As venture builders já são uma realidade no ecossistema da inovação. Também conhecidas como "fábricas de startups" e "startup studios", essas empresas ajudam empreendedores a criar novos negócios desde a concepção até a aceleração, mapeando oportunidades, traçando estratégias e até captando recursos.
Nos últimos anos, no entanto, as builders vêm deixando de ser parceiras apenas de startups para se aliar a grandes corporações. Estruturas pouco flexíveis, falta de agilidade e processos engessados são alguns dos fatores que fazem companhias tradicionais recorrerem a parceiros externos para destravar a inovação. As chamadas corporate venture builders aplicam metodologias e processos já consagrados na criação de startups para desenvolver novos empreendimentos dentro de grandes empresas.
Diferentemente de aceleradoras e incubadoras, empresas como a Play Studio colocam a mão na massa em todas as etapas do processo. Da descoberta ao desenvolvimento, passando por testes e protótipos, uma builder se envolve a fundo em cada venture criada e acelerada, o que se mostra um grande diferencial para as corporações.
Ao longo deste artigo, vamos explicar como funciona o processo de Venture Building implementado em grandes empresas, como VISA, Nestlé, Beam Suntory e diversas outras que encontraram na Play o parceiro ideal para inovar. Acompanhe a leitura.
Antes de compreender o método, é preciso entender as grandes responsáveis por aplicá-lo. As venture builders são organizações com expertise na criação e desenvolvimento de negócios. Ou seja, contam com a experiência e multidisciplinaridade necessárias para fundar e acelerar novos modelos de negócio visando a inovação.
Geralmente, atuam com participação acionária, empreendendo junto a startups ou corporações às quais se aliam para a criação de novas empresas. O foco está na inovação através de novos modelos de negócio e diferentes avenidas de crescimento e disrupção.
Além das tradicionais venture builders que operam ao lado de startups, também ganham espaço as corporate venture builders. Nesse viés, trabalham junto a corporações para alcançar um novo nível de inovação. Saiba mais sobre esse modelo de atuação das venture builders corporativas em nosso artigo sobre o assunto.
Sem inovação, não há futuro, e é isso que grandes companhias ao redor do mundo estão percebendo cada vez mais. Uma pesquisa do IPEA mostrou que as empresas inovadoras têm 16% mais chances de exportar, lucrando mais.
Não à toa, ideias inovadoras nascem todos os dias. A grande questão é que, na maioria das vezes, inovar não é uma tarefa fácil.
Navegar pelos mares da inovação é encontrar obstáculos desconhecidos. O Venture Building ajuda corporações justamente a superar essas incertezas, entregando experiência abrangente, conhecimento de mercado, conexões valiosas, eficiência operacional e uma equipe qualificada de especialistas.
Para isso, é necessário implementar e gerir um processo que conta com diversas etapas. Cada projeto é único e a maneira como um bom time de venture builders – nome também dado aos profissionais que atuam em empresas como a Play – lida com o assunto é fundamental.
As metodologias aplicadas pelas builders podem ser nomeadas de diferentes formas. O importante é englobar etapas essenciais para que todos os aspectos do projeto sejam contemplados. Assim, detalhamos cada uma delas como:
“Na prática, esses movimentos e transições de etapas são fluidos.
É necessário retroalimentar e manter o diálogo entre todas as fases”, explica Ana Carolina Lobas, Associate & Senior Venture Leader da Play Studio.
É a primeira etapa no processo de Venture Building. O objetivo é
descobrir quais são os reais desafios e caminhos da inovação buscada. Para isso, três tópicos precisam ser cobertos:
“Nesse momento, antes de mergulharmos efetivamente na exploração da oportunidade, precisamos entender alguns pontos: qual é o momento em que a companhia se encontra? quais os objetivos de inovação? se existem players, como estão jogando? quais são os caminhos já percorridos?”, exemplifica Carolina.
Já no momento de definição de oportunidades, é indispensável entender quais são as áreas que carecem de inovação e o que pode ser oferecido para os consumidores visando diferenciação no mercado.
Os usuários são identificados através de pesquisas quantitativas e qualitativas para compreender o perfil do consumidor objetivado. Além disso, detalham-se quais canais serão usados para atingir o público-alvo e as estratégias para atingi-lo.
