O que é uma Joint Venture? Conheça exemplos e como isso impulsiona a inovação

Redação Play • 15 de setembro de 2022

Corporate Joint Venture, Joint Venture corporativo ou apenas Joint Venture (JV) é um conceito cada vez mais comum entre as grandes empresas, independentemente do porte ou segmento. A estratégia criada como forma de alavancar lucros, expandir mercado, ganhar competitividade ou até solucionar problemas complexos, no entanto, não é novidade.


Parcerias deste tipo entre corporações acontecem desde a década de 1920, nos Estados Unidos. No entanto, foi a partir de 1979, com uma
JV envolvendo companhias aéreas para interligar a China aos Estados Unidos, que o modelo passou a ganhar maior repercussão.


Sua rápida popularização no mundo dos negócios não foi à toa, já que os benefícios de fechar um Joint Venture corporativo são inúmeros. Entre eles, destacam-se as possibilidades de
dividir os riscos e custos de uma operação, além de compartilhar o conhecimento entre empresas.


Também utilizadas em iniciativas de
Corporate Venture Building, as JVs funcionam como uma estratégia de inovação. Ao unir duas – ou mais – companhias, torna-se possível acelerar ideias inovadoras e aumentar o potencial de superar desafios disruptivos. Mas como isso acontece na prática?


Ao longo deste artigo, explicaremos o conceito de Joint Venture e como esse modelo se relaciona com a inovação nas companhias, mostrando suas  vantagens, desvantagens e alguns exemplos. Siga a leitura.


O que é uma Joint Venture?


A tradução literal do termo em inglês – Joint Venture – significa “união de risco”. Na prática, se refere a um acordo no qual duas ou mais empresas concordam em unir seus recursos para atingir um objetivo em comum. 


Esse objetivo pode ser um projeto pontual de expansão, o
go-to-market de um novo produto ou mesmo um desafio de logística, de tecnologia ou comercial. A possibilidade de unificar esforços e dividir riscos para superar um obstáculo pode atender a diferentes necessidades de uma corporação.


Por definição, um acordo de Joint Venture geralmente é assinado quando alguma das empresas comprometidas não tem o conhecimento necessário para a nova empreitada ou quando o risco é muito alto para ser suportado por apenas uma companhia. Além disso, também são
compromissos menos complexos e mais ágeis que os M&As – fusões e aquisições – , por exemplo.


Em geral, as JVs podem ser associadas a dois formatos:


  • Joint Venture societária acontece quando há a criação de uma nova empresa individual a partir da parceria firmada;
  • Joint Venture contratual une as companhias através de um acordo, mas sem a necessidade de criar uma nova empresa.


três celulares da parceria sony ericsson, os três são modelos antigos e marcam a data de 2008 na tela

Sony Ericsson: um exemplo de sucesso de Joint Venture societária


Em 2001, a Sony e a companhia sueca Ericsson anunciaram a formação de uma Joint Venture com o propósito de reverter o cenário ruim de vendas de celulares. Assim, surgiu a Sony Ericsson.


À época, a Sony já era um dos grandes players do segmento de eletrônicos, mas ainda não conseguia aumentar seu market share em um mercado promissor. A Ericsson, por sua vez, detinha 7% do share global de celulares.


O objetivo em comum era
aumentar a representatividade das marcas no segmento de dispositivos móveis. Assim, juntou-se o know-how da empresa sueca em softwares ao potencial de hardwares da japonesa.


A nova marca apostou na
inovação de produtos, integrando novas câmeras digitais e diversos recursos multimídia ainda pouco comuns em aparelhos naquele período. Os softwares mobile da Ericsson – em um momento anterior à dominância de iOS e Android – também foram um diferencial para o sucesso da JV. A receita da nova empresa cresceu 200% entre 2002 e 2007, mas acabou perdendo força com o lançamento do iPhone, da Apple.


Em 2012, a Sony
adquiriu a participação da parceira por 1,47 bilhão de dólares, deu fim à marca e a renomeou como Sony Mobile Communications para criar novas linhas de dispositivos móveis.


Quais os benefícios do Corporate Joint Venture?


Existem vantagens e desvantagens ao fechar um contrato de Joint Venture corporativo. É fundamental que o tipo de parceria seja alinhado e as expectativas de todos os envolvidos sejam colocadas na mesa.


Cada uma das companhias
deve agregar de forma satisfatória para que o objetivo seja alcançado, por isso é fundamental que as empresas  tenham competências e atuações  complementares.


As premissas permitem que todas  as partes envolvidas estejam a par dos riscos e também dos benefícios do Joint Venture. Entre eles, destaca-se o potencial de a parceria funcionar
como um acelerador de negócios, aumentando a produtividade e gerando maiores lucros, além de propiciar vantagens como:


  • acesso a novos mercados e canais de distribuição, bem como a novos conhecimentos, incluindo pessoal especializado;
  • capacidade de inovação aumentada;
  • compartilhamento de riscos, custos e responsabilidades com outra empresa;
  • maior flexibilidade e agilidade para novos negócios; 
  • acesso a mais recursos – a exemplo de tecnologias e aporte de capital como fundos de Corporate Venture.


As vantagens do Joint Venture: como a BMW faturou mais de R$15 bilhões com uma JV na China


A BMW se juntou à montadora chinesa Brillance Auto Group, em 2003, para criar uma nova Joint Venture corporativa: a BMW Brillance Automotive (BBA). A parceria foi desenhada para viabilizar a venda de veículos da marca alemã em território chinês, uma vez que as leis do país exigem que as operações de fabricação estrangeiras tenham pelo menos 50% de participação de uma empresa local.


