As startups trouxeram à tona a possibilidade de
crescimento exponencial com negócios escaláveis. Gigantes globais como Uber, Airbnb e Netflix, assim como a brasileira iFood, se destacaram ao longo dos últimos anos ao investir em
novos modelos de negócio com alto potencial de escalabilidade, fator que se tornou objeto de desejo de grandes corporações.
Ver sua
receita e lucros crescerem em um ritmo muito mais acelerado do que os custos da operação pode parecer utopia, mas já é uma realidade.
Ao colocar a tecnologia e a inovação corporativa como protagonistas da operação, startups são criadas para expandir de forma escalável, conquistar gaps com menos recursos – em relação às companhias tradicionais – e se movimentar com muito mais agilidade.
Tudo isso resulta em empresas que crescem rápido, geram mais lucro e dominam mercados.
O que poucos sabem, no entanto, é que o modelo de escalabilidade não se limita apenas às startups. Grandes companhias já investem em Corporate Venture Building para desenvolver seus próprios negócios escaláveis e largam na frente ao contar com mais recursos, estrutura e o auxílio de Corporate Venture Builders nessa jornada.
Mas por onde começar e como escalar um negócio? Ao longo deste artigo, vamos explicar o que são, as vantagens e desvantagens de negócios escaláveis e apresentar exemplos inspirar. Siga a leitura
É a possibilidade de uma empresa expandir seu faturamento, aumentar o número de clientes e lucrar mais sem que esse aumento impacte proporcionalmente seus custos de operação. Ou seja, em outras palavras, trata-se de um negócio que consegue crescer muito gastando pouco.
.Isso só é possível graças à utilização da tecnologia como o principal fator da equação para potencializar processos, otimizar custos e, principalmente, conseguir alcançarum patamar aceitável de entrega replicável.
É importante salientar, porém, que a escalabilidade não é para todos
Escalar um negócio de serviços de lavanderia, por exemplo, esbarra na necessidade de mais pessoas para realizar o trabalho. Ao precisar contratar mais lavadores, os custos aumentam na mesma proporção que a quantidade de clientes.
As ferramentas de inovação podem ajudar a encontrar alternativas para tornar a operação mais eficiente, mas não escalável. Ou seja,
negócios tradicionais geralmente não podem ser escalados.
Se modelos tradicionais como o citado acima não podem ser escalados, o que torna um negócio escalável? Há três pontos principais para definir se é possível ou não. São eles:
Qual é o limite da comercialização do seu produto ou serviço? Empresas globais como Spotify e Netflix superam barreiras geográficas para vender em grande quantidade para pessoas em todo o mundo e alcançar o status de negócios escaláveis.
Além disso, é importante ressaltar que quando o nicho de mercado escolhido possui demanda suficiente para que o volume de vendas aumente de forma exponencial, a empresa precisa ser capaz de atender a grande demanda.
O crescimento do negócio em escala também significa que haverá processos sendo realizados mais vezes e com mais pessoas envolvidas. Logo, sem um modelo replicável é impossível tornar-se escalável.
A replicabilidade passa pela tecnologia, mas também por diferentes iniciativas de inovação incremental para tornar a operação cada vez mais eficiente e o produto melhor. Isso garantirá que, conforme a empresa cresça, a qualidade da entrega aos clientes não seja impactada.
Não é apenas um bom design que o consumidor busca. A ideia de negócio é essencial para resolver a dor do cliente através de seus produtos e serviços.
O Nubank, por exemplo, apresentou um serviço inovador no segmento financeiro para solucionar boa parte da burocracia bancária. Assim, conquistou mais de 53 milhões de clientes (2021) e tornou-se um dos maiores bancos do Brasil.
Além desses pontos primordiais, empresas escaláveis também contam com outros pontos imprescindíveis como:
Empreendimentos escaláveis, como Uber e Airbnb, ganharam espaço graças à invasão da tecnologia proporcionada pelos smartphones e a internet em nossas vidas. Há ainda os marketplaces, como Mercado Livre e Magazine Luiza, ou mesmo os streamings, como Spotify e Netflix.
Os tipos de negócio são diferentes, mas todos envolvem a tecnologia como principal meio de interação com o consumidor. Abaixo, detalhamos cada um dos exemplos de negócios escaláveis.
O Mercado Livre e o Magazine Luiza são dois dos maiores marketplaces de produtos do Brasil graças ao seu potencial de escalabilidade.
