Como a IA pode impulsionar o processo de inovação?
fev. 28, 2024

Ao longo dos últimos meses, testemunhamos um verdadeiro boom na aplicação de Inteligência Artificial (IA) generativa. Ferramentas como ChatGPT, Midjourney, Stable, Copilot e, mais recentemente, Gemini (ex-Bard, do Google) impulsionaram a produtividade, a velocidade e a criatividade.


A tendência, que se reflete também no processo de inovação, não mostra sinais de desaceleração. Segundo uma pesquisa recente da Gartner, 70% das organizações estão explorando novas formas de integrar a IA em suas operações, com 19% já em fase de teste ou produção. 


Trata-se de um um marco significativo para a inovação corporativa. Muito além de resolver tarefas operacionais, as ferramentas de IA generativa são capazes de analisar dados, estruturar planos de negócios e gerar conceitos visuais deslumbrantes em questão de segundos. 


A essa altura, você certamente já se perguntou: tirando todo o hype, como a inteligência artificial pode impulsionar o processo de inovação nas empresas de fato? A resposta mais curta é: sim. No entanto, sua precisão pode variar em diferentes etapas, e a participação humana continua sendo fundamental na validação de dados e na execução de planos. 


Ao longo deste artigo, exploramos como o uso de Inteligência Artificial Generativa pode contribuir nas diferentes etapas do processo de inovação. Acompanhe a leitura



Da teoria à prática: 7 etapas para usar IA no processo de inovação


Em um artigo recente, nosso sócio Romulo Perini compartilhou como a Play Studio vem testando ferramentas de IA nas diferentes etapas de criação de novos negócios. Da exploração à viabilização, estamos buscando soluções que possam nos ajudar a otimizar nosso trabalho.


O objetivo é aproveitar melhor o tempo e garantir que os consultores se debrucem cada vez mais naquilo que a IA não consegue fazer: o trabalho crítico, inovador. E esse é um dos principais pontos quando falamos da aplicação da IA ao processo de inovação. O olhar humano segue sendo indispensável para curar ideias, enxergar nuances e formatar as melhores soluções.


Nesse contexto, apresentamos 7 etapas nas quais a inteligência artificial vem se mostrando um assistente eficiente para gerar insights inovadores e acelerar processos:

  1. Geração de ideias e criação de personas
  2. Mapeamento de dores
  3. Visualização de conceitos
  4. Proposição de modelos de negócio
  5. Mapeamento de suposições
  6. Criação de roteiro de validação
  7. Seleção de conceitos



1. Geração de ideias e criação de personas


Com sua capacidade de produzir listas abrangentes e perfis detalhados em tempo real, ferramentas como o ChatGPT brilham na geração de ideias e na criação de personas. No entanto, embora a IA consiga gerar uma quantidade impressionante de ideias, a seleção das mais relevantes e a compreensão das motivações continuam a ser tarefas humanas. É no equilíbrio entre a infinita capacidade de geração de inputs da IA e o olhar crítico das pessoas que está a chave para acelerar essa fase.



2. Mapeamento de dores


A eficiência da IA no mapeamento rápido de possíveis dores e ganhos é inegável. Mas, novamente, a validação humana é indispensável para garantir a precisão e a relevância dessas informações.

A interpretação sutil de nuances e a compreensão do contexto muitas vezes exigem o discernimento humano para evitar interpretações equivocadas ou simplificações excessivas.



4. Visualização de conceitos


Aqui reside um dos pontos altos da IA generativa: a criação de imagens e representações visuais envolventes. Nesta etapa, ferramentas como DALL-E e Midjourney conseguem traduzir abstrações em formas tangíveis de maneira impressionante. Para garantir que a visão final se alinhe à estratégia e à identidade da marca, porém, o olhar humano é indispensável. 



5. Proposição de modelos de negócios


Seja na proposta de novos modelos de negócios ou na exploração de modais existentes, a IA generativa é uma grande aliada. Ela analisa estrategicamente um grande volume de dados, gerando ideias autônomas e identificando oportunidades não óbvias.


Ao personalizar fontes de receita, avaliar a viabilidade financeira e otimizar continuamente com machine learning, as ferramentas de IA proporcionam uma abordagem inovadora. 


No entanto, a capacidade humana de discernir nuances complexas, identificar stakeholders-chave e eliminar abordagens impraticáveis continua sendo insubstituível. Esse toque final é essencial para garantir que as propostas de negócios estejam alinhadas não apenas com a eficiência, mas também com a ética e a sustentabilidade.



6. Mapeamento de suposições


Nesta etapa, a Inteligência Artificial (IA) atua na identificação ágil e abrangente dos riscos inerentes a conceitos inovadores. Ela destaca as suposições mais arriscadas, proporcionando insights para a estratégia de validação.


A intervenção humana, no entanto, é indispensável para uma definição mais precisa dessas suposições e para contextualizar nuances que a IA pode não captar totalmente. A combinação da capacidade de análise rápida da IA com o olhar humano assegura um mapeamento de suposições abrangente e robusto - crucial para o sucesso na jornada da inovação.



7. Criação de roteiro de validação


Aqui a Inteligência Artificial desempenha um papel considerável de confiabilidade ao desenvolver planos com base em suposições arriscadas identificadas anteriormente. No entanto, esse processo deve ser construído sobre um mapeamento de suposições minuciosamente elaborado, algo que a IA não pode fazer sozinha.


A expertise humana é o que vai garantir a consideração de nuances contextuais, ajustes estratégicos e a interpretação sutil das dinâmicas de validação, garantindo uma abordagem refinada e adaptável durante a implementação do plano.


8. Seleção de conceitos


A contribuição da IA na seleção de conceitos é valiosa, especialmente para testar reações simuladas de personas específicas. No entanto, é necessário incluir na equação fatores que vão além das métricas objetivas fornecidas pelas ferramentas. Ou seja, a avaliação humana é incontornável para ponderar nuances, considerar estratégias abrangentes e incorporar elementos subjetivos. É esse equilíbrio que vai garantir alinhamento com os objetivos estratégicos e as preferências do público-alvo. 


A IA generativa se tornou uma importante aliada nos processos de inovação, oferecendo eficiência, automação e insights. No entanto, é preciso reconhecer os limites e a complementaridade necessária da habilidade humana para interpretar nuances, tomar decisões éticas e garantir que a inovação impulsione não apenas a eficiência, mas também a relevância e a integridade. 



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