Em 2022, a BMW revelou que a consolidação da BMW Brillance foi substancial para o aumento de receita da companhia no primeiro trimestre. Os dados mostram que a JV foi
responsável por 3,3 bilhões de euros – mais de R$15 bilhões – em receitas durante o período.


Joint Ventures: 3 exemplos de sucesso no mundo


Quando jogamos em time, as nossas chances de ganhar são muito maiores. Até mesmo Albert Einstein precisou de uma contribuição externa para aprimorar seus conhecimentos.


Segundo o livro "Os Erros de Einstein: as falhas humanas de um gênio", de  Hans Ohanian, a derivação do grande físico da famosa equação E=mc² continha vários erros. Foi somente em 1911 que outro cientista, Max von Laue
, desenvolveu uma prova completa e correta.


Sendo assim,
contar com parceiros que fortalecem os lados mais enfraquecidos pode ser uma ótima estratégia de negócios – e nem os maiores gênios podem abrir mão disso. 


Abaixo, listamos alguns outros exemplos de Joint Venture.


  1. Microsoft e Sas;
  2. Nascar e iRacing;
  3. Crocs, celebridades e marcas.


Microsoft e SAS: A construção de um sistema de resposta a emergências que funcione durante (e antes de) desastres


A gigante em softwares e análise de dados SAS anunciou a parceria com o Microsoft Azure em Fevereiro de 2020.O principal objetivo da Joint Venture era a criação de um sistema  de resposta a desastres naturais, incluindo inundações de furacões.


O projeto visa especificamente a cidade de Cary, Carolina do Norte (EUA), onde a SAS está sediada, usando a internet das coisas (IoT) do Azure
para modernizar a resposta às enchentes da cidade.


Tarefas que antes eram manuais, como avisar as autoridades locais sobre chamados e encontrar novas soluções para desastres em outras áreas propensas a inundações, incluindo cidades próximas, passaram a ser automatizadas. 


“As cidades inteligentes e a tecnologia IoT vão impulsionar o futuro da forma como operamos dentro do município, e estou empolgada por fazer parte de uma comunidade que abraça os dados”, afirmou Nicole Raimundo Coughlin, diretora de informações da cidade de Cary, na época do anúncio da parceria.


O Azure permitiu a comunicação entre ferramentas de prevenção de enchentes,
como pluviômetros, enquanto os recursos analíticos da SAS adicionaram dados históricos e em tempo real.


Nascar e iRacing: atendendo os fãs de esporte em tempos de pandemia


A Nascar, que interrompeu as corridas com o início da pandemia, rapidamente recorreu ao programa online de esportes a motor iRacing para produzir uma versão simulada de seu cronograma de corridas. 


A eNASCAR iRacing Pro Invitational Series
replicou as pistas e corridas que foram canceladas. O resultado foi impressionante: mais de 900 mil pessoas assistiram simultaneamente à corrida virtual, em março de 2020.


O recorde quebrado pela Nascar, era do jogo Mortal Kombat, que alcançou 770 mil visualizações em um torneio em 2016. A transmissão deu tão certo que a Nascar e a iRacing
renovaram a parceria até 2023. 

crocs feitos na parceria com kfc, além do cheiro de frango frito também tem uma coxa de frango de plástico no sapato

Crocs e a mistura de parcerias peculiares que deu – muito – certo


A gigante dos calçados confortáveis teve um ótimo momento financeiro em 2020 e 2021, quando as pessoas abraçaram o conforto da cabeça aos pés durante a pandemia. Os registros mostraram um aumento de 67% na receita anual da companhia.


O crescimento acelerado se deu, também, pelas parcerias estratégicas.
Em 2020, nomes de artistas e celebridades como Post Malone, Vera Bradley, Yang Mi, The Greatful Dead, marcas como o KFC fizeram parte da lista de collabs da Crocs.


As colaborações permitiram à empresa norte-americana
 reinventar seus sapatos de resina de espuma e colocar no mercado  modelos inusitados  – desde os que brilham no escuro (Bad Bunny) até opções com pingentes com aroma de frango frito. 


A estratégia  também ajudou a estreitar  os laços com os consumidores,
reintroduzindo a marca para diferentes públicos através dessas parcerias. A associação com as marcas deu certo, e o lançamento – um pouco estranho – entre KFC e Crocs esgotou em poucos minutos. 

garrafas de bourbon e gin da marca beam suntory, uma gigante  na indústria de destilados

Exemplo de Joint Venture no Brasil:  a inovação pela criação de novos negócios


Embora as grandes empresas tenham acesso a recursos – pessoas, infraestrutura, capital e etc. – necessários para promover e gerir a inovação, o processo pode ser facilitado ao atuar  em conjunto com outra companhia. 


Em 2021, a revista Forbes publicou o artigo
"Innovation is a team sport", no qual  descreve algumas regras para ‘jogar o jogo da inovação’ através de parcerias.


  • Quais são as expectativas de ambas as empresas quanto a parceria? 
  • Qual será a participação de cada uma durante o processo?
  • Qual será o tempo estipulado para a parceria?


As Joint Ventures podem acelerar o potencial de inovação graças às operações compartilhadas e o conjunto complementar de soluções que, sem a parceria, dificilmente estariam disponíveis para as companhias envolvidas sem investimentos ou riscos significativos.