A partir desse momento, a concorrência e sua forma de atuação são estudadas, trazendo insights valiosos para a próxima etapa.
Todos os insights adquiridos na fase anterior através de pesquisas são transferidos para o papel durante a concepção. O principal objetivo da concepção é
conceber hipóteses do modelo de negócio.
É importante entender qual será a geração de valor – para os consumidores e para a companhia – e qual será o storytelling do novo negócio. Isso é fundamental para compreender os impactos que a inovação vai gerar.
Os venture builders trabalham sobre as análises para entender quais serão os próximos passos visando atingir os perfis desejados. Eles se debruçam sobre os canais, recursos financeiros necessários e como o relacionamento com o cliente será construído, entre outros pontos, para poder partir para a próxima etapa: a validação.
Após a concepção, é desenvolvido o plano de validação para testar as principais hipóteses do modelo de negócio levantadas anteriormente.
Nesse momento, hipóteses, KPIs e testes serão conduzidos, juntamente da validação financeira e do business plan. Através de apresentações, vídeos, entrevistas, roteiros, storyboards e smoke tests - testes básicos para verificar funcionalidades básicas - será possível responder algumas questões:
Durante a validação é essencial coletar evidências e insights que serão usados para ajudar a solução de forma ágil e consciente, possibilitando a tomada de decisões assertivas.
O
protótipo de alta fidelidade também é uma ferramenta utilizada durante a validação. Trata-se de um recurso para testar o design e interatividade do produto ou serviço antes da entrega final.
São abordados pontos como a desejabilidade do modelo de negócio, qual tipo de impacto o produto ou serviço irá causar no mercado, quais testes serão realizados para entender a maturidade do projeto e se mais testagens são necessárias ou se é possível ir para a próxima etapa.
É importante que a fase de validação seja usada para
testar o máximo possível
antes que o produto saia do mundo das ideias e atinja o mundo real com os riscos mitigados.
Após o negócio ser fundamentado através de diferentes metodologias, validação de produto e viabilidade de produção, é o momento de construir o MVP (Mínimo Produto Viável).
O MVP funciona como uma versão mais simples e enxuta de um produto ou serviço. Com o mínimo viável de recursos aplicados para que a principal proposta de valor seja entregue, será possível coletar feedbacks dos usuários para entender se a inovação possui Market Fit ou não.
A etapa de validação permite
errar rápido e com baixo investimento,
evitando desperdício de recursos. Dessa forma, é possível responder a algumas questões essenciais: o valor é acessível para o público-alvo? Quais são os melhores canais de aquisição para que o novo negócio cresça?
Construção
Após as etapas anteriores, é possível decidir entre o conceito de
Make, Buy or Ally. Entender se o melhor caminho é criar um novo negócio, aliar-se a um existente ou adquirir um produto inovador que já esteja em destaque no segmento escolhido.
Será necessário analisar todos os dados gerados até aqui para definir a estratégia mais adequada. Em um trabalho conjunto com a empresa, a venture builder será capaz de direcionar o melhor caminho a ser seguido.
O objetivo principal dessa etapa é estruturar e implementar a operação para que, após o melhor caminho ser decidido, o produto esteja pronto para chegar ao mercado.
Registrar os dados e realizar análises periódicas é imprescindível, para entender onde será preciso investir mais para aumentar a receita e crescer de forma saudável, tornando o negócio escalável. Com esses dados em mãos, é possível avançar para a próxima e última etapa.
A etapa de aceleração é o momento de escalar o negócio, investindo em aquisição e retenção com os canais já validados. Apesar de ser a última etapa, testes ainda podem ser necessários.
No momento de aceleração o time terá contato com novas métricas, que serão essenciais para acompanhar o crescimento do negócio: ROI de investimentos, crescimento mês a mês e outros indicadores que devem ser analisados detalhadamente.
A penetração de mercado também precisa ser acompanhada e revisada. Dessa forma a escalabilidade e o entendimento de até onde é possível chegar com o produto ou serviço e a maturidade da companhia, será visualizada.
É o momento de crescer, cuidadosamente e com os passos definidos, para atingir a escalabilidade do negócio. Para que isso aconteça da melhor forma possível, contar com os parceiros certos faz toda a diferença.
A
Play já auxiliou grandes companhias como
Nestlé, Renner, Beam Suntory
e Visa, entre outras. Acesse nosso portfólio de
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