O que é retail tech? 4 motivos para o varejo inovar com essas tecnologias
Redação Play • mai. 31, 2023

Em um mercado tão competitivo como o varejo, a tecnologia ganha cada vez mais protagonismo em prol da inovação. Os varejistas têm se adaptado para sobreviver em meio a tantas mudanças, e as retail techs se destacam ao conectar o consumidor a decisões mais assertivas na hora das compras.


Mas você sabe o que é retail tech? O termo pode se referir tanto às soluções tecnológicas – tradução de tecnologias de varejo, em português – quanto às startups que oferecem soluções e inovações no contexto do varejo. Em ambos os aspectos, seu objetivo é transformar a forma com a qual consumidores e empresas interagem no dia a dia.


A onda dos e-commerces e marketplaces, soluções de pagamento móvel – como Apple Pay e Google Pay –, além da integração do assistente de voz Alexa, da Amazon, para a realização de compras são apenas alguns dos maiores exemplos recentes desse mercado.


Há alguns anos, essas startups e tecnologias vêm transformando o hábito de compras das pessoas e as formas de vender das empresas. Agora, porém, diante de indicadores que mostram um futuro desafiador para o varejo no Brasil, inovar é mais do que necessário.


Pensando nisso, preparamos este artigo para esclarecer a importância das retail techs e destacar os principais pontos a que os executivos e gestores de inovação do setor de varejo tradicional precisam estar atentos para acompanhar essa evolução.


Acompanhe a leitura.

Retail techs, tecnologia e a transformação digital no varejo

As novas tecnologias têm afetado quase todos os setores, e com o varejo não é diferente. Desde a pandemia de Covid-19, o setor precisou se reinventar e acelerar uma transformação digital para continuar vendendo mesmo com as lojas físicas fechadas. Não à toa, o número de retail techs fundadas no brasil mais que dobrou nos últimos anos.


Esse movimento vai ao encontro dos desafios enfrentados pelo setor varejista e da mudança de comportamento do consumidor. A influência das redes sociais, o crescimento exponencial dos e-commerces e as melhorias na malha logística e conexão de internet do país são alguns dos fatores que têm ampliado a necessidade de se digitalizar.


Nesse sentido, dados de um levantamento recente apontam que 61% dos brasileiros já compram mais pela internet do que em lojas físicas. A pesquisa revelada pela Octadesk em 2022 ainda aponta que 73% dos consumidores no Brasil preferem e-commerces por encontrarem preços mais baixos, praticidade de comprar sem sair de casa (72%) e promoções encontradas apenas no online (69%).


Apenas criar uma loja virtual, porém, não basta para alcançar os resultados desejados. A tecnologia e as inovações disponíveis possibilitam inúmeras alternativas para se conectar ao consumidor e atender às suas novas exigências.

4 motivos para o varejo tradicional inovar com retail techs

Com a era digital, o varejo tradicional enfrenta ainda mais desafios para se manter relevante e competitivo. Dessa forma, a combinação de tecnologias e estratégias se mostra como peça-chave para encarar o cenário e não ficar para trás.


Dentre os motivos pelos quais é imprescindível que o varejo tradicional invista em retail techs, estão:


  1. expectativa por uma nova experiência do cliente;
  2. potencial de otimização operacional;
  3. geração de insights e ações baseadas em dados;
  4. aumento da concorrência.

1. A expectativa por uma nova experiência do cliente

Não são apenas as novas gerações de consumidores – Geração Z e Alpha – que exigem mais da experiência de compra. Os nativos digitais já influenciam os mais velhos a consumirem de formas diferentes, e o varejo também passa a se adaptar às novas necessidades.


Os clientes de hoje esperam conveniência, personalização e velocidade em suas interações de compra. As retail techs, por sua vez, focam em pontos decisivos da jornada de compra para entregar um arsenal de possibilidades aos vendedores.


De inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e análise de dados ao machine learning, a tecnologia tem a capacidade de explorar a hiper-personalização da experiência do cliente. Tudo com base nas preferências individuais, histórico de compras e até comportamentos de navegação, ressaltando a importância dos dados para uma estratégia vencedora.