No Brasil, a Beam Suntory, terceira maior companhia de destilados do mundo, contou com
a Play Studio para direcionar uma estratégia de inovação que levou à criação da JV Drinksquad, desenvolvida junto ao Víssimo Group, maior varejista de vinhos do país.


O desafio era conectar a fabricante a um público que, cada vez mais, desejava consumir destilados premium em casa. Uma parceria com o e-commerce Evino permitiu a criação da Joint Venture e, desde junho, a Drinksquad entrega marcas icônicas como Jim Beam e Maker’s Mark em todo o Brasil.


Quer saber mais?
Acesse o case completo e leia mais sobre como a Play ajudou a desenvolver o projeto de JV entre Evino e Beam Suntory.


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Imagine uma empresa do setor de tecnologia que está considerando lançar um novo produto baseado em inteligência artificial. Embora a ideia tenha grande potencial de transformar o mercado e gerar novas fontes de receita para o negócio, a diretoria fica receosa em aprová-la, principalmente devido à incerteza sobre sua aderência e seu alto custo inicial. Em um exemplo como esse, compreender o que é um business case pode fazer a diferença para construir um argumento convincente e reduzir as dúvidas. Para que o board de uma organização se sinta seguro em aprovar qualquer projeto inovador, um business case bem estruturado é fundamental , não só para mostrar os benefícios estratégicos e financeiros da proposta, mas também a viabilidade do investimento no contexto atual do mercado. 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No contexto de inovação, ele serve como uma ferramenta essencial para convencer stakeholders e diretores a aprovarem novos investimentos , mostrando de forma convincente que a ideia de produto ou serviço apresentada tem potencial para gerar valor e alavancar o crescimento da empresa. Mais à frente falaremos sobre como montar um business case detalhado, avaliando custos, benefícios e alternativas viáveis. Leia também: A importância do estudo de viabilidade financeira para novos negócios O que são avenidas de crescimento e como grandes empresas podem explorá-las? O que é, exemplos e como preencher o Business Model Canvas O que é proposta de valor e como encontrá-la Diferenças entre business case e business plan Muitas vezes, ao procurar por um exemplo de business case, é comum confundi-lo com um business plan. No entanto, os dois têm finalidades distintas. O primeiro é mais focado, centrando-se na justificativa financeira e estratégica para um projeto específico, geralmente em fase inicial ou de concepção. Já o segundo, é um documento mais abrangente, que detalha a estratégia de um novo negócio ou produto, incluindo o mercado-alvo, a concorrência e os modelos operacionais. O business case e a abordagem correta com o C-suite Apresentar uma iniciativa de inovação a executivos do mais alto escalão de uma empresa não costuma ser uma tarefa fácil. E, sem uma abordagem estratégica, a missão fica ainda mais difícil. Antes de qualquer coisa, é preciso entender que o C-suite (CEOs, CFOs e outros C-levels) de grandes corporações costuma ser mais conservador e focado em resultados financeiros e na mitigação de riscos. Ao lançar uma proposta para sua aprovação, portanto, a equipe responsável precisa demonstrar que a ideia tem alto potencial de gerar resultados tangíveis , sem comprometer recursos ou desviar a atenção das prioridades principais da companhia. Na Play Studio , acreditamos que o sucesso dessa aprovação depende de um processo cuidadoso e extenso de estudo e exploração. Não por acaso, antes de apresentar uma proposta final, investimos tempo significativo na análise de viabilidade das teses de inovação. Esse processo envolve a realização de pesquisas detalhadas, testes de mercado e a definição clara do impacto financeiro potencial. O objetivo é garantir que as ideias não apenas sejam viáveis, mas também tenham um retorno financeiro claro e mensurável, além de estarem alinhadas com a estratégia geral da organização. Esse enfoque de exploração prévia é fundamental para otimizar recursos e tempo durante a implementação do projeto. Afinal, com uma análise aprofundada, é possível evitar falhas de execução e garantir que os recursos sejam alocados de maneira eficaz, com o mínimo de desperdício. Dessa forma, ao apresentar um business case ao C-suite, a proposta já estará embasada por dados e estudos sólidos , demonstrando a viabilidade financeira e estratégica da inovação, o que aumenta significativamente as chances de sucesso na aprovação do projeto. Como montar um business case? A estrutura de um business case deve ser clara e objetiva , apresentando informações-chave que orientem a escolha de continuar ou não com o projeto. Para entender como montar um business case, a seguir exploramos os principais componentes de sua construção. Confira: 1. Resumo executivo Oferece uma visão geral do projeto em poucas linhas, destacando os pontos essenciais que merecem a atenção dos decisores. Seu objetivo é apresentar uma síntese clara e objetiva do que o projeto se propõe a realizar, sem sobrecarregar com detalhes excessivos. Elementos principais: Problema: apresentação do desafio ou da necessidade que o projeto visa resolver. É importante mostrar como esse problema impacta a organização ou o setor, criando uma base sólida para justificar a necessidade de mudança. Solução proposta: explicação da abordagem ou inovação que será implementada para resolver o problema identificado. Deve-se deixar claro como a solução é eficaz e alinhada com os objetivos da empresa. Benefícios esperados: destaque dos resultados que a solução trará, como aumento de eficiência, redução de custos ou melhoria no atendimento ao cliente. Custos: estimativa dos recursos financeiros necessários para a execução do projeto, incluindo custos de implementação e manutenção. Uma visão clara sobre os custos ajuda a avaliar a viabilidade financeira do projeto. Tempo de execução: definição do cronograma geral do projeto, incluindo prazos para cada fase. Isso permite que os stakeholders tenham uma ideia precisa de quando os resultados começarão a ser observados. 