O que são fundos de Corporate Venture e por que atraem grandes empresas?
Redação Play • ago. 19, 2022

Todos os dias, ideias disruptivas nascem movimentando um mercado insaciável na busca por inovação. Estima-se que mais de 1,3 milhão de startups tenham sido fundadas em 2021, segundo relatório do Global Entrepreneurship Monitor, e o interesse das corporações tradicionais em surfar a próxima grande onda de inovação cresce de maneira acelerada.


Não à toa, os
fundos de Corporate Venture Capital (CVC) se tornam uma fatia cada vez maior do montante investido em capital de risco.


Dados revelados pelo braço de inovação da Bain & Company, a Bain Innovation Exchange (BIE), mostram um
crescimento anual de 30% na quantidade de fundos de CVC no Brasil ao longo dos últimos seis anos.


As multinacionais, a exemplo de
Gerdau, Ambev e Embraer, enxergam nas startups um grande potencial para encontrar novas tecnologias e modelos de negócio inovadores.


Os setores tradicionais, como varejo, alimentação, construção e engenharia, por exemplo, investem em startups através dos fundos corporativos para absorver competências, ampliar
estratégias de inovação e apostar no futuro promissor de empresas tech.


Mas como funcionam os fundos de Corporate Venture, por que corporações estão investindo em startups e quais as vantagens disso para ambos os lados?


Ao longo deste artigo, explicaremos esse movimento e o que podemos esperar dos próximos passos envolvendo grandes companhias. Acompanhe a leitura.



O que são fundos de Corporate Venture?


Um fundo de Corporate Venture Capital é um investimento que parte de uma grande companhia com o objetivo de acelerar um negócio iniciante. Porém, mais do que apenas a visão de retorno sobre o dinheiro investido, também oferece benefícios conectados à inovação corporativa.


Startups em etapa de validação, que buscam por
Seed Money, ou mesmo as mais avançadas, já prontas para um aporte Série A, recebem o dinheiro de Venture Capital corporativo para acelerar sua corrida rumo aos objetivos da empresa.


Muitas vezes, no entanto, a corporação não visa apenas um
exit lucrativo para aumentar seu capital. Ao olhar para as soluções inovadoras propostas pelas startups, encontra a possibilidade de melhorias em seu core business, expansão de mercado e diversificação de portfólio.


Além disso, iniciativas como como M&As e
Corporate Venture Building entregam vantagens competitivas que envolvem desde a aquisição de novos players à criação de novos negócios partindo do zero.


Por que as corporações estão tão interessadas em investir nas startups?


Dados da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) mostram que 92% das companhias brasileiras já consideram investir em startups. Afinal, a pressão do mercado não permite que as empresas andem afastadas da inovação.


O
retorno financeiro é a evidente motivação para que grandes companhias considerem a criação de um fundo de Corporate Venture ou apliquem em fundos externos. Mas esse não é o único benefício.


Inovar dentro de uma estrutura organizacional tradicional não é fácil. Por outro lado, a
cultura de inovação das startups prega agilidade e muita flexibilidade, o que propicia um ambiente fértil para inovar.


“Além de ter a cultura inovadora dentro de casa, a companhia também tem a oportunidade de
acompanhar mais de perto diversas ramificações de mercado do seu segmento”, analisa Rodrigo Bürgers, Managing Partner da Play Studio.


A imagem da empresa também é valorizada
. Ao abrir as portas para a inovação, também encontra novas possibilidades para captação de capital e até retenção de talentos, fomentando o intraempreendedorismo.


Os benefícios do Corporate Venture Capital na aceleração das startups


A realidade do empreendedor em uma startup é bem diferente de uma multinacional. Empresas iniciantes contam com equipes enxutas e precisam, acima de tudo, equilibrar as atenções entre entregar um bom produto ou serviço e, ao mesmo tempo, vender e captar recursos para acelerar seu crescimento.


A entrada dos fundos de Corporate Venture muda esse panorama. Além do aporte financeiro, também
abrem-se portas para os ativos corporativos da companhia que investe, possibilitando novos caminhos e atalhos para a evolução da startup.


Assim, a equipe pode se dedicar totalmente ao desenvolvimento e melhorias do produto, acessando vantagens que vão desde parcerias estratégicas ao
know-how de negócios conectado à corporação responsável pelo investimento.


As
vantagens do Corporate Venture Capital para as startups:


  • geração de valor;
  • parcerias de longo prazo para a gestão estratégica e desenvolvimento;
  • otimização da gestão financeira;
  • acesso a aportes financeiros;
  • know-how de negócios.


Dessa forma, a curva de aprendizado e crescimento é mais rápida. Permite que o empreendedor e sua equipe definam hipóteses, testem
protótipos e tenham a melhoria do produto como foco principal.



A relação das venture builders junto aos fundos de Corporate Venture Capital e as grandes empresas


As empresas denominadas como venture builders – a exemplo da Play – se conectam perfeitamente entre as corporações, as startups e o mercado de capital de risco.


Com a experiência em estratégias de inovação,
ajudamos multinacionais a definir as teses do Corporate Venture Capital.


Alinhamos o direcionamento estratégico da companhia para entender quais os melhores caminhos para o investimento do fundo. Em que a empresa deve investir? Quais são os territórios e desafios de inovação que se conectam com os objetivos da companhia?


Essas e outras respostas são respondidas através da análise e expertise que entregamos como resultado dos mais de 200 projetos realizados e 30 negócios desenhados do zero e testados no mercado.


Nosso papel como venture builder pode ser dividido em duas etapas visando aumentar as chances de sucesso do investimento:


  1. definição estratégica para o fundo;
  2. acompanhamento das startups investidas pela companhia.


A segunda etapa é justamente
dar continuidade à definição de estratégia, uma vez que monitoramos o resultado da startup acelerada pelo fundo de CVC através da aplicação de estratégias de crescimento, governança, identificação de novas oportunidades, desenvolvimento de novas soluções, criação de MVP e etc.

 

O grupo Viveo, um dos maiores conglomerados de saúde no país, vem vivenciando isso com o investimento na startup Far.me. A companhia buscou a Play para, em conjunto com a Far.me, idealizar os próximos grandes passos do negócio e validar novos caminhos e soluções.


Quer saber mais? Fale agora com um de nossos Venture Builders e descubra como podemos te ajudar a conectar com o universo dos fundos de Corporate Venture e acelerar a inovação na sua empresa.


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