Amazon à frente da inovação para o varejo físico e digital

A gigante comandada por Jeff Bezos usa inteligência artificial e machine learning para criar experiências de compra altamente personalizadas em seu e-commerce. Além disso, também conta com uma tecnologia de realidade aumentada para possibilitar aos clientes visualizarem móveis e outros produtos para casa em suas próprias câmeras com o Room Decorator.


Na união do físico com o digital, a empresa também foi pioneira ao introduzir oJust Walk Out e permitir que consumidores saiam das lojas Amazon Go sem ter que parar para pagar. O processo de pagamento é feito automaticamente através da conta do cliente assim que ele deixa o estabelecimento.

retail tech da amazon com realidade aumentada Room Decorator

A tecnologia Room Decorator, da Amazon, usa realidade aumentada para mostrar como móveis ficariam no ambiente da casa do comprador.

2. Potencial de otimização operacional

Se a utilização da tecnologia é fundamental para criar novas experiências do cliente, também é essencial para tornar as empresas de varejo mais eficientes em suas operações. Permite que as empresas sejam mais assertivas nas tomadas de decisões, automatizem processos, reduzam erros operacionais, gerenciem seus estoques com mais eficácia e aprimorem sua logística.


Mais do que apenas prestar atenção às inovações radicais, organizações também precisam se aproveitar da tecnologia para otimizar sua operação atual. Princípio da ambidestria organizacional, a explotação visa o equilíbrio entre a disrupção a longo prazo e o sucesso presente, fator em que não apenas grandes, mas pequenos e médios varejistas certamente devem focar para continuarem competitivos.


A brasileira ClearSale é um exemplo de sucesso com soluções antifraude para e-commerces. Com mais de 100 mil clientes em todo o mundo, ela propõe uma tecnologia de gestão de fraudes para reduzir prejuízos em vendas on-line, possibilitando ganho de competitividade a lojas virtuais de todos os portes.

3. Geração de insights e ações baseadas em dados

Assim como a Amazon utiliza o Big Data para personalizar a experiência de seus consumidores, os dados também têm papel fundamental para fornecer insights valiosos sobre o comportamento do cliente, tendências de mercado e performance de produtos.


A varejista espanhola Zara, por exemplo, faz uso extensivo de dados para basear suas decisões de criação de peças e gerenciamento de estoque. A marca coleta dados em tempo real sobre o que está sendo vendido e quais tendências se destacam para reagir com mais eficiência ao comportamento de vendas em suas lojas.


O movimento, que também conta com players como Shein, Ralph Lauren, H&M e Farfetch, já é conhecido como “coleções data-driven”. As roupas são criadas a partir de uma combinação de dados que envolve o consumo de clientes, novas tendências do Google Trends e diversas outras informações coletadas em sites e aplicativos das empresas.

4. Aumento da concorrência e novos modelos de negócio

Com o crescimento dos e-commerces, as facilidades logísticas e de meios de pagamento, novos modelos de negócios digitais surgem todos os dias. Na mesma velocidade, novos concorrentes em diferentes segmentos também ganham relevância para concorrer com o varejo tradicional, mas largam na frente ao nascerem nativos digitais.


Assim, as chamadas DNVBs  – Digital Native Vertical Brands, em inglês – conquistam milhões de seguidores e clientes e transformam a audiência em faturamento.


Nos Estados Unidos, os influenciadores Logan Paul e KSI fundaram uma marca de bebidas chamada Prime e usaram de sua influência nas redes sociais para torná-la um negócio milionário em menos de um ano. Com um valuation de mais de 22 milhões de dólares e o alcance de mais de 400 milhões de seguidores de seus sócios, a empresa foi anunciada como bebida oficial dos eventos de luta do UFC.


Ainda no campo da inovação em modelos de negócio, a brasileira PIC-ME foi uma das primeiras ventures criadas e geridas pela Play Studio. A marca de snacks naturais e saudáveis levou apenas oito meses para se desenvolver do conceito até a chegada do primeiro produto nas gôndolas.


Hoje, já são mais de 30 produtos diferentes – de purês de frutas a chips assados –, todos seguindo a filosofia Clean Label, vendidos em mais de quatro mil pontos de venda em todo país.


Assim como a PIC-ME, a equipe de Venture Builders da Play Studio já realizou mais de 200 projetos ao longo de uma década desenhando e testando novos negócios.


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