2. Definição do problema/estado atual Definir claramente o problema ou oportunidade de mercado é essencial para um business case bem-sucedido. Só que não basta identificar a questão, é necessário mostrar como a ideia de produto ou serviço vai resolvê-la. Para isso, devemos: Identificar e articular o problema: faça uma análise detalhada do contexto atual, utilizando dados qualitativos, métricas internas e pesquisas de mercado. Isso ajuda a compreender as lacunas ou desafios que precisam ser abordados. Traçar os objetivos e resultados esperados: as metas do projeto devem ser claras e mensuráveis, como, por exemplo, “reduzir custos em 15% em seis meses”. Também é importante explicar como a solução proposta ajudará a alcançar os objetivos. Usar dados para embasar: pesquisas de mercado, métricas internas e dados qualitativos, como feedbacks de clientes, ajudam a validar e fortalecer a justificativa para o projeto. Isso torna o business case mais convincente e fundamentado. 3. Análise de soluções e alternativas Ao fazer um business case, é fundamental avaliar diferentes maneiras de resolver o problema identificado. Deve-se levar em consideração: Custos e recursos necessários : qual é o custo envolvido em cada solução? Tempo de execução : quanto tempo levará para gerar resultados? Benefícios esperados : quais ganhos a curto e longo prazo? Riscos e desafios : quais são os riscos associados à implementação ou à inação? A opção de não tomar nenhuma ação também deve ser considerada, com seus prós (economia de recursos a curto prazo) e contras (manutenção dos problemas e perda de competitividade). A solução escolhida deve ser a mais viável, com a melhor relação custo-benefício, maior viabilidade de implementação dentro do prazo e a capacidade de mitigar riscos. Ao demonstrar que a proposta é a mais eficaz e estratégica, o business case fortalece a tomada de decisão. 4. Plano de implementação Nesta etapa, detalhamos um exemplo de business case prático, com os passos necessários para executar o projeto com sucesso. Eles incluem fatores importantes, como: Cronograma : estabeleça um cronograma detalhado com etapas críticas (milestones) e prazos realistas para cada fase do projeto. Recursos necessários : identifique os recursos financeiros, humanos e materiais necessários para a execução bem-sucedida do projeto. Impactos na operação existente : avalie os possíveis impactos no funcionamento atual da empresa e desenvolva estratégias para minimizar interrupções. Designação de responsabilidades : atribua responsabilidades claras para cada membro da equipe e defina líderes para áreas específicas, garantindo boa coordenação. Ferramentas de gerenciamento de projetos : use o Work Breakdown Structure (WBS), por exemplo, para dividir o projeto em tarefas menores, facilitando a gestão e a execução eficiente. 5. Análise financeira É impossível montar um business case sem avaliar a análise financeira e mostrar projeções de ROI e fluxo de caixa. Para realizá-la, deve-se considerar: Custos : detalhar todos os custos envolvidos no projeto, como custos iniciais de implementação, custos operacionais contínuos e custos de manutenção. Benefícios: identificar todas as vantagens esperadas, como aumento de receita, redução de custos ou melhoria na eficiência, de forma clara e quantificável. Projeções de receita: com base nos benefícios identificados, deve-se apresentar projeções de receita a serem geradas pelo projeto, considerando o crescimento esperado ou a melhoria nas operações. Fluxo de caixa: mostrar as entradas e saídas financeiras ao longo do tempo, ajudando a visualizar o impacto financeiro do projeto. Retorno sobre o Investimento (ROI): deve ser calculado para avaliar o retorno que o projeto proporcionará em relação ao custo de implementação. Isso é feito dividindo os benefícios financeiros esperados (como aumento de receita ou redução de custos) pelos custos totais do projeto. Quanto maior o ROI, mais atraente a iniciativa se torna. 6. Viabilidade estratégica Ajuda a garantir que o projeto esteja alinhado com os objetivos de longo prazo da empresa . Também demonstra como a iniciativa contribuirá para o crescimento sustentáve l e sucesso contínuo da organização. E mais: mostra como a ideia de um novo produto ou serviço pode apoiar a empresa a cumprir suas metas e a se posicionar melhor no mercado, garantindo que os benefícios perdurem no futuro. 7. Gestão de riscos É fundamental para minimizar impactos negativos no projeto. Para isso, é necessário fazer: Matriz de risco : classifique os riscos por probabilidade e impacto , ajudando a priorizar aqueles que requerem mais atenção. Identificação e impacto : identifique riscos em áreas como finanças, operações e tecnologia, e analise como eles podem afetar o cronograma, custos e resultados. Estratégias de mitigação : desenvolva ações para reduzir a probabilidade ou impacto dos riscos, como planos de contingência , ações preventivas e monitoramento contínuo . Com a matriz de risco e estratégias adequadas, o projeto pode ser gerido proativamente, minimizando surpresas e garantindo sua execução bem-sucedida. 