O que é um venture leader e como ele transforma a trilha da inovação em grandes empresas
Rodrigo Bürgers • nov. 07, 2022

Não são poucos os desafios da inovação em grandes empresas. Seja no Brasil ou em qualquer outro país do mundo, enfrentá-los significa encontrar novas possibilidades, ser disruptivo e encarar as diversas barreiras presentes em uma estrutura organizacional tradicional.


Nesse contexto,
como é possível concorrer com a agilidade e as ideias inovadoras das startups, que ganham cada vez mais espaço nos diferentes  segmentos de mercado?


As
venture builders são um caminho natural para auxiliar corporações a inovar, criar novos modelos de negócio e descobrir oportunidades. Com elas, também se destacam os profissionais nomeados como venture leaders

Diferentemente de um gestor de inovação, que trabalha pelo fomento e a implementação de iniciativas inovadoras dentro das companhias, o venture leader é aquele que lidera um empreendimento.


São
exemplos de intraempreendedorismo, se colocam à frente de projetos e tornam-se peças fundamentais para o desenvolvimento de novos negócios, seja em startups ou junto a corporações.


Mais do que apenas o senso de responsabilidade de um dono de negócio, característica presente nesses profissionais, eles estão
prontos para colocar a mão na massa e tirar ideias do papel.


Ao longo deste artigo, vamos apresentar tudo sobre a posição de venture leaders, como atuam aqui na
Play Studio em projetos de Corporate Venture Building e como geram valor através da inovação corporativa. Acompanhe a leitura.


O momento da inovação corporativa e o papel desempenhado pelos venture leaders


O potencial destacado pelas startups ao longo das últimas décadas colocou uma pulga atrás da orelha das grandes companhias. Por isso, um caminho já é visto como prioridade para que organizações tradicionais confrontem as inovações das startups: a criação de novos negócios e startups corporativas.


Não à toa, um estudo realizado pela consultoria
McKinsey aponta que executivos de corporações colocam o desenvolvimento de negócios como uma de suas três principais prioridades para o crescimento a longo prazo.


É justamente nessa brecha que se encaixam as
corporate venture builders e os venture leaders. O Venture Building é um conceito que envolve a aceleração de startups, mas também já é aplicado às corporações.


Inspiradas pelas ‘fábricas de startups’ – também conhecidas no exterior como
startup studios – as venture builders corporativas, como a Play, levam a inovação a um novo patamar dentro das grandes empresas. E para isso, contam com venture leaders à frente desse ecossistema de inovação.


O que faz um venture leader?


Desenhar, criar, testar e validar ventures como a Drinksquad – negócio desenvolvido pela Play junto à gigante do setor de bebidas Beam Suntory – é necessário para que o modelo tradicional seja desafiado, e ideias inovadoras floresçam.



O venture leader atua como responsável direto pelo desenvolvimento e sucesso da iniciativa. Seu instinto empreendedor é essencial para atuar em todas as frentes, desde a pesquisa para entender o público consumidor até a criação do produto e a fundamentação  de como gerar valor para o cliente.


Não se trata de mágica, mas sim de muito trabalho duro. Novas empresas precisam contar com líderes que atuem na linha de frente na busca por respostas, seja no desenho de sua 
estratégia de inovação, seja  aplicando as ferramentas necessárias para alcançar os objetivos.


Além disso, esse profissional também precisa saber como acessar os recursos financeiros e intelectuais disponíveis para superar os desafios. Ele assume os conceitos de
inovação organizacional ao mesmo tempo em que trafega pelas complexidades de uma estrutura menos flexível, normalmente encontrada em organizações tradicionais.


Soft, hard e essential skills necessárias para um venture leader


As competências profissionais dessa posição dependem das necessidades do negócio naquele momento. No entanto, é indispensável que esse colaborador conte com quatro soft skills, independentemente do segmento do negócio ou seu estágio:


  • empatia para compreender o cliente, os stakeholders e suas necessidades;

  • curiosidade para descobrir os melhores caminhos fundamentados em dados sem se prender às raízes ou estruturas já estabelecidas;

  • bom relacionamento interpessoal para saber intermediar, propor ideias e defendê-las;

  • liderança para assumir a frente e comandar a equipe rumo aos objetivos e diante dos desafios que serão encontrados.


O que citamos como
soft skills também pode ser nomeado como essential skills – habilidades essenciais – para um venture leader. Mas e as hard skills?


O lado empreendedor de uma pessoa que quer encontrar problemas para serem resolvidos no mundo é o grande diferencial, mas também é preciso ter
noções financeiras, de análise de dados e de administração para guiar um negócio. 

A rotina passa por entender o contexto, planejar o trabalho, executar tarefas diversas, fazer alinhamento com clientes e stakeholders. Também é essencial compreender como fazer análise qualitativa e quantitativa, conduzir workshops de co-criação, apresentar resultados, vender ideias, realizar testes e até colocar uma proposta de valor no ar. Tudo isso faz parte do dia a dia do venture leader.


As
hard skills e o background profissional podem variar. Por isso, não existe uma graduação específica que forme venture leaders, mas é possível encontrar coincidências importantes entre quem atua nessa posição. As formações mais comuns são:


  • administração de empresas ou especialização financeira;
  • engenharia e suas variáveis;
  • design – com especialização em design de produto ou service design;
  • entre outros, como marketing.


Venture leader ou consultor de inovação? Como ambos se diferenciam em benefício da inovação


A consultoria de inovação não é algo novo para o ambiente corporativo. Há mais de 30 anos, empresas buscam nesse tipo de parceria a resposta para obstáculos criados pela mudança de comportamento do consumidor, novas tecnologias e desafios do mercado.


O grande contraponto ao modelo de consultoria, porém, é
o principal trunfo de uma atuação colaborativa como a de uma venture builder: fazer parte do processo de inovação transforma apontamentos em gatilhos realizáveis pelos próprios profissionais. Ou seja, mais do que apenas recomendações, os venture leaders participam, na prática, de cada uma das iniciativas.


Em um contexto que muda cada vez mais rápido, as empresas precisam dessa agilidade. Com um viés estratégico, mas também operacional e tático muito mais próximo do empreendedor, o  venture leader entrega exatamente isso”.

 

Também cabe ao venture leader o domínio do processo de Venture Building. O conhecimento sobre todas as etapas, e como agir em cada uma delas, faz desse profissional um ativo ‘curinga’ que atua em diversas frentes sempre pronto para encontrar a melhor solução para os problemas rotineiros de um novo negócio.


Aqui na
Play, contamos com profissionais capacitados e experientes na criação de novos negócios, desenvolvimento criativo e totalmente aptos para liderar iniciativas como as citadas acima. Quer conhecê-los? Confira nossa página Sobre Nós e descubra os venture leaders que fazem acontecer todos os dias.



*Rodrigo Bürgers é Managing Partner da Play Studio

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