Venture Building e Venture Builders: entenda o que são e como potencializam startups
Venture Builder e Venture Building são conceitos que frequentemente se confundem, mas possuem distinções importantes no processo de criação de startups.
Venture Builders são empresas como a Play Studio, que se dedicam a criar e desenvolver múltiplas startups aplicando um modelo repetível e estruturado. Venture Building, por sua vez, é o processo prático de transformar ideias em empresas viáveis, alavancando recursos e expertise específicos.
Neste artigo, vamos nos aprofundar nos dois conceitos, explorar as etapas do Venture Building, explicar a diferença entre Venture Building e Corporate Venture Building e quais as características de uma
builder bem-sucedida.
O que é Venture Builder?
Venture Builder é uma organização que cria e desenvolve startups através de uma metodologia estruturada, com o objetivo de mitigar vieses e aumentar as chances de sucesso de um novo negócio.
Também conhecidas como "startup studios" e "fábricas de startups", as
builders são caracterizadas por uma abordagem hands-on, investindo recursos financeiros, tecnológicos e humanos para desenvolver startups do zero. Diferentemente dos modelos de aceleração e incubação,
uma Venture Builder participa ativamente de todas as fases do desenvolvimento da startup, desde a concepção da ideia até o seu crescimento.
Além do suporte e mentoria, a Venture Builder assume um papel de co-fundador, envolvendo-se diretamente nas operações diárias das startups. Esse envolvimento profundo permite uma maior agilidade na tomada de decisões e na execução de estratégias, aumentando significativamente as chances de sucesso.
Para entender melhor como cada um dos três modelos atua, leia nosso artigo sobre
as diferenças entre aceleradora, incubadora e venture builder.
Como as Venture Builders atuam
Como dissemos, as Venture Builders oferecem um ambiente estruturado e recursos essenciais para proporcionar o crescimento sustentável dos negócios que criam.
Dentre os recursos oferecidos por essas fábricas de startups, estão:
- Financiamento: acesso a capital para desenvolvimento de produtos e expansão.
- Recursos humanos: equipes multidisciplinares que auxiliam em áreas como marketing, desenvolvimento de produto, tecnologia e vendas.
- Infraestrutura: espaços de coworking, tecnologia e ferramentas necessárias para o desenvolvimento das startups.
- Mentoria e expertise: orientação contínua de especialistas para a tomada de decisões estratégicas.
Esse processo garante que os negócios desenvolvidos por Venture Builders tenham uma taxa de sucesso significativamente maior em comparação com as startups tradicionais. Estima-se que os empreendimentos criados por
builders apresentem um
resultado financeiro 44% melhor
do que aqueles fundados sem um estúdio – 84% das startups que saem dos estúdios chegam à rodada inicial e 72% alcançam o financiamento Série A.
Além disso, a Taxa Interna de Retorno (TIR) de startups apoiadas por Venture Builders gira em torno dos
50%, versus 21% das startups individuais.
Características de uma Venture Builder bem-sucedida

O que é Venture Building?
O Venture Building é o processo de construção de novas empresas de maneira pragmática. O nome surgiu nos Estados Unidos, no final dos anos 1990, com o objetivo de representar a atuação das "startup venture builders".
O conceito que dá nome ao modelo tem seu significado ajustado à tradução literal: construção de negócios. Por isso, a diferença para incubadoras e aceleradoras está no envolvimento da empresa com a startup à qual ela se alia.
O Venture Building combina recursos, expertise e uma metodologia iterativa para criar e escalar startups. O processo não se limita a fornecer capital, e inclui também a formação de equipes, desenvolvimento de produtos, validação de mercado e estratégias de crescimento.
Neste outro artigo do Blog da Play você pode ler mais sobre o
processo de Venture Building.
Como funciona o processo de Venture Building?
O desenvolvimento de uma nova startup começa com a identificação de oportunidades de mercado e a geração de ideias promissoras. Em seguida, na fase de concepção, essas ideias são refinadas e transformadas em conceitos de negócio mais definidos.
Após isso, entra-se na etapa que chamamos de Test & Learn, quando protótipos de baixa fidelidade ajudam a testar a viabilidade técnica e o interesse do mercado. Caso haja uma resposta positiva, parte-se para o desenvolvimento do MVP (Minimum Viable Product), uma versão funcional do produto com recursos suficientes para ser testado por usuários reais.
A fase de viabilização, por sua vez, procura validar o modelo de negócio, ajustar a proposta de valor e preparar a startup para o crescimento. Por fim, a aceleração tem o objetivo de escalar a operação, expandir o mercado e garantir recursos adicionais para sustentar o crescimento.
Veja a seguir mais detalhes sobre as etapas do Venture Building:
1. Identificação de oportunidades
Inicialmente, a Venture Builder analisa tendências, demandas e lacunas no mercado, utilizando pesquisas e insights de especialistas para encontrar potencial de inovação.