8. Métricas São essenciais para avaliar o sucesso de qualquer projeto, fornecendo dados objetivos sobre seu desempenho. Elas ajudam a monitorar o progresso em relação aos objetivos estabelecidos e garantir que os resultados sejam alcançados. O sucesso da iniciativa pode ser medido por indicadores chave de desempenho (KPIs) que refletem os objetivos do projeto. Por exemplo, se a meta for aumentar a eficiência operacional, métricas como redução de custos ou tempo de processamento podem ser usadas. Exemplos práticos: ROI (Retorno sobre Investimento): medir o retorno financeiro do projeto em relação ao custo de implementação. Aumento de receita: se o objetivo é expandir o mercado ou aumentar as vendas, a taxa de crescimento da receita é uma métrica importante. Satisfação do cliente: usar pesquisas de satisfação ou Net Promoter Score (NPS) para medir o impacto da iniciativa na experiência do cliente. Eficiência operacional: medir a redução de custos ou melhoria de processos após a implementação de novas soluções. Dicas para um pitch de sucesso Quando falamos em como montar um business case, o pitch deck é uma ferramenta essencial para apresentar uma proposta de forma clara e envolvente, especialmente no contexto de startups. Ele deve ser conciso, direto ao ponto e destacar os aspectos mais relevantes da proposta para atrair o interesse de investidores ou parceiros. Para construir um pitch deck eficaz, o primeiro passo é escolher o tipo de pitch a ser adotado, pois ele define o enfoque e a forma de apresentação do projeto. Existem quatro tipos principais de pitch utilizados no mundo das startups: Pitch conceitual: foca em aspectos qualitativos, abordando processos, ciclos, hierarquias e a estrutura organizacional da proposta. É ideal para explicar a filosofia ou a estratégia por trás da ideia, enfatizando como ela se encaixa no panorama maior da empresa ou do mercado. Pitch data driven: baseado em dados, utiliza números e estatísticas para reforçar a viabilidade da proposta. Traz informações sobre a receita prevista, indicadores de performance, projeções financeiras e análises de mercado, tornando-o ideal para quando a proposta necessita de uma abordagem mais analítica e focada em resultados tangíveis. Pitch declarativo: centrado em afirmações claras e posicionamentos firmes sobre o que está sendo discutido, esse pitch é direto e assertivo. Pode ser ideal para transmitir confiança e deixar claro o que se pretende alcançar com a proposta, destacando os principais objetivos e benefícios de forma objetiva. Pitch exploratório: propõe novas ideias, questiona o status quo e provoca os ouvintes a refletirem e chegarem a uma solução. É ideal para despertar curiosidade e engajamento, incentivando uma abordagem mais colaborativa e aberta à inovação. A escolha do tipo de pitch dependerá do público-alvo e do objetivo da apresentação, seja para atrair investidores, parceiros ou gerar discussão sobre novas ideias. O mais importante é que o pitch seja claro, conciso e assertivo , alinhando a proposta aos interesses e expectativas dos ouvintes. Conte com a Play Studio para viabilizar projetos inovadores Conforme você percebeu ao longo deste conteúdo, criar um business case é um passo essencial para a viabilização de iniciativas de inovação. A Play Studio é especialista em navegar pelos desafios do ambiente corporativo e em viabilizar projetos dentro das organizações. Com ampla experiência em transformar ideias em projetos de inovação que gerem resultados concretos, ajudamos grandes corporações a superar obstáculos internos e a implementar iniciativas de alto impacto. Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar seu negócio a alcançar novos patamares.
18 de dezembro de 2024
A busca por crescimento é uma das decisões mais estratégicas para qualquer organização, mas também um processo complexo e repleto de obstáculos. Não por acaso, mais de 70% das iniciativas de expansão das empresas falham em alcançar o retorno esperado, segundo estudo da McKinsey. Diante disso, surge uma pergunta crucial: sua empresa está preparada para expandir seu portfólio de negócios sem comprometer a essência de seu core business ? Embora a ampliação do portfólio de negócios seja uma das estratégias mais poderosas para impulsionar o crescimento das corporações, todo o processo exige cuidado. Isso porque a busca por novas avenidas de crescimento pode impactar tanto a operação quanto a identidade de uma organização, caso não seja bem executada. Então, qual caminho seguir? A chave para um crescimento sustentável e uma expansão empresarial bem-sucedida está na inovação estratégica . Quando aplicada de maneira planejada e alinhada aos objetivos da corporação, a inovação se torna o principal motor para qualquer plano de expansão empresarial. Seja através do desenvolvimento de novos produtos, da criação de soluções complementares ou da transformação das ofertas existentes, inovar pode abrir portas para novos mercados e consolidar a posição da empresa no seu segmento. A seguir, vamos explorar os principais fatores que precisam ser considerados a partir de uma potencial iniciativa de inovação. Confira! Leia também: 4 tipos de inovação: exemplos diferenças e como implementar O que é uma estratégia de inovação? Alinhamento estratégico com o core business Antes de qualquer movimento, é fundamental compreender claramente o que torna seu core business único e valioso. Esse entendimento vai além do que você oferece ao mercado, abrangendo sua proposta de valor, seu público-alvo e as capacidades essenciais que sustentam o sucesso do negócio. Sem esse conhecimento profundo, qualquer tentativa de expansão empresarial pode resultar em esforços fragmentados e ineficazes, muitas vezes levando a investimentos que não geram o retorno esperado. Ao explorar novas avenidas de crescimento , é fundamental questionar: de que forma essa nova possibilidade se alinha com o que minha empresa já faz bem? A inovação dentro do core business pode ser uma maneira eficaz de evolução, trazendo novas soluções que complementem e ampliem sua proposta de valor original, sem perder o foco no que você já faz de melhor. Identificar sinergias entre novos negócios e a atividade principal da organização evita o erro de diversificar por diversificar, garantindo que a expansão seja tanto estratégica quanto sustentável. Esse alinhamento estratégico fortalece a identidade da empresa, cria novas oportunidades de crescimento e permite que os novos negócios sejam sustentáveis e bem integrados aos pilares fundamentais da