre os serviços oferecidos estão limpeza, manutenção e reparos. Ou seja, a plataforma entrega a pequenas e médias alguns benefícios normalmente disponibilizados apenas para as grandes frotas. Segundo a Bridgemaker, a plataforma foi uma das mais de 30 ideias comerciais geradas na fase de ideação.
Outro exemplo desse movimento é a Emov, solução desenhada e executada pela Corporate Venture Builder Igeneris para a EYSA, empresa tradicional de gestão regulada de estacionamento na Espanha.
Operando nesse nicho desde 1983, a EYSA entendeu que seu core business tinha atingido a saturação e que era hora de buscar novas vias de crescimento. O desafio bateu à porta da Igeneris, que apresentou como solução um serviço de carsharing para veículos 100% elétricos que circulam nos centros de grandes cidades.
A Emov permite que usuários aluguem qualquer veículo da frota estacionado na cidade com um clique de seu celular, pagando apenas os minutos de uso, sem se preocupar com recargas, seguro ou estacionamento. Se deu certo? Tudo começou na capital espanhola e, em 12 meses, o serviço atingiu 160 mil usuários. Hoje, já são mais de 200 mil pessoas utilizando os 600 veículos elétricos – que, além de Madri, circulam também por Lisboa e, em breve, devem chegar a outras capitais.
Como dissemos no início do texto, estes são apenas alguns cases que mostram o quanto as Corporate Venture Builders vêm ajudando empresas dos mais diversos segmentos a explorar oportunidades em áreas que elas desconhecem, mas sabem que terão relevância no futuro. E a sua empresa, tem algum desafio do tipo para tirar do papel? Fale com a Play!
Assine agora a nossa newsletter para receber análises, notícias e tudo sobre inovação, startups, empreendedorismo e venture building
Inscrição realizada com sucesso.
Desculpe, houve um erro ao registrar seu e-mail. Tente novamente.
Play Studio | Todos os direitos reservados