Eles conectam empresas que querem vender produtos a clientes que os buscam através de seus sites e apps. A partir disso, intermediam as vendas e asseguram que ambos recebam o que querem – o vendedor obtém o pagamento; o consumidor, o produto.
Sem a necessidade de produzir algo, não precisam se preocupar com custos de produção. Seu maior investimento está na tecnologia para atrair cada vez mais clientes e vendedores, além de fatores como logística, segurança digital, meios de pagamento, entre outros.
O Mercado Livre, inclusive, anunciou que investirá cerca de R$17 bilhões no Brasil em 2022 com foco em centros de distribuição para dobrar seu potencial de entregas.
Há ainda marketplaces nichados como o iFood e a Vem de Bolo, case de sucesso da Play Studio junto à Nestlé que já soma mais de 25 mil bolos comercializados por 130 confeitarias e boleiras artesanais de São Paulo.
Também chamada de economia compartilhada, ela envolve o modelo de negócios de apps como Uber e Airbnb. Ambos não contam com nenhum carro ou hospedagem próprios, mas reúnem a maior concentração de motoristas e hospedeiros do mundo em suas plataformas.
Assim, comercializam reservas e viagens a milhões de pessoas em todo o mundo sem gastar com custos básicos que teriam caso fossem proprietários de seus carros e quartos.
A receita dessas empresas é exponencial graças à utilização global dos apps, que conecta clientes em busca de um serviço a pessoas que podem comercializá-los (motoristas e donos de hospedagens).
A empresa se tornou referência quando o assunto é música, mas também é um exemplo de sucesso de negócio escalável.
Ao oferecer seu serviço de streaming em todo o mundo, gera receita com usuários gratuitos através da publicidade e escala seus lucros sem precisar aumentar custos com a plataforma na mesma proporção.
No modelo freemium, os usuários do app que não pagam pelo plano são impactados por propagandas criadas por empresas que investem altas cifras para veiculá-las.
Se engana quem pensa que a divisão de games da Sony só lucra com a venda de consoles e jogos. Em 2021, a PlayStation faturou mais de US$7 bilhões com a venda de itens digitais como expansões pay-to-unlock exclusivas, skins para personagens e loot boxes (caixas surpresa) para uso dentro dos games.
A comercialização desses ativos digitais aumenta a lucratividade da empresa sobre a operação e consegue
criar novas linhas de receita sem aumentar seus gastos.
As movimentações não se limitam apenas às empresas do setor. Em 2020, a marca de luxo Louis Vuitton colaborou com a Riot Games para lançar itens digitais dentro do jogo League of Legends e lucrar com as micro-transações.
Diferentemente do Spotify, que conta com plano freemium, os streamings de vídeo mais famosos do mundo optam pelo modelo de assinatura – também chamado de on-demand.
Netflix e Amazon Prime oferecem seus filmes e séries com tradução para o mundo todo por valores acessíveis, visando conquistar milhões de assinantes.
Os custos para novas produções e aquisição de títulos renomados não aumentam na mesma velocidade dos assinantes, tornando-as um exemplo de modelo escalável de negócios.
Como todo bom negócio, também existem desafios na escalabilidade. Em artigo no blog Process Street, Benjamin Brandall traz um exemplo bem-humorado para ilustrar esses desafios.
Suponha que você seja dono de uma barraca de limonada simples, com capacidade de atendimento de 20 pessoas por dia. Seu empreendimento, por alguma razão, ganha destaque em um aclamado jornal.
A partir da notícia, muitos clientes aparecem. Mais do que seria possível atender, filas se formam pelo quarteirão e, em poucos minutos, seus insumos começam a acabar. Primeiro, o açúcar, depois o limão e, finalmente, a água.
Desse exemplo fictício fica claro o entendimento de que é necessário estar preparado para escalar um negócio. Para driblar esses desafios, é importante manter o foco em:
Criar um negócio escalável não é fácil, seja por um empreendedor em uma startup ou por uma grande corporação. O desafio será o mesmo, mas é no recurso disponível que se encontra o diferencial entre o sucesso e o fracasso.
Como Venture Builder, a Play Studio atua junto a companhias tradicionais e startups na criação de novos negócios inovadores e escaláveis. Já ajudamos empresas como Baruel, Beam Suntory e Nestlé a inovar em suas estratégias de Corporate Venturing.
Fale agora com um de nossos venture builders e descubra como a Play pode ajudar a sua empresa a avançar na busca pela escalabilidade de negócios.
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