corporação. Estudo de viabilidade na expansão do portfólio de negócios Toda expansão envolve risco, especialmente se novas linhas de produto ou serviços forem introduzidas sem a devida análise. Por essa razão, é essencial realizar um estudo de viabilidade aprofundado. É ele quem vai oferecer uma base sólida para entender os aspectos financeiros e estratégicos envolvidos, além de ajudar a mapear e mitigar riscos associados, como a entrada em mercados desconhecidos, mudanças nas preferências dos consumidores ou a necessidade de novos investimentos em tecnologia. Viabilidade financeira e ROI no longo prazo Um dos principais componentes de um estudo de viabilidade é a análise financeira detalhada , que ajuda a calcular projeções financeiras realistas para as novas frentes de negócios. Ao projetar os custos iniciais e os fluxos de receita esperados, a empresa consegue avaliar a viabilidade econômica da expansão do portfólio de negócios e alinhar as expectativas de retorno com o planejamento estratégico. Essa projeção financeira deve considerar não apenas o custo imediato de implementação, mas também os custos recorrentes ao longo do tempo, incluindo manutenção, marketing e operações. Também é fundamental que as empresas não se limitem a calcular apenas o ROI (Retorno sobre o Investimento) imediato. Embora ele seja um indicador importante, a ampliação de portfólio também traz impactos estratégicos de longo prazo que devem ser considerados. Isso pode incluir o fortalecimento da marca, o aumento da base de clientes, a melhoria da competitividade no mercado e a criação de novas fontes de receita. Essas métricas estratégicas, muitas vezes, não são facilmente quantificáveis, mas são igualmente essenciais para garantir que a expansão contribua positivamente para os objetivos gerais da organização. Governança e gestão de riscos na expansão empresarial À medida que as empresas buscam expandir seus portfólios de negócios, a governança e gestão de riscos se tornam elementos essenciais para garantir que o crescimento seja sustentável e bem-sucedido. Uma das primeiras medidas para a boa governança de novos negócios é a adaptação da estrutura de governança para atender às necessidades específicas da expansão. Isso pode envolver, por exemplo, a criação de um comitê dedicado a novos negócios , que será responsável por: tomar decisões estratégicas relacionadas à expansão; garantir que os projetos estejam alinhados com o core business; acompanhar o progresso das iniciativas. Esse comitê deve contar com membros de diferentes áreas da empresa, como finanças, marketing, operações e jurídico, para garantir uma visão holística e integrada. Também é importante estabelecer uma matriz de decisão bem definida , que ajude a priorizar projetos de expansão com base em critérios claros e objetivos. Ela deve incluir aspectos como o retorno esperado, o alinhamento com a estratégia da organização, a viabilidade financeira e o impacto no core business. Além, claro, de definir e fazer o acompanhamento de KPIs (indicadores-chave de performance) para monitorar o sucesso das iniciativas de ampliação e ajustar as estratégias conforme necessário. Por fim, a gestão de riscos é outro aspecto fundamental que deve ser considerado de forma proativa antes da implementação de qualquer novo negócio. Identificar e avaliar riscos potenciais pode prevenir surpresas desagradáveis e minimizar impactos negativos. Isso envolve a análise de cenários de risco , onde a empresa avalia diferentes possíveis cenários e as probabilidades de seu impacto no negócio, seja em termos financeiros, operacionais ou reputacionais. Uma ferramenta essencial para garantir que a organização possa lidar com imprevistos é a criação de um fundo de contingência , que estará disponível para cobrir custos inesperados ou desafios imprevistos que possam surgir durante a implementação do novo negócio. Além disso, realizar simulações de impacto no core business é uma prática importante. Isso porque essas demonstrações ajudam a entender o que aconteceria caso o novo negócio não fosse bem-sucedido ou gerasse prejuízos, permitindo à empresa planejar estratégias de mitigação e de recuperação, minimizando o impacto nas operações principais. Capacidades internas e alocação de recursos Para garantir o sucesso na expansão do portfólio de negócios, é essencial que a empresa avalie suas capacidades internas e faça uma alocação eficiente de recursos. Essa análise permite identificar se a organização possui as competências e os talentos necessários, além de planejar adequadamente os recursos financeiros e tecnológicos para sustentar a nova iniciativa. Antes de investir em novas frentes de negócios, a corporação precisa avaliar se conta com uma equipe qualificada, capaz de lidar com os desafios de ir além das atividades corporativas principais. Isso inclui tanto as habilidades técnicas quanto as de gestão e liderança para garantir a execução bem-sucedida das iniciativas. Se houver lacunas, deve-se considerar a necessidade de treinamentos, contratações ou parcerias externas para fortalecer a equipe. A expansão exige recursos, por isso é essencial definir de onde eles virão. As empresas podem alocar parte de seu orçamento atual, buscar investimentos externos ou até mesmo ajustar sua estratégia de alocação de recursos internos, redirecionando-os de outras áreas. Isso deve ser feito de forma cuidadosa para que a ampliação não comprometa as operações corporativas principais. Além disso, é necessário garantir que os recursos sejam distribuídos de maneira eficiente entre as diferentes frentes do projeto, considerando sua prioridade e impacto estratégico. Por fim, as organizações precisam avaliar também se sua infraestrutura atual é capaz de suportar o crescimento e as novas demandas do negócio. Isso inclui instalações físicas, sistemas de TI e processos operacionais. Além disso, é importante garantir que a tecnologia necessária esteja disponível e seja