2. Validação de ideias
Após identificar oportunidades, as ideias são testadas para validar seu potencial. Isso inclui experimentos, prototipagem e testes com grupos de foco. A validação ajuda a focar nas ideias mais promissoras, economizando tempo e recursos.
3. Construção do produto
Com as ideias validadas, a próxima etapa é desenvolver MVPs para serem lançados rapidamente no mercado com o objetivo de coletar feedback real dos usuários. O processo de refinamento contínuo garante que o produto final atenda às necessidades do público-alvo definido nas etapas anteriores.
4. Escala e crescimento
A última etapa é escalar as empresas criadas. A Venture Builder impulsiona o crescimento através de parcerias estratégicas e captação de recursos adicionais. O suporte contínuo em marketing, operações, questões burocráticas e desenvolvimento de negócios garante um crescimento eficiente e o alcance de mercado.

O processo de Venture Building desenvolvido pela Play Studio
Existe diferença entre Venture Builder e Venture Building, afinal?
Sim, existe uma diferença clara entre Venture Builder e Venture Building.
Venture Builder é a organização que cria e desenvolve novos modelos de negócio,
fornecendo todos os recursos necessários para transformar uma ideia em uma empresa viável.
Venture Building, por sua vez, refere-se ao processo realizado pela Venture Builder. É a metodologia que envolve todas as etapas desde a concepção da ideia até a escalabilidade do negócio.
Em resumo,
Venture Builder é o "quem", e Venture Building é o "como".
Corporate Venture Building e Corporate Venture Builder
Agora que você já entendeu a diferença entre Venture Building e Venture Builder, vamos adicionar um novo termo à equação: Corporate. Chamamos de Corporate Venture Building o processo de Venture Building conduzido por corporações em busca de inovar e criar novos negócios. Isso acontece quando empresas estabelecidas criam suas próprias estruturas internas ou contratam parceiras para desenvolver startups alinhadas com suas estratégias de mercado.
O processo está intrinsecamente alinhado ao conceito de
intraempreendedorismo. Confira nosso artigo completo sobre o tema.
Corporate Venture Builder, por sua vez, refere-se à organização que conduz o Corporate Venture Building. Quando a Play desenvolve, por exemplo, um
marketplace para a Nestlé ou um
aplicativo para a Track & Field, ela atua como Corporate Venture Builder.
Esse modelo permite que as corporações utilizem seus recursos e conhecimento de mercado para criar e acelerar startups, beneficiando-se de inovações disruptivas sem perder o controle e a integração com o
core business.
- Benefícios do Corporate Venture Building
- Acesso a capital e recursos corporativos;
- Aproveitamento de infraestrutura existente;
- Maior velocidade na validação de mercado;
- Sinergia entre inovação interna e externa;
- Criação de novas fontes de receita;
- Diversificação de portfólio;
- Desenvolvimento de talentos e capacidades internas.
- Desafios do Corporate Venture Building
- Integração de culturas corporativas e de startups;
- Necessidade de alinhamento estratégico constante;
- Complexidade na gestão de múltiplos projetos;
- Potenciais conflitos de interesse;
- Resistência à mudança dentro da corporação;
- Desafios na adaptação rápida às mudanças de mercado;
- Demandas de investimento significativo e contínuo.
Tire todas as suas dúvidas sobre os
principais termos do Corporate Venture Building em nosso glossário completo.
Como a Play Studio pode impulsionar a inovação em sua empresa
Com uma abordagem hands-on e uma equipe multidisciplinar, a Play oferece o suporte necessário em todas as etapas do processo de desenvolvimento de startups. Desde a identificação de oportunidades e validação de ideias até a construção de produtos e escalabilidade, a Play combina recursos financeiros, tecnológicos e humanos para garantir o sucesso de novas empresas.
Em parceria com a FCamara, criamos a “Jornada de Transformação Innovation”, que é dividida em três fases principais:
- Definição da estratégia de inovação, momento em que são examinados os objetivos, ambições, áreas de atuação, horizontes de inovação e o planejamento dos investimentos.
- Execução, etapa na qual exploramos os horizontes de inovação em variados formatos. Esse estágio abrange o entendimento das oportunidades diante da estratégia desenhada, concepção e modelagem do produto, etapa de testes e aceleração.
- Alavancas de inovação, com ênfase no desenvolvimento de capacidades, recursos, rituais de governança e implementação colaborativa.
Entre as entregas de valor, estão alinhamento estratégico, metodologia e agilidade, aprendizado contínuo, governança e fast tracks para a inovação. Para saber mais, acesse a página da
Jornada de Inovação Corporativa.
Artigos mais recentes