escalável. Ferramentas de automação, sistemas de gestão e plataformas digitais podem ser fundamentais para otimizar operações e melhorar a experiência do cliente nas novas frentes de negócios. Leia também: O que faz um gestor de inovação? Como destravar o processo de inovação em grandes empresas? Fatores de mercado: análise legal, regulatória e de execução Ao planejar a ampliação do portfólio empresarial , é preciso analisar não apenas as capacidades internas, mas também os fatores de mercado que podem impactar o sucesso da iniciativa. Estamos falando de um exame cuidadoso das questões legais, regulatórias e de execução, além de uma análise aprofundada do mercado e do público para validar as hipóteses e entender as oportunidades reais de crescimento. A análise legal e regulatória garante que a expansão comercial seja viável dentro dos parâmetros legais exigidos, e inclui a verificação de leis locais e internacionais, licenças necessárias, regulamentações de segurança e privacidade, entre outras, que possam impactar a operação no novo mercado ou segmento. Ignorar esses aspectos pode resultar em complicações jurídicas que atrasam ou até mesmo inviabilizam a expansão. Portanto, um estudo detalhado das exigências legais e regulatórias é um passo imprescindível para garantir a conformidade e evitar riscos futuros. Além disso, a organização deve realizar análises de mercado e de público para entender se a hipótese inicial sobre a ampliação do campo de atuação do negócio é válida. Isso significa estudar a demanda por novos produtos ou serviços, identificar tendências de consumo e avaliar o comportamento do público-alvo. Essas análises ajudam a prever a aderência do processo de ampliação às necessidades do mercado, ou seja, se a proposta tem um apelo real para os consumidores. Elas também permitem avaliar o potencial de crescimento, identificando se o mercado tem capacidade para absorver a oferta e se há espaço para a empresa se destacar da concorrência. Uma abordagem eficaz para essas análises envolve o uso de ferramentas e metodologias que ajudem a mapear tendências de mercado e medir as oportunidades reais. A Play Studio, por exemplo, utiliza uma série de ferramentas e metodologias para mapear tendências e medir oportunidades reais, como pesquisas qualitativas e quantitativas, por exemplo. Com essas ferramentas, as empresas podem antecipar tendências e tomar decisões embasadas sobre onde investir os recursos, ajustando a estratégia de expansão conforme os dados obtidos e aumentando, claro, as chances de sucesso. O cuidado necessário na expansão do portfólio de negócios É comum que, ao surgir uma nova ideia, as organizações se empolguem e se sintam motivadas a seguir em frente, sem passar pelo devido processo de validação. Só que essa empolgação pode acabar custando caro. Muitas vezes, o entusiasmo por um projeto novo pode levar a uma visão distorcida dos recursos necessários, dos riscos envolvidos e do impacto real no core business. Para evitar frustrações e surpresas no caminho, é essencial que todo o processo de inovação seja estruturado. Como vimos ao longo deste texto, a expansão do portfólio de negócios envolve uma série de fatores que devem ser analisados de forma cuidadosa e estratégica para evitar que a empresa se envolva em iniciativas que não tragam os resultados esperados. Na Play Studio, ajudamos grandes corporações a explorar novas oportunidades de crescimento com análises estratégicas personalizadas , garantindo que a inovação seja conduzida de forma inteligente e fundamentada. Se você deseja identificar o próximo grande passo para o seu portfólio e expandir de forma estratégica, estamos prontos para ajudar. Vamos juntos planejar a próxima etapa da expansão empresarial e desenvolver um portfólio de negócios que impulsione seu crescimento? Clique aqui e fale conosco !
21 de novembro de 2024
Nem só de boas ideias vive um negócio. Embora a inspiração inicial seja crucial, ela por si só não assegura o sucesso. É fundamental avaliar a viabilidade da proposta . Será que ela realmente atende a uma necessidade do mercado? É financeiramente sustentável? Quais são as atividades-chave para implementá-la? Nesse momento, é preciso deixar a paixão pela ideia de lado e adotar uma abordagem analítica para verificar se há, de fato, uma oportunidade sólida de empreender ali. Ou seja: testar as hipóteses que sustentam o modelo de negócio, antes de investir tempo e recursos significativos. Mas quais pontos validar? A validação de negócios deve ser feita de forma pragmática e consciente, abrangendo alguns aspectos fundamentais, como: 1. Proposta de valor É o principal motivo pelo qual os consumidores escolhem seu produto ou serviço em vez de optar pelos concorrentes. Ela deve ser clara, concisa e, acima de tudo, relevante para o público-alvo. Para validar sua proposta de valor, é importante entender profundamente quais problemas ela resolve ou quais necessidades ela atende de forma eficaz. Durante a validação, é fundamental testar a percepção do público sobre essa proposta por meio de pesquisas, entrevistas ou testes de mercado para garantir que ela realmente ressoe com a demanda do mercado. 2. Público-alvo Um erro comum entre os empreendedores (e intraempreendedores) é tentar atingir um público muito amplo, o que pode diluir os esforços de marketing e impactar negativamente a efetividade das vendas. A validação do público-alvo deve ser focada na identificação do perfil de consumidores que mais se beneficiarão do produto ou serviço em questão. Isso envolve definir claramente quem são eles, onde estão, quais são seus comportamentos, interesses e necessidades. Realizar entrevistas ou pesquisas com um grupo representativo do público-alvo ajuda a confirmar se a proposta de valor é adequada e se os canais de comunicação e marketing estão alinhados com as características desse grupo. 3. Canais de distribuição Ter uma excelente proposta de valor e um público-alvo bem definido não é suficiente se você não souber como chegar até seus clientes de forma eficiente. A validação dos canais de distribuição envolve testar quais são as melhores formas de entregar seu produto ou serviço ao consumidor de maneira prática e escalável – e-commerce, redes sociais, pontos de venda, revendedores e por aí vai. É importante analisar quais canais oferecem o melhor custo-benefício e o maior alcance para o seu público-alvo. A validação deve envolver um entendimento profundo das preferências do cliente em relação à forma de compra, entrega e pós-venda. 4. Modelo de receita Um modelo de receita bem estruturado é indispensável para garantir a sustentabilidade financeira do negócio. A validação do modelo de receita envolve testar diferentes formas de monetização, como vendas diretas, assinaturas, licenciamento, freemium, entre outros. É importante analisar qual dessas opções é a mais adequada ao comportamento e à disposição de pagamento do seu público. Além disso, é necessário garantir que os fluxos de receita sejam suficientes para cobrir os custos operacionais e gerar lucros a longo prazo. O modelo de receita deve ser testado com cenários realistas e ajustado conforme os feedbacks recebidos dos clientes. 5. Estrutura de custos Ter uma estrutura de custos clara é, evidentemente, fundamental para garantir que o modelo de negócio seja financeiramente viável. A validação da estrutura de custos envolve mapear todas as despesas envolvidas na operação, desde custos fixos, como aluguel e salários, até custos variáveis, como matéria-prima ou marketing. É importante verificar se esses custos estão dentro de uma faixa que permita ao negócio operar de forma rentável, sem comprometer a qualidade do produto ou a experiência do cliente. Durante a validação, a análise de custos também ajuda a identificar possíveis ineficiências e áreas onde podem ser feitos ajustes para melhorar a margem de lucro. 6. Atividades essenciais para a implementação do negócio Atividades essenciais são aquelas ações fundamentais que precisam ser realizadas para que o negócio funcione corretamente. Isso pode incluir desenvolvimento de produto, marketing, atendimento ao cliente, logística e outros processos operacionais. A validação dessas atividades envolve entender se você possui os recursos necessários para executá-las de forma eficiente, seja através de mão de obra qualificada, tecnologia ou parceiros estratégicos. Além disso, é importante avaliar se essas atividades podem ser escaladas à medida que o negócio cresce, sem perder qualidade ou aumentar excessivamente os custos. Leia também: O importante papel da validação de produtos na criação de novos negócios O que são avenidas de crescimento e como grandes empresas podem explorá-las? O que é inovação corporativa e como implementá-la Como o Test and Learn contribui na validação de uma ideia de negócio Uma das formas mais eficazes de validar uma ideia de negócio é adotar a metodologia Test and Learn – processo iterativo que envolve a realização de pequenos testes, análise dos resultados e ajustes contínuos, permitindo que os empreendedores aprendam de forma rápida e adaptem suas estratégias com base em dados reais do mercado. Ao adotar essa abordagem, é possível testar hipóteses em tempo real, minimizando o risco de falhas e maximizando as chances de sucesso. Por exemplo: ao testar uma nova proposta de valor, você pode lançar uma campanha-piloto, coletar feedbacks e medir o impacto de diferentes mensagens ou ofertas. O mesmo vale para os canais de distribuição: em vez de investir pesadamente em um único canal, você pode testar múltiplos canais de forma simultânea e analisar quais deles trazem o melhor retorno. Com o Test and Learn , você consegue ajustar rapidamente sua proposta, seus processos e suas estratégias, garantindo que os recursos sejam alocados de forma eficiente e que as decisões sejam baseadas em dados reais. Esse ciclo de testes e aprendizado contínuo acelera o processo de validação e aumenta a flexibilidade do negócio, permitindo que ele se adapte rapidamente às mudanças do mercado. E o MVP? Quando sua ideia já estiver mais amadurecida, vale a pena investir no desenvolvimento de um MVP , ou Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável) . Ou seja: numa versão simplificada do seu produto ou serviço para colher feedbacks reais do mercado, antes de investir em uma versão mais robusta. O conceito de MVP está alinhado à metodologia Lean Startup , de Eric Ries. No seu livro “Startup Enxuta”, Ries defende que as empresas devem lançar versões básicas de seus produtos rapidamente, iterando com base nas respostas dos clientes, em vez de desenvolvê-los totalmente com base em suposições. Essa abordagem é vantajosa especialmente para empresas que buscam escalabilidade e redução de custos. O pitch deck também pode ajudar Durante a fase de validação de negócios, um pitch deck bem estruturado é um recurso valioso. Na prática, trata-se de uma apresentação concisa que resume todos os aspectos essenciais da sua ideia de negócio – desde as propostas de valor até o modelo de receita e a estrutura de custos. Esse material serve para comunicar o potencial da sua proposta a investidores, parceiros e possíveis clientes, por isso deve ser capaz de sintetizar sua visão de forma clara e persuasiva. Não tenha pressa, valide com consciência Embora seja tentador acelerar o lançamento de uma ideia de negócio, é muito mais seguro e eficaz passar por um processo rigoroso de validação para garantir que ele tenha potencial real de sucesso É como diz o ditado popular, “cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”. Para apoiar você nessa jornada, contar com consultorias de inovação, como a Play Studio , pode ser um grande diferencial. Quer saber como podemos ajudar sua empresa a validar novas ideias e criar modelos de negócios inovadores? 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